domingo, outubro 23, 2011

Assédio moral e liberdade de expressão – 1


Proibir a liberdade de expressão, mesmo que de um programa estúpido como o citado pela vítima do assédio não é um bom prelúdio do que poderia vir. A questão é cultural, se nosso povo se contenta com este tipo de coisa mostra quão "solidário" é, na realidade, o povo brasileiro, um mega-aglomerado de indivíduos que sempre ignorou o termo civil porque sequer tem noção do que a civilidade venha a ser. A saída em minha opinião, só pode ser a condenação moral e, no caso do programa, mudar de canal.

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sábado, outubro 22, 2011

“Se hay gobierno, yo soy contra”


Verdade seja dita, muitos manifestantes não têm a mínima ideia sobre o que, pelo que ou contra o que protestam (foto: http://danielbiologo.wordpress.com/2010/10/13/parque-da-lagoa-no-vassourao/). 

Vejamos até onde vai a chamada “consciência social”... Abaixo uma sucessão de e-mails recebidos em minha caixa postal para, ao final, eu colocar duas dúvidas que trouxeram com facilidade a revelação de uma simpatizante da causa. Pelo menos ela foi bem sincera:

terça-feira, outubro 18, 2011

O Homem e o Mundo Natural



Artigo que escrevi inspirado em um dos melhores livros que já tive o privilégio de ler, O Homem e o Mundo Natural de Keith Thomas:


Quando era garoto, na periferia de Porto Alegre onde me criei, havia uma espécie de limbo entre o meio urbano e o rural. De meu edifício de quatro andares, eu avistava um campo onde os bois e vacas pastavam. Não havia uma transição gradual como na maioria de nossas cidades atuais, era abrupta. Acostumei-me tanto a esta paisagem sui generis que ao avistar as paisagens citadinas de hoje, sinto um estranhamento pelo que, na realidade, é “normal”. Como dizia, hoje nosso espaço é marcado por uma espécie de continuum urbano, que vai dos sobrados do centro histórico aos edifícios espelhados do centro expandido, passando por áreas decadentes, chegando nos bairros que contrastam miséria arquitetônica e infra-estrutural com um luxo cercado por uma moderna e quase medieval barreira que, behavioristicamente, simplesmente nos esquecemos de nossa “natureza”. Mas, aí acabo de tocar numa palavrinha que gera um verdadeiro “rebu” na filosofia... O que, afinal de contas, é a “natureza humana”?

domingo, outubro 16, 2011

Doações de animais



Quem já não recebeu um e-mail procurando novos donos desesperadamente para adoção de cães ou gatos? Pois é... Isto é mais comum do que se imagina e o caminho para a solução também é bastante óbvio.

sábado, outubro 15, 2011

Aos idiotas que protestam em Wall St.


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A importância do professor na formação da mão de obra


“A vida imita a arte”, escolham o título... Walter White (Bryan Cranston) é um ex-pesquisador em química que se torna professor no ensino médio e se vê acometido por um câncer terminal no pulmão. Atormentado por não conseguir deixar recursos para sua mulher e filho, portador de uma deficiência, entra para o crime produzindo anfetaminas de alta qualidade com um sócio, seu pior aluno, um marginal desajustado, mas com alguma réstia moral. A série Breaking Bad é muito boa, vale à pena assistir e se embrenhar no limbo que encobre a nítida separação entre o certo e o errado.

quarta-feira, outubro 12, 2011

De onde tu acha que veio o vocábulo pet?

