Concordo que ele
tenha esta opção, mas discordo de que ela seja "mais racional". Se
fosse assim, os próprios polvos não comeriam crustáceos, que até onde sei,
também são animais. E se nós nos vemos como tendo esta escolha, ao contrário
dos polvos e outros animais é porque, implicitamente, nos achamos superiores,
enquanto que eles, meras bestas feras não passam de seres submissos aos seus
instintos. Ou seja, se o argumento de não comer animais tem base em "ser
mais natural", ele se contradiz ao compreendermos que outros animais,
sobretudo nossos pets não devam ter a mesma obrigação.
Mas, o senso de obrigação já é um critério moral e sendo moral,
eminentemente humano. Eu adoro animais, não faria mal a nenhum sem ter
razão porque, mas verdade seja dita, enquanto que eu adoro particularmente
alguns ao meu lado (cães), outros eu adoro longe (ratos) e outros adoro ainda
(vacas) no meu espeto. Há um excelente filme, que me diz muito mais que
qualquer filosofia a la Osho que é Temple
Grandin (TV 2010) - IMDb,
a história de uma americana autista, com doutorado em área afim (acho
que zootecnia), que mostra um mundo bem melhor do que o do descaso com os
animais, o gado bovino em especial. Se não é uma fábula de harmonia
com os seres da natureza mostra como a morte para nutrir outros seres pode
ser bem melhor, menos estressante, rápida e, por que não?
Digna.
Site de Temple
Grandin: http://templegrandin.com/
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