quarta-feira, setembro 07, 2011

O extremo oriente é o extremo ocidente


O extremo oriente é o extremo ocidente quando observamos que ambos os hemisférios se tocam na Linha Internacional de Mudança de Data, no extremo oposto ao Meridiano de Greenwich. Em outras palavras, não vejo diferença entre regiões tão díspares quando o assunto é dinheiro. Quando se elege o oriente como tendo uma “cultura diferente” se encobre muitas semelhanças ou mesmas características, como a que faz a economia funcionar, a sede pelo lucro. Vejamos este spam que tem circulado pela rede:

Há no Japão um grupo de 200 aposentados, em sua maioria engenheiros, que se oferece para substituir trabalhadores mais jovens num perigoso trabalho: a manutenção da usina nuclear de Fukushima, que foi seriamente afetada pelo grande terremoto de três meses atrás. Os reparos envolvem altos níveis de radioatividade cancerígena.
Em entrevista à BBC, o voluntário Yasuteru Yamada, que tem 72 anos e negocia com o reticente governo japonês e a companhia, usa uma lógica tão simples quanto assombrosa:
"Em média, devo viver mais uns 15 anos. Já um câncer vindo da radiação levaria de 20 a 30 anos para surgir. Logo, nós que somos mais velhos temos menos risco de desenvolver câncer", afirma Yamada. É arrepiante.
Na contramão do individualismo atual - e lidando de uma maneira absolutamente realista em relação à vida e à morte -, sexagenários e septuagenários querem dar uma última contribuição: ser úteis em seus últimos anos e permitir que alguns jovens possam chegar às idades deles com saúde e disposição semelhantes.
O que mais impressiona em toda a história é a matemática da vida. A morte não é para eles um problema a ser solucionado - ou talvez corrigido, pela hipótese mística da vida eterna que medicina e biologia tentam encampar e da qual as revistas de boa saúde tentam nos convencer; a morte é, de fato, a constante da equação.  “Sou um só, mas ainda assim sou um.
Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa.
Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.”


Pois é, muito bonito. O problema é que é bonito demais. E quando a esmola é grande, o santo desconfia...

(...)Segundo um funcionário da Tepco, a empresa procura “saltadores”, operários que “saltam” para dentro de áreas altamente radiativas. O salário pode chegar a Y200.000 yenes por dia (R$8.000 reais).
A relutância dos operários em entrar na usina danificada destaca um dos dilemas básicos da Tepco: ela não consegue pessoas que cheguem suficientemente perto para verificar se os esforços para resfriar os bastões de combustível estão funcionando, nem mesmo para confirmar quais são os problemas exatos que estão ocorrendo.A maioria dos esforços da empresa têm sido de jogar água sobre os bastões de combustível expostos, numa tentativa de reduzir sua temperatura e restringir as emissões tóxicas.
Saltadores para usina de Fukushima – Salário de US$ 5 mil dólares por 1 hora de trabalho | Dicas Brasil Japão


Cá entre nós, se o sujeito sabe que irá viver mais uns 15 anos e o tal câncer levará uns 20 anos para se desenvolver, não valerá a pena viver esta década e meia com um bom pé de meia?
Filosofia oriental? Ahã...
...

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