terça-feira, julho 02, 2013

E o marco ideológico não entende a política no mundo

A propósito do post anterior:
Qual a diferença entre esquerda e direita totalitárias? http://acasadefenrir.blogspot.com.br/2007/09/qual-diferena-entre-esquerda-e-direita.html#.UdMAyvztZiI.twitter
THURSDAY, SEPTEMBER 13, 2007

Qual a diferença entre esquerda e direita totalitárias?



Eu não vejo nenhuma.

Qual a diferença entre as idéias da deputada federal Manuela e a comentarista americana Ann Coulter?


[Resposta ao final do post...]

Um exemplo de crítica simples, correta e direta ao PT se encontra em Denis Lerrer Rosenfield:

Há um namoro com o autoritarismo de esquerda enquanto conclusão de um documento que, em outros pontos, diz aceitar incondicionalmente os princípios da democracia representativa. Do ponto de vista diplomático, isto significa que o País fica atrelado a posições partidárias, em que o interesse do Estado brasileiro permanece a reboque de posições ideológicas, nostálgicas do autoritarismo de esquerda.

Nada de conspirações malucas, cabalas, astrologias ou paranormalidade. O que Rosenfield acusa é a contradição do PT. Nada de invencionice.

Vejamos agora quão díspare pode ser uma análise:

A articulação e o timing foram perfeitos: com poucos dias de distância, o governo da República ensina o país a curvar-se servilmente ao insulto que venha da fonte ideológica apropriada, o MST proclama orgulhosamente seu direito de lutar contra o país, o indulto presidencial solta 12 mil presos e a "democracia direta" dos homens armados impõe o toque de recolher a vinte milhões de brasileiros. Alguém ainda é idiota o bastante para achar que foi tudo uma coincidência fortuita, que ações enormemente complexas como essas que estamos vendo podem ser improvisadas do dia para a noite, sem nenhuma comunicação entre os vários focos geradores da revolução continental?
Em http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4878

Que o MST há muito trama uma revolução maoísta ninguém aqui duvida. Eles próprios já tiveram seus documentos divulgados sobre esta meta pela Folha de São Paulo nos anos 90. Não é novidade nenhuma. Mas, líderes do PCC não encontraram ajuda em José Rainha Jr., “é sujo” como disse um dos bandidos. Mas, outro militante do RS se predispôs a ajudar totalmente, inclusive “dando toques” de como fazer divulgação e obter apoio. Há dissensos, o que não quer dizer que Rainha seja um democrata, apenas um moderado dentro do movimento. Eu disse “dentro do movimento” que repudio de todo, bem explicado para leitores incautos.

Mas crer que há “timing perfeito” entre os ataques em São Paulo com a estatização da Petrobras na Bolívia é “viagem”. Por outro lado, há inúmeros artigos do próprio Olavo (e de vários articulistas do MSM) acusando a Petrossauro de financiar “ongs esquerdistas”. Claro! Como não pude perceber antes?! Ela apenas está representando, afinal jogou mais de 1,5 bilhão FORA para ser um mero títere do Foro!!! Santa Ignorância Batman!

Não é maluco??

Mas, a viagem não termina aí... ignorando por completo uma frase do Rosenfield em entrevista, um outro “viajante”, Caio Rossi disse em um de seus artigos:

A "direita moderna", conforme definida por Rosenfield, tem como prioridade "o social" e mantém a estrutura do welfare state (afirmação referenciada em Hayek, por mais estranho que isso tenha soado a um dos jornalistas, que havia assistido palestra com o famoso economista e presenciado depoimento em contrário), apesar de o debatedor defender a substituição da ação do Estado na área social pela individual - contradição que não lhe pareceu causar qualquer constrangimento. Essa "direita moderna" está acima da compreensão até deste moderno representante da direita que vos escreve!

Rossi não entende nada mesmo. Rosenfield que estás anos-luz à frente do querelante é atacado por defender a “social-democracia”. O problema é que, mal sabe ele, filósofos liberais (que também eram economistas) como Adam Smith também tinham “preocupações sociais”. Para o incauto Rossi, há contradição não se apercebendo que existe diferença entre objeto e método. Liberais podem ter preocupações sociais sim sem serem estatistas, sem advogarem o inchaço estatal, o "cabide de empregos" e outras cositas más. O “raciocínio” de Rossi acaba levando-o, portanto, a um beco sem saída, pois não entende o próprio neoliberalismo como sendo capaz de almejar o social como integrado por interesses individuais.

Um exemplo do que digo se encontra em:

Hoje em dia o problema não é mais só o risco de um governo federal com pretensões totalitárias, mas um que faça isso segundo interesses de uma elite financeira global, que é a mesma que patrocina todos os “programas sociais” da “nova esquerda neoliberal”.

Aqui, a auto-denominada "direita liberal-conservadora” (uma contradição em termos) não percebe que atira no próprio pé, ao confundir setores oligopolistas com neoliberais. Toma o termo de uma esquerda P-Sol e o faz verdade absoluta. Ou não sabe ou, no fundo, direita conservadora tende a se tornar tão totalitária quanto a própria esquerda.Com uma direita dessas, quem precisa de esquerda?
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Resposta: o penteado.

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