segunda-feira, março 30, 2015

Energia, geopolítica e o cavalo de Troia



Divergências ideológicas a parte, isto é geopolítica. Os militares atuaram da mesma forma ao construírem Itaipu, binacional mas com o grosso do investimento brasileiro na fronteira com o Paraguai, atraindo assim o país central sul-americano para a órbita brasileira e isolando a Argentina no Cone Sul. Com isto, o país se tornou dependente por muitos anos da política e economia brasileiras, tal qual se almeja fazer com a Bolívia. O problema é o "bônus" ou "cavalos de Troia" que somos obrigados a engolir com a operação, haja vista que La Paz sob domínio do Movimento em Direção ao Socialismo (M.A.S.) de Evo Morales não pretende apenas ficar nisto, nesta troca de infra-estrutura por combustível. E diferentemente da época dos militares em que o respeito à propriedade privada era sagrado, não é o que se vê com a disseminação de movimentos latino-americanos que pregam e atuam através da incorporação de bens alheios. Ou seja, há algo mais aí, além da geopolítica tradicional que é a disputa entre estados por áreas de influência. Nesta geopolítica do novo milênio, o que está em cheque não é apenas território, mas o próprio estado de direito. A busca por "espaços" internos à sociedade começa pelo aparelhamento da máquina estatal e alteração gradativa dos marcos legais. 

Temos que combater isto.


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