 
Estava pensando.... Meu cachorro dorme em media 20 horas por dia. Ele tem toda a comida preparada para ele. Pode comer qualquer coisa que ele queira. A comida é dada a ele sem custo. Ele visita o veterinário uma vez ao ano ou quando necessário, se algum mal aparece.Por isso ele também não paga nada,e nada, em troca, é pedido pra ele. Mora em boa vizinhança, em uma casa muito maior do que necessita, mas não precisa limpar nada. Se ele faz sujeira, alguém limpa. Ele escolhe os melhores lugares da casa para dormir e recebe essas   acomodações completamente de graça. Vive como um rei e não tem mesmo nenhuma despesa. Todos os seus custos são pagos por outras pessoas que têm que sair de casa para ganhar a vida todo o dia.
Estive pensando sobre isso e, de repente, veio a trágica constatação:

MEU CACHORRO É DO PT! 

terça-feira, outubro 11, 2011

Francis Fukuyama - Entrevista


Dica:
O ESTADO FOI FRACO DEMAIS NA AMÉRICA LATINA?
Perdemos muito tempo debatendo o tamanho do Estado. Ora ele tem de crescer, ora tem de diminuir. Mas a questão central não é essa. O fundamental é um balanço de poder entre governo e sociedade. Se um dos dois se torna dominante, é um problema. O desequilíbrio é muito claro quando o Estado se impõe à sociedade. As ditaduras da América Latina, com tantas violações aos direitos humanos, são mais um capítulo numa longa história. Mas também pode ocorrer o contrário, quando a sociedade se torna dominante e controla o governo. Um exemplo atual é a Guatemala, onde o governo não consegue nem cobrar impostos e o setor privado faz basicamente o que quer. O segredo do sucesso americano desde o início é manter esse equilíbrio. O governo foi forte o suficiente para impor a lei. Mas sempre houve um setor privado e uma sociedade muito organizados e prontos para restringir o governo se necessário. O problema atual dos Estados Unidos é que esse equilíbrio pode estar se perdendo.
Mais em: ZGUIOTTO: Francis Fukuyama - Entrevista
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segunda-feira, outubro 10, 2011

Are Americans living in poverty better off today than they were in 1959? - Slate Magazine


Excelente matéria. Desmistifica muita bobagem que é dita por aí:



Are Americans living in poverty better off today than they were in 1959?

How Rich Are Poor People?
The Census Bureau says there are more Americans in poverty than ever. Are the poor better off today than they used to be?
How many amenities do people below the poverty line tend to have? Click image to expand.
More than 46 million Americans are now living below the poverty threshold, according to numbers released by the Census Bureau on Tuesday. That's the highest number since the Bureau started keeping track of the statistic in 1959. Are poor people better off now than they were 52 years ago?

sexta-feira, outubro 07, 2011

"Estrada ou morte!" -- uma falsa questão nos Andes



"Carretera o muerte" é uma alusão crítica ao mote brasileiro "independência ou morte" indicando a submissão de Evo Morales ao governo brasileiro, já que o BNDES está financiando a obra. O argumento (estranho) é de que a estrada incentivará o tráfico de drogas. Ué?! Mas o narcotráfico na região já não é de grande monta e nem precisa de tal infra-estrutura para acontecer?! Agora, esses manifestantes são essencialmente anti-democráticos... Como assim fazer plebiscito só com as comunidades envolvidas com a construção da obra? O país precisa decidir em conjunto algo sobre o que lhe diz respeito, o que significa que isto não deve ser decidido por um grupo minoritário qualquer que seja. E essa desculpa de que são culturas autóctones que serão afetados não é suficiente para sequestrar o destino de toda uma nação. Esses etnicismos são mesmo um atraso...

Cf.: Folha.com - Mundo - Na Bolívia, indígenas avançam rumo à capital e seguem as greves - 07/10/2011

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Você vê Abrolhos com antolhos


A frase "o ótimo é inimigo do bom" pode aqui ser adaptada para "o ideal é inimigo do bom". Digo isto porque para podermos evoluir uma tecnologia para uma forma menos poluente é preciso se adaptar a um cronograma, mesmo que este seja bem extenso. Analisemos o que disse a professora Ilana Wainer, citada no texto acima:

“Você vê alguma solução possível para essa situação de Abrolhos?Tem de haver um esforço de investimento em energias limpas, pois o risco de exploração em uma área dessas não vale a pena.”
Omissão do governo em exploração de petróleo leva riscos a Abrolhos - vida - versaoimpressa - Estadão

