Gosto das ideias liberais, mas não é por isso que vou colocar a busca pela verdade em suspensão. Certa vez li, de um conhecido economista que discute educação, defensor dos vouchers, menos estado etc., todos pensamentos que endosso, que a culpa pelo massacre em Suzano onde dois atiradores mataram cinco estudantes e duas funcionárias em março de 2019 teria a ver, inclusive, com a burocracia da escola (conferir imagem acima).
No caso, a escola era referência do bairro, a polícia agiu a tempo de evitar um mal maior, as merendeiras foram heroínas ao tentar salvar as crianças e, de mais a mais, mesmo em outros tipos de sociedades e modelos escolares, com gerenciamento local, menos burocracia etc., este tipo de tragédia ocorre.
É tão difícil assim ADMITIR que o impulso assassino atravessa modelos de administração não sendo causados por estes? Que existe transtornos mentais capazes de levar um indivíduo a matar por prazer e ser totalmente indiferente a dor alheia e que se vamos estender o porte de arma, temos que estar preparados. Isto quer dizer, nossas escolas têm de estar. Como? Esta questão tem que ser discutida antes de termos uma epidemia, pois não se enganem, décadas atrás, quando as drogas eram caras, quando só quem tinha grana comprava cocaína, não tínhamos metade dos problemas envolvendo a criminalidade de hoje em dia. Então, se ainda não temos mais massacres é porque as armas são caras, mas isto pode mudar.
Como eu disse, se formos estender este direito a todos, como querem meus colegas liberais, tudo bem, mas tempos que estar preparados e isto inclui catracas com detectores de metal, como nos aeroportos e treinamento aos funcionários de escola como, em tese, existe para incêndios (mas poucas empresas cumprem de fato). A partir e só a partir daí concordo com o porte, pois por enquanto me basto em defender a posse.
Liberdade sempre, mas com Responsabilidade.
Anselmo Heidrich
22 nov. 19
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