“É fato que a conformação dos estilos de consumo varia drasticamente entre os países desenvolvidos e os menos desenvolvidos, sendo muito graves também as diferenças verificadas entre os perfis de consumo nos centros urbanos e no meio rural. No entanto, os apelos de mercado têm ampliado as fronteiras de atuação, generalizando, assim, um ideal crescente de consumo, impedido por restrições econômicas regionais e pelo estágio tecnológico vivido”[1]
Não são "estilos de consumo" que variam de país a país, mas
seu valor, na melhor das hipóteses. O estilo é algo que varia internamente a
cada país, região, cidade, enfim... E "meio rural" presumido como
área pobre, só mesmo em um livro do MEC mais próximo de você. Quem acha que
áreas rurais no Brasil são necessariamente pobres deveria dar uma olhada nos
PIBs internos do Brasil por setor produtivo e conferir o que se obtém em áreas
especializadas na agricultura comercial. A raiz dessa divisão entre um bloco de
desenvolvidos e outro subdesenvolvido é leninismo barato e da zona rural como
retrógrada, pobre e famélica é marxismo do século XIX. Ainda, o ideal de
consumo não é impedido, pode não ser alcançado, mas enquanto ideia permanece
livre, pois isto ninguém consegue reprimir em outrem.
[1] Oliveira,
Gilvan Sampaio de. Mudanças climáticas : ensino fundamental e médio / Gilvan
Sampaio de Oliveira, Neilton Fidelis da Silva, Rachel Henriques. – Brasília :
MEC, SEB ; MCT ; AEB, 2009. 348 p. -- : il. – (Coleção Explorando o ensino ; v.
13). Disponível aqui,
p. 128. Acesso em 26 ago. 16.
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