sábado, julho 20, 2013

A propósito de Soraya e outras

Sobre: Interceptor: The Stoning of Soraya M.
O ministro das relações exteriores norueguês disse algo bem interessante:
"A sentença em Dubai a uma norueguesa que denunciou um estupro é contrária ao nosso sentido da justiça. Daremos a ela apoio no processo de apelação", disse Espen Barth Eide, o ministro das Relações Exteriores norueguês, em sua conta no Twitter.
[Em Dubai, mulher é condenada à prisão após ter ter sido estuprada - Yahoo! Notícias]
Se mais governos agirem com esta perspectiva o grau de intervenção mundial aumentará, mas em um sentido positivo.

terça-feira, julho 16, 2013

A paz de Snowden

Sobre: Snowden é indicado ao prêmio Nobel da Paz - Opinião e Notícia
A questão do direito civil vs. direitos fundamentais parece ser o nó górdio deste imbróglio: deve Snowden ficar submisso à legislação de seu país ou há princípios mundiais sob os quais todos temos o direito de salvaguardar, senão dever mesmo? Esta me parece uma questão com a qual a comunidade mundial ainda não deu uma resposta sistemática, mesmo porque quem hoje está numa posição, amanhã pode estar noutra... O governo americano que quer a cabeça de Snowden em outra situação pode defender o asilo de alguém que seja procurado na Rússia etc. Assim, como recentemente se viu no caso boliviano, no qual um avião foi preso com o ministro da defesa brasileiro sob suspeita de ajudar um foragido, inimigo de Evo Morales [http://j.mp/15HhKn0] no final do ano passado, o mesmo governo boliviano ofereceu asilo político ao ex-agente da CIA [http://www.publico.pt/mundo/noticia/venezuela-e-nicaragua-oferecem-asilo-a-snowden-1599457]. Pois é, pois é, pimenta nos olhos dos outros é refresco... Então, esta indicação do professor sueco mais me parece um sintoma de antiamericanismo que não tem a ver com a questão colocada acima. Certo ou errado, Snowden não promoveu paz nenhuma, mas intriga. Opiniões e julgamentos são livres, mas os conceitos são determinados e previamente definidos e provocar celeuma mundial em torno de informações e espionagem não é exatamente o que pode se chamar de 'paz'. Agora, para os mais exaltados e eufóricos novos simpatizantes do virgem iludido que trabalhou na CIA, só tenho uma questão: não é meio hipócrita que em tempos de tamanha exposição voluntária, redes sociais, facebook etc. e tal haja tantos que se façam de vítimas por que um governo tenha espionado outros? Sinceramente, alguém aí em sã consciência achava que não seria assim? Poupe-me desta cretinice, por favor.

sexta-feira, julho 12, 2013

The Stoning of Soraya M.



1:02:40 a 1:03:39. Por isto, a lei não pode ser só positiva. Por isto, direitos fundamentais têm que ser buscados.

Como o vídeo acima não se encontra mais disponível no Youtube, aqui está uma alternativa do Vimeo: http://vimeo.com/23884029

terça-feira, julho 09, 2013

Curved Air - Vivaldi [1971]


'Condicionamento' perante a realidade

Sobre: Você, paulista, foi condicionado a se achar melhor que os outros? - Cotidiano - Cotidiano
Não é besteira, não. É fato, São Paulo conduz o país, gostem ou não gostem. Não sou paulista, antes que venham com pedradas, sou gaúcho. A questão não é ideológica, mas factual. Querem mudar a realidade? Sem problemas, façam por merecer e produzam como se faz no estado de SP, que não só o país agradece, mas o mundo que  também precisa disto. São Paulo, se é que se pode criticar alguma coisa, só não é melhor quando infectado pelo raciocínio simplista da tribo, da cultura regional dos vizinhos. Isto sim, um verdadeiro atraso. Ter particularidades regionais não significa colocá-las acima do espírito cosmopolita que recebe a todos desde que venham somar, trabalhar em conjunto competindo dentro de regras claras e consensuais. Há uma enorme, colossal diferença entre isto e o ódio e preconceito xenófobos. Alcançar a supremacia porque se tem ambição de melhorar o quadro em que vive não é o mesmo que nutrir inveja, ressentimento e desgosto profundos pelo outro pelo simples prazer de não ver ninguém em sua frente. Falem mal de São Paulo, pois toda vez que o fizerem, estarão simplesmente atestando sua incompetência sob a sombra de um gigante.

