Cf. Jardins para poucos: a luta da elite paulistana pela exclusão da cidade
O artigo se baseia em uma lógica econômica real – a da oferta e procura – e acertada, mas isto não é suficiente. Se estivermos pensando na migração de moradores devido a ampliação da oferta de imóveis para os Jardins e, por conseguinte, de outros moradores para os imóveis dos que migraram primeiro e assim sucessivamente, sim, nós teríamos uma melhoria no acesso à infraestrutura urbana. No entanto, tudo pode ser corrompido pela cultura… Se os passeios urbanos (calçadas) não forem preservados e, pelo contrário, ‘liberados’ para serem ocupados por mais imóveis que diminuam os recuos vigentes teremos este padrão minimalista de cidade comum em áreas menos nobres. Portanto, mesmo que se aponte pela flexibilização dos zoneamentos, eles ainda são necessários para facilitar a circulação e o desenvolvimento do mercado urbano porque NÃO EXISTE mercado sem estado. Analogamente, não existe cidade livre sem regulamentações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário