Por mais que eu
não goste da arquitetura do Niemeyer, o que ele fez está lá, para ser criticado
com objetividade. Agora, este pedagogo só elucubrou suas abstrações, com
péssimos resultados que sentimos até os dias de hoje. E quanto mais abstratos e
vagos são os conceitos, maior é a retórica de admiração de fanáticos e
oportunistas que não têm algo concreto para mensurar, avaliar e julgar. Quem
quer que já tenha dado aula, 8, 12 ou 14 por dia sabe muito bem que o blá blá blá
deste sujeito não resiste a menor irrupção de indisciplina. Só mesmo um teórico
- no péssimo sentido da palavra - e que nunca se dedicou a ensinar full time
para disseminar tais vaguidades e nulidades.
Mas, pior não é
sua obra, mas o séquito de fiéis que tem. Simplesmente, repugnante.
Entusiastas do
método de Freire falaram que era ingenuidade de minha parte desconsiderar toda
situação socioeconômica e a falta de investimentos no ensino. Redargüi dizendo
que a crítica deles validava justamente minha opinião, pois SE a tal da
Pedagogia do Oprimido visava atender as "classes desfavorecidas",
nesta má situação socioeconômica, que era feita especificamente para tal
contexto, então a situação atingida pela educação brasileira prova que o
próprio método não funciona. E te digo porque não funciona: se um aluno pobre,
"oprimido" vá lá, precisa se desenvolver intelectualmente, ele tem
que almejar e ser incentivado a galgar degraus na escala social e não apenas
utilizar sua posição inferior, socioeconomicamente falando, como desculpa e
auto-vitimização. A diferença é que enquanto os devotos de Paulo Freire enfiam,
doutrinam os seus pupilos com textos de consciência, a falecida educação
tradicional disponibilizava, leitura de clássicos, noções espaciais, fatos
históricos, raciocínio lógico, matemática e por aí vai. Mesmo que houvesse
detalhes no ensino tradicional que precisassem ser aprimorados, o conteúdo como
um todo nunca poderia ter sido jogado fora. Na verdade, o que se jogou fora foi
nossa própria oportunidade de se desenvolver intelectual, moral e socialmente.
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