"Como é?! Vocês no Brasil estudam geografia do mundo sem conhecer de fato o básico sobre seu território e seus aspectos físicos?!" |
Em pleno século XXI, século que viu a grande revolução dos sistemas de informação geográfica, para que serve a geografia escolar? Num século em que as capitais dos países, o clima das cidades, os mapas urbanos, regionais, temáticos e todas as informações “socioeconômicas” estão disponíveis ao alcance de um ou dois cliques, para que serve abrir um livro didático cheio de mapas defasados, gráficos ultrapassados e explicações eivadas de ideologia e carentes de lógica?
Leia mais em: PARA QUE SERVE A GEOGRAFIA ESCOLAR?
Dada a situação atual de
nosso ensino de geografia (e história), eu concordo contigo mesmo. No entanto,
acho até que poderíamos ter em um ensino técnico-profissionalizante um curso de
geografia verdadeiro, calcado, p.ex., na obra Geografia Física de Arthur
Strahler. Teríamos excelentes profissionais que trabalhariam como analistas
ambientais em órgãos competentes como a CETESB, em São Paulo e fariam uma
verdadeira revolução em vários órgãos fajutos dessas municipalidades espalhadas
pelo país, que são mais antros de vagabundos carreiristas com estabilidade do
que órgãos profissionais de verdade. Veja também o que é o trabalho de um
geoprocessador... Acho toda esta revolução tecnológica na geografia algo
fantástico, mas não é preciso cursar toda uma faculdade para exercer certas
funções do SIG. Alguns desses técnicos são meros desenhistas que operam
sistemas que qualquer nerd de ensino médio saberia fazer, mas logo empapuçaria
devido a sua monotonia. Claro que há os pesquisadores que se utilizam desses
recursos, mas isto seria melhor aproveitado se os mesmos já tivessem visto
estas técnicas e conteúdo antes de entrar no curso superior. O que ocorre é que
estas inovações pegaram muitos departamentos de geografia de surpresa e agora,
meio deslocados, a maioria deles não sabe o que fazer com este conhecimento.
Aproximá-lo da sociedade, para seu usufruto seria um bom começo e uma forma
seria propiciar o conteúdo à jovens que não pretendem (ou não precisam) de
faculdade para atuar como técnicos em geoprocessamento.
Dei um pequeno exemplo para divergir
parcialmente do texto, onde eu creio que seria possível sim um ensino útil de
geografia, MAS... Do jeito que está não dá para reformar mesmo, o negócio é
"resetar" de vez este ensino.
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