Saudades do estado de vocês e saudações do sul.

segunda-feira, julho 08, 2013

Snowden, ainda

É por aí: 
NA MOSCA: Instituto Juan de Mariana: Snowden, el imperialista http://www.juandemariana.org/comentario/6089/snowden/imperialista/

Cf. também: interceptor: O Globo: sofisma e notícia

O Globo: sofisma e notícia

O 'libertário' Snowden trabalhava na CIA e, de repente, caiu na real...
Fonte: blogs.telegraph.co.uk
Obrigado por revelarem esta matéria patética d'O Globo. Sobre a comparação entre "a vigilância americana e as práticas do regime militar no Brasil [ocorrer] em qualquer tempo e em qualquer lugar, mas '[p]rincipalmente em países como o Brasil, onde o ‘grampo’ já foi até política de Estado, na ditadura militar'”, os editores do jornal deveriam saber que o antigo SNI está aí readaptado e se chama ABIN. 

Já disseram que o nacionalismo é o último refúgio dos canalhas e, nada mais conveniente mesmo para ignorar nossos problemas do que chamar atenção para supostos inimigos externos, sempre espreitando e esperando por uma chance para nos roubar, dominar etc. Espionagem é prática banal entre estados e grandes empresas, qual o problema? Por acaso, cidadãos também não espionam, se têm a tecnologia para tanto ao seu alcance?

Agora me digam se este Snowden era um ingênuo, uma "virgem traída" que lá pelos seus 30 anos percebeu que fazia parte de uma conspiração mundial e se rebelou? Santa Ingenuidade, Batman! Como muitos de seus pares espiões, tudo depende da quantia que oferecerão. E pelo visto não foi tão bem cotado quanto Gérard Depardieu, quem conseguiu nacionalidade russa para escapar do fisco na França. Mas, lhe sobrou a "pátria bolivariana", celeiro retórico, já que seu governo não demonstra o mesmo respeito pela população venezuelana, como o faz com os "direitos humanos" de Snowden. Venezuela, campeã latino-americana em corrupção, também tem alta inflação e vertiginoso crescimento da violência. Lá, o ex-agente também será de grande utilidade desviando o foco dos problemas e centrando-os em inimigos do "Grande Satã". 

Por essas e outras que questiono a ideia de uma "mídia não opinativa". Todos nós opinamos, o certo, portanto, é que apresentemos explicitamente nossa opinião diferenciando-a do fato para não enganar o leitor. Isto prova quão tênue é a diferença entre setores privado e público nos dias atuais, o que expressa por aqui o jornal O Globo, o governo Maduro faz com maestria na Venezuela.
Cf.: O Globo se enrola na teia da espionagem americana - Opinião e Notícia

sábado, julho 06, 2013

Quem dera um Pinochet?

Sobre: Wall Street Journal says Egypt needs a Pinochet – can it get away with that? | Martin Pengelly | Comment is free | guardian.co.uk
O cara está certo, além do que ninguém garante que o sucesso chileno se repita com uma mesma fórmula no Egito. As respostas a um pacote de medidas, por mais amplo que seja, podem ser diversas se considerarmos o meio em que ocorrem. Sou partidário das reformas que levaram o Chile ao desenvolvimento, mas não posso crer que uma ditadura seja moralmente admissível. Embora, um regime que tente corromper a constituição e solapar a justiça, como o fazia Allende deva ser interrompido, mas institucionalmente, através de dispositivos criados para este fim.

