sábado, abril 06, 2013

Uma possibilidade para o ensino de geografia

"Como é?! Vocês no Brasil estudam geografia do mundo sem conhecer de fato o básico sobre seu território e seus aspectos físicos?!"
Poucos têm coragem de dizer o que muitos também acham. Para mim esta é a principal razão de ler este texto:
Em pleno século XXI, século que viu a grande revolução dos sistemas de informação geográfica, para que serve a geografia escolar? Num século em que as capitais dos países, o clima das cidades, os mapas urbanos, regionais, temáticos e todas as informações “socioeconômicas” estão disponíveis ao alcance de um ou dois cliques, para que serve abrir um livro didático cheio de mapas defasados, gráficos ultrapassados e explicações eivadas de ideologia e carentes de lógica?
Leia mais em: PARA QUE SERVE A GEOGRAFIA ESCOLAR?

Dada a situação atual de nosso ensino de geografia (e história), eu concordo contigo mesmo. No entanto, acho até que poderíamos ter em um ensino técnico-profissionalizante um curso de geografia verdadeiro, calcado, p.ex., na obra Geografia Física de Arthur Strahler. Teríamos excelentes profissionais que trabalhariam como analistas ambientais em órgãos competentes como a CETESB, em São Paulo e fariam uma verdadeira revolução em vários órgãos fajutos dessas municipalidades espalhadas pelo país, que são mais antros de vagabundos carreiristas com estabilidade do que órgãos profissionais de verdade. Veja também o que é o trabalho de um geoprocessador... Acho toda esta revolução tecnológica na geografia algo fantástico, mas não é preciso cursar toda uma faculdade para exercer certas funções do SIG. Alguns desses técnicos são meros desenhistas que operam sistemas que qualquer nerd de ensino médio saberia fazer, mas logo empapuçaria devido a sua monotonia. Claro que há os pesquisadores que se utilizam desses recursos, mas isto seria melhor aproveitado se os mesmos já tivessem visto estas técnicas e conteúdo antes de entrar no curso superior. O que ocorre é que estas inovações pegaram muitos departamentos de geografia de surpresa e agora, meio deslocados, a maioria deles não sabe o que fazer com este conhecimento. Aproximá-lo da sociedade, para seu usufruto seria um bom começo e uma forma seria propiciar o conteúdo à jovens que não pretendem (ou não precisam) de faculdade para atuar como técnicos em geoprocessamento.

Dei um pequeno exemplo para divergir parcialmente do texto, onde eu creio que seria possível sim um ensino útil de geografia, MAS... Do jeito que está não dá para reformar mesmo, o negócio é "resetar" de vez este ensino.

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