por Anselmo Heidrich
Azul-Anil
é Roxo mesmo... Mas, arte moderna (ou qualquer arte) é isso, se depende do
conceito aceito para ser considerado arte. No caso da arte que nós mortais
admiramos, os conceitos nos são comuns. Nessa daí, do quadro
roxo-meio-azul-sei-lá, o conceito tem que ser traduzido de um plano abstrato
para o concreto, para o que as pessoas possam entender com base em suas
sensibilidades. Até acredito que seja possível, mas o que não vale mesmo a pena
fazer é convencer o cidadão comum que toda retórica macroeconômica e novilíngua
petista ao serviço da desinformação seja possível traduzir em maminha,
fraldinha e picanha mais acessíveis nas prateleiras dos supermercados. Talvez
por isso o quadro seja azul... Porque os admiradores da arte moderna e
consumidores dos supermercados são obrigados a erguer os olhos para o céu e
imaginar um futuro melhor, uma vez que o vermelho da carne se torna cada vez
mais escasso ao alcance de nossas mãos e bolsos.
Cf. O quadro azul do Centre Pompidou (Paris)
https://mansueto.wordpress.com/2016/03/31/o-quadro-azul-do-centre-pompidou-paris/
via @mansualmeida
#EmbromaçõesEconômicasEArtísticas
A
propósito analisemos a seguinte obra de arte:
Título: "Nós isolados da Noz" |
Vou
arriscar um comentário:
“Esse contexto deixa em aberto a indagação sobre o universo ser finito ou infinito. Contudo, mesmo o mais profundo vácuo do ambiente intergalático não é nada diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, onde não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de absorver as diferentes nuances e significados de uma palavra precisam por meio dele e para ele, Deus criou todo o Universo. À luz desse ato, nenhum habitante dos outros mundos poderá dizer que Deus não seja tudo porque não estamos sós. Nesta pintura, a vida em comunidade, nunca isolado do contexto sócio-cultural e universal estamos batizados com expressões imbuídas de um simbolismo profundo, que por si só já traz para a consciência, um pequeno ponto na vastidão do universo da inconsciência. Por esse motivo fui levado a pesquisar uma nova proposta de educação que com essa interconexão, o nosso aluno, poderá se reconectar com o universo. Se torna óbvio que a filosofia holística começa com um respeito profundo pelo ser humano em meio a vastidão do universo lá no alto e não escutam os gritos desse bicho da terra tão pequeno. Isto implica a imanência de Deus também em todo o universo, que deve ser dirigido e pensamento em um quadro ao consciente universal esse conhecimento que as individualizações isolada. Estamos circundados pelo mistério. Isto tem um profundo significado.”
Gostaram? Olha, para se escrever
assim basta colocar algo no buscador como eu fiz “o profundo significado desse
quadro é de que estamos isolados na vastidão do universo” e esperar pelo que
vai ser apresentado:
https://www.google.com/search?rls=aso&client=gmail&q=o%20profundo%20significado%20deste%20quadro%20%C3%A9%20de%20que%20estamos%20isolados%20na%20vastid%C3%A3o%20do%20universo&authuser=0#authuser=0&q=o+profundo+significado+desse+quadro+%C3%A9+de+que+estamos+isolados+na+vastid%C3%A3o+do+universo.
Depois junte as partes iniciais
descartando as maiores incongruências (porque ainda restarão várias outras) e
voilà, temos uma ‘profunda’ crítica de arte. Tente você mesmo!
Ah! Que imagem é aquela? Sim, aqui
está... Uma meleca na parede em seis fotos do interior de um hospital:
http://www.yelp.com.br/biz_photos/hospital-lifecenter-belo-horizonte?select=b8oHC82JpInagvLmg_aXzA
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Fas est et ab hoste doceri – Ovídio
Se
concorda, compartilhe.
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