sexta-feira, julho 05, 2013

Sem crise sobre o casamento gay

Interessante matéria que põe panos frios sobre o argumento anti-casamento gay. A ideia de que sua legalização faria com que valores tradicionais que guiam o casamento heterossexual e este por sua vez retrocederiam não vingam após a menor análise estatística. Inclusive porque o número de divórcios e separações aumenta em geral no mundo ocidental, inclusive em países em que o casamento entre gays NÃO FOI LEGALIZADO. Logo, não se preocupem... Eles lá e nós cá, cada um no seu galho e qualquer maneira de amar vale a pena.
Cf.: James Peron: Are the Gays Destroying Scandinavia?

quinta-feira, julho 04, 2013

Recomendo: Por uma crítica da geografia crítica

Fonte: isthmus.com.br
POR UMA CRÍTICA DA GEOGRAFIA CRÍTICA | Editora UEPG 
"Hoje, as teses da geocrítica são vistas como verdades tão óbvias que culpar o capitalismo e a democracia representativa pela violência urbana, pela pobreza, por problemas ecológicos ou de qualquer outro tipo é o mesmo que dizer "Cabral chegou ao Brasil em 1500". Nesse contexto, a missão deste livro é demonstrar a hegemonia da geocrítica no cenário contemporâneo e analisar criticamente seus pressupostos teórico-metodológicos e políticos, manifestos na pesquisa acadêmica, nas propostas de planejamento e também no ensino. Trata-se, pois, de um convite à reflexão sobre o que foi e o que é essa tendência da geografia que se fez dominante ao ponto de tornar-se quase invisível." 
[http://www.isthmus.com.br/eduepg/ciencias-humanas/geografia/por-uma-critica-da-geografia-critica/1-209/centro_detalhes.aspx#.UdYd_37eW2I.twitter]
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Saiu o livro do Diniz. Sim! Há vida inteligente na Geografia Humana, não são todos refugos marxistas, não... Recomendo a leitura: os capítulos mesclam críticas às teorias marxistas, ortodoxas e heterodoxas com alternativas teórico-metodológicas baseadas em pesquisas empíricas de fontes primárias. 

quarta-feira, julho 03, 2013

Uma tosca administração urbana para o futebol arte

Aqui, tudo funciona na pressão. As desocupações de que ela fala são de moradores em áreas ilegais. O problema, como ela nota, se trata de deixá-los ao deus-dará... Logo estarão inundando outras áreas da cidade. O que falta neste país é planejamento, tratamento preventivo de problemas assim e não, como ela nota com razão, "colocar a sujeira para baixo do tapete" para depois retornar ao mesmo patamar. 

Don't come to Brazil/Não venha para a copa - YouTube

terça-feira, julho 02, 2013

E o marco ideológico não entende a política no mundo

A propósito do post anterior:
Qual a diferença entre esquerda e direita totalitárias? http://acasadefenrir.blogspot.com.br/2007/09/qual-diferena-entre-esquerda-e-direita.html#.UdMAyvztZiI.twitter

Marco ideológico não entende manifestações no Brasil

Quem deve coibir os extremistas além da força estatal? Com a voz, os manifestantes que mantém o foco em seus protestos.
Fonte: maisgoias.com.br
As recentes manifestações no Brasil, na verdade constituem sim um movimento social, mas que só tomou o vulto que tomou APÓS sua heterogeneidade ser formada, de "direita" como alguns preferem chamar. No início foi, claramente, um meio de manipulação formado por id... 'agentes' úteis:

segunda-feira, julho 01, 2013

Civilidade pela metade - II

Quando escrevi Civilidade pela metade também tinha em mente os defensores de ciclovias e de transportes alternativos como representantes de uma nova e petulante ordem urbana, na qual os automóveis e demais veículos automotores passam a ser demonizados. Tudo bem, desde que os mesmos venham a obedecer regras análogas como as que cobram dos condutores motorizados. Sobre uma defesa das bicicletas e crítica (sem auto-crítica) aos seus críticos conferir:
The Paranoid Style in Bicycle Politics: A Bicoastal Freak-Out - Conor Friedersdorf - The Atlantic http://www.theatlantic.com/politics/archive/2013/06/the-paranoid-style-in-bicycle-politics-a-bicoastal-freak-out/276514/