Imagem: conservativepapers.com |
Uma das questões de mais difícil resolução é o conflito que surge quando se opta por algo que traz consequências para além de nós mesmos. Não se trata de qualquer consequência, mas daquelas que podem levar até a morte de outras pessoas. Um exemplo claro está aqui, o que muitos consideram um "excesso de vacinas" e seus possíveis efeitos colaterais originou um movimento contra elas. Algumas razões são legítimas e, realmente, merecem pesquisas, como se a frequência e quantidade das aplicações não estariam criando vírus mais resistentes que levem a necessidade de antídotos mais poderosos. Mas, outras razões alegadas não passam de desconfianças meramente ideológicas, como que a razão de tantas vacinas corresponder, tão somente, às necessidades da indústria farmacêutica.
Como
vivemos em uma época de informação abundante, muitos se sentem confortáveis
para discutir o tema após a leitura sumária de algum artigo. Muitas vezes um
artigo de opinião meramente difamatório escrito por algum ambientalista
apocalíptico... Basta também que um indivíduo se declare "terapeuta"
para assumir ares de autoridade sobre o assunto e ser aclamado por outros do
rebanho que joguem décadas de pesquisas sérias no lixo. O problema é que se o
dano se limitasse a eles, dos males o menor, mas não, o movimento anti-vacina
deixa sequelas graves, sobretudo em crianças mais fracas ou subalimentadas e
põe em risco a saúde pública, com o retorno de doenças que se acreditava
praticamente extintas.
Cf.: Brasil também tem adeptos do movimento antivacina http://bbc.in/1go38ff
Aqui,
um artigo que dá acesso a um guia contra as besteiras disseminadas pelos
paranoides antivacinação:
Obrigado,
grupos antivacinação! A poliomielite está de volta http://hypescience.com/obrigado-grupos-antivacinacao-a-poliomielite-esta-de-volta/ via HypeScience
O
mais incrível nisto tudo é que, justamente, o desejo de preservar a humanidade
contra os malefícios da indústria farmacêutica por estes ativistas românticos
põe em risco as crianças de países pobres, particularmente africanos e
asiáticos, com menores condições de resistir ao retorno de doenças com alto
índice de mortalidade. Mas acho que a consciência não trará dor para quem
acredita em qualquer coisa para fugir da realidade...
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