O que os russos pensam de Stalin?

Muito interessante. Quero que vocês reparem em uma coisa, para além do mérito da questão (Stalin), que é o ensino de História no país. Isso que vcs verão é que é "história oficial", uma maneira que o governo conta como foi, moldando uma visão como política de estado. Não é, vejam bem, NÃO É a mesma coisa que temos aqui, onde um livro pode divergir do outro em alguns aspectos (sobretudo em Humanas) e o governo interfere indiretamente através de avaliações e compras públicas. Daí, lá na ponta, no município, professores antes de iniciarem o ano letivo fazem uma avaliação de vários produtos e indicam o que preferem que sua secretaria de ensino compre. Já, em Cuba, havia UM (e ainda acho que é assim)... UM ÚNICO LIVRO, cujo ensino era feito por professores que pasaram o curso decorando ele, mais exatamente um capítulo por semestre na faculdade.



Por isso sejam mais atentos e precisos quando falarem em "doutrinação" nas escolas brasileiras. Se há hegemonia de uma ou mais visões é porque os professores já saem de cabeça feita (o que é de se esperar mesmo) das faculdades. Portanto, É MAIS FÁCIL MUDAR ESSE QUADRO QUANDO NÃO HÁ ALGO TÃO DIRIGIDO COMO MOSTRA O VÍDEO. E um dos passos necessários seria:



Permitir através de lei específica que haja cursos superiores com mais flexibilidade curricular, INDEPENDENTE DO MEC. Desta forma poderíamos estabelecer currículos mais condizentes com nossas visões de mundo. NO ENTANTO, o mesmo princípio valeria para o que não toleramos. Caberia aos alunos, portanto, escolherem seus cursos específicos. E que vença o melhor através do mercado. Obviamente que teríamos como corolário, um mercado livre do controle estatal não só no campo das ideias, mas também de sua estrutura, i.e., cursos privados.



Eu não entendo porque esses ministros da educação do Bolsonaro, o Vélez que saiu e aora esse Weintraub não fazem nada a respeito. Aliás, nunca vi tanta gente inútil em um ministério como o MEC nos dias de hoje.



Anselmo Heidrich​

16 jun. 19