Sobre: Somalia - GDP - real growth rate - Historical Data Graphs per Year
Há duas maneiras de nós apoiarmos o liberalismo: de modo utilitário ou fundamentalista (calcado na liberdade). Não vejo nenhum dos dois na Somália, mesmo porque a ausência de um estado não significa uma liberdade individual assegurada quando alguns indivíduos em grupo perpetram atrocidades dignas do pior estado totalitário. Estabilidade nenhuma paga isto, assim como dizer que a abolição da escravatura no Brasil prejudicou os cafeicultores. Ora, não há como utilitariamente, exceto para os produtores de café defender a escravidão ou, no Chifre Africano dizer que por não existir uma burocracia e repressão estatal, o somali é livre. Só se for "livre" para ser oprimido, brutalmente oprimido. E é por este mesmo utilitarismo que matérias como esta aprovando o "grau de felicidade" na Venezuela são renomadas bobagens. Como se mede a felicidade? Da boca para fora? Marxista que posta isto nunca leu relatos de Marx em comentário a Engels amaldiçoando a felicidade calcada na ignorância de quem se banhava no Ganges. Agora, se ao invés de "felicidade" tu substituir por "desejo realizado", tudo bem, é bem mais objetivo. Mas, me diga o seguinte, como categorizar desejos? O desejo realizado de copular com uma garota entra na mesma qualidade de um prato de feijoada? Mais? Ok, mas a realização do 1º caso pode ser menos frequente que o 2º. Então, a soma de vários casos do segundo tipo compensa o primeiro? Isto é dificílimo definir e quantificar. De modo que uma sociedade saudável, desenvolvida e estável economicamente não tem a ver com supostas ilações psicanalíticas e picaretas sobre o que vem a ser "felicidade". Quando começaram esta asneirada de FIB (Felicidade Interna Bruta), o 1º país considerado como tal foi a Nigéria que saiu de 10 anos de guerra civil e é assolada pelo terrorismo do Boko Haram hoje. E aí, alguém aí troca a fria e "depressiva" Suécia pela Nigéria? Fala sério...
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