Para mudar o padrão de apresentação do mapa mundi basta divulgar sua ideia ao invés de chorar buscando atenção. Imagem: cperrier.edublogs.org |
Sobre: O Mapa Mundi – a mentira a que já nos habituamos! http://disq.us/8gk984
Já vi muita deturpação na
internet, mas esta superou a todas. É nítida a técnica de "remendo"
ou "retalho" na redação ao comentar um valor moral (já introduzido no
início do texto) e depois "rechear" com dados técnicos (sobre
navegação) totalmente alheios ao sentido da matéria para depois, a guisa de
conclusão, retornar com a mesma ladainha terceiro-mundista pretensamente
científica. Vamos aos fatos (porque a opinião vem depois):
E o Hemisfério Norte não
apresenta mais ou menos milhas quadradas, pois Hemisfério é metade de uma
esfera, logo, a área de cada um é exatamente igual a outra. Agora, se estiver
falando de terras, é outra coisa, mas daí tem que saber redigir o texto...
Não há plano,
manipulação, ocultação, nada disto. Uma vez que esta clássica projeção (de
Mercator) foi produzida na Europa é absolutamente natural que seu criador, um europeu
por suposto, colocasse a Europa, seu continente no centro e "acima"
do ponto de vista do mapa. Logo, o mapa mais utilizado no mundo não é uma
mentira, mas todo e qualquer mapa é uma "mentira" na medida que não
representa o mundo -- algo próximo de uma esfera -- de modo achatado, mesmo
compensando as áreas equatoriais, como é o caso da projeção de Peters.
Querem
"conscientizar as massas" (eufemismo para doutrinar aluno) ou, sendo
mais honesto, possibilitar uma visão alternativa? Façam como telejornais
japoneses que colocam seu país, o arquipélago japonês no centro e acima nos
mapas no painel ao fundo dos jornalistas na TV em horário nobre. Não, não foi
um "MEC japonês" que determinou isto, nem uma política pública a la
bolivariana esdrúxula, mas simplesmente uma perspectiva cultural própria do
Japão; ou como na Austrália, admirável país onde se encontram camisetas à venda
"no longer down under" com a Austrália no centro e acima (o
planisfério "invertido"). Estas colocações norte/acima e sul/abaixo
vocês nem chegaram a considerar de tão absortos que ficaram na papagaiada
ideológica. Os mapas, meus caros, podem ser vários de acordo com a necessidade
do freguês. Sugerir que se trata de um plano intencional de dominação
psicológica é patético. Quem está realmente tentando estabelecer uma relação de
dominação através da mentira aqui são vocês com este festival de ignorâncias ao
doutrinar ideologicamente ao invés de contextualizar historicamente o porque da
técnica cartográfica. Agora, se esta visão é limitada perante as outras, criem
e divulguem as suas, mas não critiquem o que foi um avanço para a humanidade.
Parem de chorar como derrotistas e ressentidos e façam valer a sua proposta.
Divulguem-na, ou vão me dizer que não tem nenhuma?
Ah sim.... Esta é a Síndrome
do Oposicionista Crônico (S.O.C.): ele sabe criticar e repetir ad nauseam, mas não tem nada para por no
lugar, nem luta para este fim com construção, apenas vive da culpabilização
alheia, como se alguém sempre fosse responsável pelo seu infortúnio e miséria.
Mal sabe ele que sua inveja é um elogio inconfesso de admiração: ele gostaria
de estar no lugar daquele que critica.
Por que isto seria uma
empulhação no ensino, então? Parece piada, mas aqui no Brasil, ao menos, a
crítica insensata à cartografia é vista como lúcida e ‘conscientizadora’.
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