Esta resposta é evasiva, ela não responde a questão imediata de como explorar a região. Se não for possível de maneira alguma, então não se explora, mas a resposta padrão que todos nós gostaríamos que se realizasse-- o ideal --, não resolve o problema de curto prazo. 
Este tipo de meta é o ideal, mas não diz nada sobre o agora. Este caso envolvendo o curto prazo é que teremos, muitas vezes, que nos debater. E aí, o que faremos?
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quarta-feira, outubro 05, 2011

O alto custo da ausência moral




Nós, enquanto brasileiros, de diferentes estratos sociais, endossamos o roubo, a dilapidação bárbara da cidade, o jeitinho, a malandragem e o “dane-se tudo por que não é meu”.
Recentemente, Janer Cristaldo nos brindou com um texto mostrando o maniqueísmo de filmagens acerca da vida dos pingüins. Se existe, por um lado, a tentativa de antropomorfização de animais em ‘documentários’, a animalização de seres humanos ao serem tratados como gado, já é um projeto bem sucedido. E, ainda diria que de forma muito primitiva, pois há um bom tempo existem disciplinas nos cursos de zootecnia prevendo bom tratamento aos animais, uma vez que “rendem mais” engordando e aumentando a produtividade. Portanto, diferentemente do ideal de pingüins nas lentes do cineasta francês, pessoas são animalizadas nos meios de transporte e passeios públicos de São Paulo.

Empresas lucram com repressão contra imigrantes


Intolerância contra intolerantes


Sobre Julgamento, tolerância e liberalismo | OrdemLivre.org, talvez eu tenha que reler o artigo, mas me pareceu um pouco confuso. Se exemplos fossem utilizados ao longo do texto, talvez ficasse mais claro.
Vamos lá... A tolerância é viável quando culturas -- chamemos de subculturas se elas participarem de uma mesma sociedade que porte outras subculturas -- ou comportamentos individuais também forem tolerantes uns com os outros. Isso é o mínimo que se pode exigir. P.ex., eu não aprecio o islamismo, mas o tolero se e somente se os religiosos em questão também tolerarem culturas que não apreciam na sociedade em que participarem. Isto é particularmente importante quando pensamos na questão da imigração e na formação de quistos culturais nas metrópoles ocidentais. Os imigrantes ou seus descendentes, que por acaso mantenham as culturas que os precederam ou apenas aqueles convertidos a um credo X também têm que se adequar a norma geral que porte uma base cultural e, se mantêm oficializada por um código civil. O que não dá para tolerar é que uma subcultura de origem externa ou mesmo interna possa se arvorar especial e, ainda por cima exigir que outros indivíduos a aceitem e, pior, se submetam a mesma.
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terça-feira, outubro 04, 2011

Falta de reconhecimento próprio

Pois então, a mais pura verdade...assim como os próprios professores que a negam constantemente sem assumir sequer uma pífia parcela desta culpa.

sábado, outubro 01, 2011

Cretinice sobre o 3º Mundo – 1



Metade da história bem contada é essa. Ele não conta do apoio soviético e cubano à guerrilha, ele não fala do pior imperialismo atual, que é o de fundamentalistas islâmicos, louco e facínora. Os sudaneses meridionais que o digam... Esse negócio de venda de armas é uma corrupção generalizada, mas quem mais vendeu para o regime de Saddam, há dados do SIPRI, foi a URSS. Então, não tem como se desenvolver sem o capitalismo, a industrialização e o comércio mundial. E, claro, lutar contra esses etnicismos que colocam empecilhos à igualdade política e jurídica frente à sociedade e ao mercado. Obviamente que isso não se consegue sem repressão ao crime e educação voltada para o emprego... Tem que se investir nesses dois campos.
E que história besta é essa de que Karl Marx não deixou herdeiros? Não só deixou, como muitos deles chegaram ao poder para a desgraça geral da população que dirigiram. Basta ver Lênin e daí por diante, vários ditadores espalhados pelo mundo subdesenvolvido.
É uma grande cretinice desse sujeito vir com esse discurso meio poético para engolirmos esse monte de lixo como verdade.
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