|
ABAIXO A HIPOCRISIA PETISTA! |
O IMPEACHMENT tem base jurídica, em primeiro lugar. E a melhor defesa dele vem deste senhor, cuja foto segue abaixo...
Por outro lado, mesmo que não haja intenção criminal (o dolo) neste caso da Petrobras e seus desmandos pela presidente em exercício ... Se quisermos reformular a política nacional de modo correto, comecemos pelo uso adequado do nosso idioma, presidente e não 'presidenta. Como eu dizia, a Sra. Rousseff esteve a frente da estatal em seu conselho administrativo, depois foi ministra das minas e energia e agora, presidente duas vezes em um período de quase uma década. Ora, se "não viu nada", se nada percebeu, ela é no mínimo uma incompetente, incapaz de ocupar o cargo que ocupa. Seja negligência, omissão, imperícia, imprudência, seja qual for a razão de sua inépcia, todas elas resultaram em uma situação caracterizada como improbidade administrativa. Isto não vale um processo, mesmo se sabendo do teor das acusações e montante do valor desviado?
Agora, pelo fato disto depender do Congresso, no mínimo 2/3 de aprovação para a continuação do processo de impeachment, o sistema político pesa tanto quanto o judiciário em si. Por isto seria descartável, desprezível ou condenável? Claro que não, pois não se trata apenas de uma disputa partidária, mesmo porque a base aliada aprovando (e aqui penso especialmente no PMDB) também cortaria parte de suas regalias, dadas por esta aliança. Como se diz, se perdem os anéis para preservar os dedos...
Tudo isto visto de uma perspectiva sistêmica, o impeachment se trata de um feedback positivo para uma evolução do sistema, uma evolução progressista, bem entendido.
Sei que muitos vão às ruas por motivos pessoais, 'domésticos' até, que lhes pesaram como as medidas de austeridade econômica. Eu, pessoalmente, não vejo tais medidas de austeridade econômica como o problema em si, na verdade as vejo como consequência da falta de planejamento econômico sério (alguém aí se lembra das bobagens proferidas por um ex-ministro da fazenda que falou que quem investisse em dólar iria "quebrar a cara"? Pois é...). Além disto, a irresponsabilidade fiscal... Esta teve relação direta com os gastos públicos inconsequentes para garantir a reeleição. Só isto já é motivo para fazermos uma faxina no executivo brasileiro.
Mas, qual é nosso novo elemento na política? Por que agora estaríamos "mais revoltados", de "saco cheio" como dizem? Creio que não é só isto... A comunicação se tornou n-vezes mais ágil, o novo elemento é a internet, óbvio. Ela foi nosso esteio e assim continuará daqui em diante. Não adianta tentar cercear nossa liberdade de expressão que daqui em diante, seja com hospedagem em sites russos ou recriando continuamente blogs ou páginas no facebook, grupos no what'sapp, ou qualquer outro lugar, não haverá como nos censurar com eficácia. E pode até haver perseguições e "infecções pela gripe de Sto. André", que teria abatido o ex-prefeito Celso Daniel que isto só motivará mais de nós a assumir o lugar dos peões caídos. Somos soldados sem cúpula, sem generais, mas guiados por um espetacular senso cívico. O risco que corremos não é neste processo, mas o dia após...
O que quer que ocorra com a presidente, permanecendo ou não no cargo, já ganhamos espaço e respeito. O problema é como continuar o processo. Não temos o mesmo risco de sermos substituídos por uma "irmandade muçulmana", como foi o Egito após sua "primavera árabe", mas sim de mudarmos apenas as "moscas" que rondam o butim. Projetos e discussões ágeis terão que aflorar na internet, mas continuar em fóruns específicos e descentralizados. Esta é a chave. Esperar uma nova eleição para sonharmos com outro salvador da pátria é tão estúpido quanto apostar em ditaduras, sejam elas de direita ou de esquerda. Nada de terceirizar nossa responsabilidade histórica.
E isto não termina aqui. O PT tentou emplacar três projetos totalitários de poder e garantiu um deles:
- ESTATUTO DA IMPRENSA, que tentou regular a mídia, supostamente para "garantir a democracia". Isto é, só as opiniões que lhe convém;
- DECRETO QUE INSTITUI OS CONSELHOS POPULARES cria um poder paralelo que solapa a democracia de base igualitária para beneficiar grupos e organizações de tradição socialista ligados ao governo, ou seja, um reforço para eles;
- O MARCO CIVIL DA INTERNET, cuja “mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da comunidade acadêmica”, nada mais é do que outra forma de controle do executivo contra a autonomia do setor privado e sua liberdade de expressão.
O "Fora PT" de 15 de Março é orientação de alguns membros, assim como o impeachment que eu acho mais adequado, mais apropriado. Extinguir o PT como já disse, infelizmente, até um inteligente colunista da Veja não é democrático e nós aqui defendemos O ESTADO DE DIREITO. Agora, neste atual contexto, sim fora PT deste executivo até que em futuras eleições voltem como o aluno comportado ex-meliante que aprendeu a lição.
Todos erramos e concordo com Vaclav Havel quando assumiu a presidência da antiga Tchecoslováquia, sob novos ares políticos, ao dizer que não faria uma "caça às bruxas" de seu governo. Perdoar, anistiar é estabelecer uma linha histórica e olhar para a frente, como já disse Morgan Freeman, sobre sua interpretação de Mandela no filme "Invictus".
Mas teríamos um motivo especial para a data de hoje? Porque, como diria um "não saudoso" chefe de estado "nunca antes na história desse país" se lesou tanto o erário. Mas para mim é muito mais do que isto... Por mais corruptos que tenham sido certos governos no passado, NENHUM DELES ATENTOU CONTRA NOSSA LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
É fundamentalmente por isto que irei às ruas hoje enfrentar o calor, a umidade, é por isto que urrarei e por isto que luto, pelo último sopro de ar da liberdade.