quarta-feira, março 07, 2012

Coelho sem sentimentos

http://medeirosrs.blogspot.com/2011/04/morrer-ou-viver-com-dignidade-feliz.html
A crítica de Marcelho Coelho ao filme sobre Margaret Thatcher:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/29749-uma-dama-e-seu-fantasma.shtml*
A princípio desprezo o que críticos de cinema dizem. São metidos a senhores do bom gosto e de avaliarem "mensagens" dos enredos. Hoje em dia então, a linguagem estética dos filmes é que está em primeiro lugar.
Tudo o que ele disse para criticar o filme só serviu, ao contrário, para me atrair. Sim, humanos com convicções têm uma história pessoal e sentimental. Psicologizar seria dizer que a ideia ou ideias são mero reflexo disto, mas não é disto que trata o filme e sim, de um angústia e luta individual onde a psiqué é o que existe, o maior obstáculo e força. 
Um parágrafo como este:
"O ideal do indivíduo determinado, incapaz de dúvidas, coberto de méritos, capaz de voltar-se contra tudo e contra todos, tem sempre a cercá-lo com uma irrealidade básica, que se materializa no ectoplasma do marido. Não é entretanto o fantasma de Denis, mas o de Thatcher, que continua a nos assombrar."
O que ele queria? Um documentário?
Ou uma crítica ao espiritismo? Seja lá o que a moveu, o que importa é a inspiração. Sem dúvida que eu queria ver uma crítica mais flagrante ao estatismo, mas daí leio um livro ou faço meu próprio filme.
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