quinta-feira, julho 21, 2016

Mais sobre o Projeto de Lei do Escola Sem Partido


Tenho visto comentários de liberais criticando o projeto. Acho injusto pelas razões apresentadas. Isto é coisa de mentalidade ancap... A legislação deve ser enxuta conforme se sobe na escala federal, mas quanto mais chegamos ao local temos que ter as específicas. Por isso este discurso de que mais lei é mais estado é relativo. Quanto ao PL em si, exceto por partes cuja redação ficou comprometida pelo viés religioso, ela nada mais é do que uma garantia ao responsável pelo aluno acionar o professor, caso se sinta usurpado pelo produto ofertado. Como cenários, caso haja culturalmente um debate maior, isto poderá ampliar o efeito da crítica ao MEC pelos péssimos livros didáticos que fornece o aval. Reitero que o PL do ESP em si não é uma proposta pedagógica, mas uma proteção (se tiver adesão) para lutar contra uma estrutura manipuladora que também não deixa de ser opressora. Se fala muito da liberdade do professor dizer o que bem entende, ora, não vejo assim, acaso alguém está se perguntando sobre a liberdade de quem paga pelo serviço receber o produto que pagou (mesmo que indiretamente através de seus impostos)? Ou a liberdade religiosa, se for o caso, ateia, se for o caso, política, se for o caso de quem não concorda em ser doutrinado? E mesmo que seja humanamente impossível (nem ninguém deseja isto aqui) que o professor não tenha opinião, outra coisa bem distinta (E ESTE É QUE É O PONTO), não pode cobrar sua visão como parâmetro para qualquer avaliação. E convenhamos, é isto que se faz direto e reto.


21 jul. 16

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