Tenho visto
comentários de liberais criticando o projeto. Acho injusto pelas razões
apresentadas. Isto é coisa de mentalidade ancap... A legislação deve ser enxuta
conforme se sobe na escala federal, mas quanto mais chegamos ao local temos que
ter as específicas. Por isso este discurso de que mais lei é mais estado é
relativo. Quanto ao PL em si, exceto por partes cuja redação ficou comprometida
pelo viés religioso, ela nada mais é do que uma garantia ao responsável pelo
aluno acionar o professor, caso se sinta usurpado pelo produto ofertado. Como
cenários, caso haja culturalmente um debate maior, isto poderá ampliar o efeito
da crítica ao MEC pelos péssimos livros didáticos que fornece o aval. Reitero
que o PL do ESP em si não é uma proposta pedagógica, mas uma proteção (se tiver
adesão) para lutar contra uma estrutura manipuladora que também não deixa de
ser opressora. Se fala muito da liberdade do professor dizer o que bem entende,
ora, não vejo assim, acaso alguém está se perguntando sobre a liberdade de quem
paga pelo serviço receber o produto que pagou (mesmo que indiretamente através
de seus impostos)? Ou a liberdade religiosa, se for o caso, ateia, se for o
caso, política, se for o caso de quem não concorda em ser doutrinado? E mesmo
que seja humanamente impossível (nem ninguém deseja isto aqui) que o professor
não tenha opinião, outra coisa bem distinta (E ESTE É QUE É O PONTO), não pode
cobrar sua visão como parâmetro para qualquer avaliação. E convenhamos, é isto
que se faz direto e reto.
21 jul. 16
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