Uma
pergunta, não raro tratamos os governantes do PT como “burros” chegando a
chamá-los de “antas” e outros qualificativos menos nobres, mas não seriam
expertos, inteligentes, articuladores? Veja bem... Não se trata de elogiá-los
não, em absoluto, mas de entender o que realmente se passa. Se fossem meros
ignorantes eleitos com milhões de votos de outros, ignorantes, seria muito mais
fácil derrubá-los. Os membros que compõem o PT podem não ser espécimes dos mais
inteligentes, mas a lógica que propõem e a perfídia que se utilizam para
deturpar, caluniar e se manter no poder como sanguessugas, esta sim é
inteligente, mesmo que seja para o mal. Qual o sentido de dizer que se o
ex-presidente FHC tivesse investigado crimes ocorridos na Petrobras durante seu
governo, a quadrilha petista ora vigente não teria existido? Esta é uma lógica que
propõe a irresponsabilidade, que começa individualmente, “não fui eu” ou “se
fui eu é porque sou vítima”, “vítima do sistema”, seja lá o que isto
signifique, “não tive chances” etc. e tal. Daí, pular para um esquema de
Irresponsabilidade Social Corporativa não é tão difícil, por mais bizarro que
isto possa parecer. Como assim? Como uma máfia que articulou um esquema de corrupção
bilionário não tem culpa nenhuma? Vejam... um dos ministros do Supremo Tribunal
Federal, ex-advogado (ex?) do PT, José Antonio Dias Toffoli, em entrevista,
disse que “as empresas são as maiores beneficiadas dos esquemas de corrupção”. Como
se os partidos não fossem articuladores, como se agentes do estado não compusessem,
informalmente, a direção da ação criminosa.
Por isto não
viemos aqui apenas pelo impeachment, embora este seja de suma necessidade. Como
nosso governo quer brincar tergiversando, nós nos antecipamos e em neste
xadrez, ao invés de respondermos aos ataques do adversário propomos outro
embate, noutro campo, para que eles nos respondam e não nós a eles. Já que o PT
quis brincar de ‘reformar’ a política, então que aceite discutir em nossos
termos:
1) Redução do número de ministérios e,
obviamente, do montante de apaniguados como cargos de confiança;
2) Impeachment de José Antonio Dias
Toffoli como Ministro do STF por crime de responsabilidade ao participar de
julgamentos envolvendo o Banco Mercantil, do qual havia contraído empréstimos em
2011;
3) A imprensa deve ser livre e
independente, isto é, não receber pressão negativa contra sua opinião. Seja ela
simpática ou lixos ideológicos dos quais somos rivais;
4) A liberdade econômica não deve se
limitar a um inócuo preceito constitucional, deve vir acompanhada de redução das
regulamentações e início de um longo processo de desburocratizações que elimine
o vício contumaz de “dificultar para se vender facilidades”;
5) Igualmente com a separação dos
poderes, cuja ingerência partidária deve ser defenestrada. Vocês obviamente
sabem de quem eu falo, FORA PT!
6) As eleições devem ser livres e idôneas,
i.e., sujeitas a averiguação posterior caso haja qualquer tipo de suspeita,
deve ser livre de qualquer tipo de coerção ou “compra de votos”, seja ela
institucionalizada através de mecanismos legais ou não;
7) Fim dos subsídios diretos e indiretos
à ditaduras, fim do uso partidário da máquina pública para favorecer governos
estrangeiros aliados sem nenhuma racionalidade econômica e valores políticos
calcados em princípios republicanos;
8) E claro, por fim mas não finalmente,
o impeachment da presidente Dilma Rousseff pela sua notória incompetência na gestão
da máquina pública, seja no conselho administrativo da Petrobras, seja como
ministra das minas e energia ou agora, como presidente da república.
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