Sobre: Tomatadas: Se existir uma "cultura negra", ela é homofóbica: Fonte: TURRER, R [com PEROSA, T.], 2012. Estou entre aqueles que rejeitam a ideia de que existam identidades nacionais ou continentais....
Tem que ler o texto... Pronto, se já leram, uma das críticas a ele é que o conceito de cultura não foi definido, mas a expressão "cultura negra", entre aspas já observa que não se trata de uma cultura para os negros. Logo, no início do texto, o próprio autor deixa bem claro que discorda dessa simplificação para países e continentes. No entanto, como Diniz observa, a questão tem fundo estatístico, sobretudo se nos basearmos na edição de leis. Dizer que há desfoque no conceito de cultura esquece que "normas" e "valores" e "crenças" que se reforçam mutuamente e estas fazem parte de uma definição de cultura. A edição de leis claramente homofóbicas será mero acaso? Não; Isto depõe contra o negro? Não; Isto depõe contra a África inteira? Não; Mas, isto depõe contra os governos africanos, cuja cultura de seus representantes (quando eleitos e apoiados) por cidadãos africanos? Sim; Isto depõe contra o fundamentalismo islâmico na África Setentrional? Sim; Isto depõe contra o governo sul-africano, que deveria ter evoluído mais socialmente a partir de Mandela? Sim. Agora, se há muito homossexualismo (supondo que o consumo de drogas injetáveis seja baixo) como força indutora da disseminação do HIV, a solução está na repressão ao homossexualismo OU na admissão deste e educação para o sexo seguro? Ora, está claro que os governos africanos em questão (de brancos e negros) optam pela primeira alternativa. Quanto ao texto, Diniz ataca os entusiastas da criação de uma "casa de cultura", que eles mesmos chamam de "negra" e, portanto, a generalização é deles, como seletiva e arbitrária. A questão é como compatibilizar isto com a defesa do homossexualismo? Para não ficarem com mais esta ambivalência, não deveriam criar uma "casa da causa da diversidade", que contemplasse aspectos positivos das culturas e manifestações? Isto me parece óbvio, mas algum manifestante ou militante contra as discriminações fará uma mínima observação sobre isto? Duvido.
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