sábado, junho 01, 2013

Existem mais opções que tentáculos



Concordo que ele tenha esta opção, mas discordo de que ela seja "mais racional". Se fosse assim, os próprios polvos não comeriam crustáceos, que até onde sei, também são animais. E se nós nos vemos como tendo esta escolha, ao contrário dos polvos e outros animais é porque, implicitamente, nos achamos superiores, enquanto que eles, meras bestas feras não passam de seres submissos aos seus instintos. Ou seja, se o argumento de não comer animais tem base em "ser mais natural", ele se contradiz ao compreendermos que outros animais, sobretudo nossos pets não devam ter a mesma obrigação. Mas, o senso de obrigação já é um critério moral e sendo moral, eminentemente humano. Eu adoro animais, não faria mal a nenhum sem ter razão porque, mas verdade seja dita, enquanto que eu adoro particularmente alguns ao meu lado (cães), outros eu adoro longe (ratos) e outros adoro ainda (vacas) no meu espeto. Há um excelente filme, que me diz muito mais que qualquer filosofia a la Osho que é Temple Grandin (TV 2010) - IMDb,  a história de uma americana autista, com doutorado em área afim (acho que zootecnia), que mostra um mundo bem melhor do que o do descaso com os animais, o gado bovino em especial. Se não é uma fábula de harmonia com os seres da natureza mostra como a morte para nutrir outros seres pode ser bem melhor, menos estressante, rápida e, por que não? Digna. 

Site de Temple Grandin: http://templegrandin.com/

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