Admiro o Pondé, gosto muito das coisas que lei dele, mas peraí, o cara
exagerou na dose aí... Obviamente que irão continuar os professores
socialistas, obviamente que o marxismo impera e vai continuar imperando nas
academias, mas cara, não sei se é porque eu sou muito velho em relação à faixa
etária da maioria dos meus contatos, interlocutores e missivistas (eu tenho
cinquenta anos), mas assim cara, na boa, o que eu vi de cinco anos para cá,
talvez um pouco mais... De mudança de pensamento, de adesão das pessoas e não
só por causa desse movimento todo pelo impeachment de dois anos para cá, mas
assim cara, de fóruns de discussão e eu não me refiro à facebook ou antes o orkut,
eu me refiro à locais físicos mesmo. Até na UFSC, dentro do curso de economia
se encontra centros de estudos liberais com o aval da direção para funcionar
ocupando suas dependências. Temos pensadores importantes que estão na academia,
embora a academia tenha muito poucos liberais, mas estão começando a surgir e
acelerando. Há sim alguns lugares eminentemente marxistas, como a UNICAMP, mas
que são exceção. Ou um ou outro, mas tempos a PUC-RJ que forma muitos liberais,
temos faculdade do Ibmec, temos pós-gradução em Escola Austríaca, tu tem essa
garotada do EPL aí arrebentando, fazendo excelentes debates. Agora aqui, o
Instituto de Formação de Líderes – IFL – que surgiu no Fórum da Liberdade de
Porto Alegre abriu uma seção com o pessoal de Florianópolis e vão começar a
fazer o Fórum da Liberdade e Democracia aqui. Cara assim, partidos como o Novo,
o PSL e várias outras representações liberais surgindo. Cara, o pessoal está
farto desse discurso estatista e eu não me refiro aos velhos como eu, me refiro
à jovens que já estão de saco cheio. Hoje em dia, a internet permite assim...
Claro que tem muita bobeira, muita gente que só vai nas porcarias, mas assim ó,
o que surge de opções, de alternativas. Cara, claro que o pessoal da esquerda
ainda vai dar muito trabalho, eles vão começar a cair em desespero, vão tentar
forjar cenas e atos de violência porque não vai lhes restar outro recurso, mas
cara de jeito nenhum que esta imagem extremamente negativa aqui viceja. O Pondé
fala como se dependêssemos muito de artistas e intelectuais, estas prostitutas
de luxo, esse pessoal aí está caindo cada vez mais no ridículo. Tenho amigos
religiosos – e eu não entro em debate com eles sobre isto, mesmo porque sou
ateu – que sequer tinham opinião política, agora se encontram envolvidos neste
debate e com nojo de gente como Jean Willys. Agora, o que nos falta mesmo é
qualificar melhor o cenário político parlamentar, nisto eu concordo. Agora
ficar esperando que o estado brasileiro e os professores e os professores que
foram adestrados como cães de guarda dentro do receituário marxista, de repente
acordem e reconheçam que estavam errados, isso é que é ingenuidade. Na verdade,
nós temos que propor a privatização das universidades públicas para acabar com
o sustento desses canalhas proselitistas que as utilizam como trampolins para
suas carreiras e militância políticas. Temos que dizer a eles “vai trabalhar
vagabundo, tu vai ter que produzir e parar com essa de ter a boquinha garantida
e fazer politicagem barata”. Temos que ter isto em mente e, claro, conceder
financiamentos e bolsas para alunos pobres capazes, mas este artigo do Pondé
não considera o que já foi feito e como se evoluiu, me pareceu extremamente
pessimista. Ele não leva em conta tudo que já foi feito – em pouquíssimo tempo,
reitero – contra o estatismo, contra o socialismo, contra o PT. Como eu já
disse, gosto muito do que ele escreve, mas nesse caso exagerou muito na dose e
beirando o niilismo, como se nada tivesse jeito mesmo. Se ficasse explícita uma
proposição para fazer mais, tudo bem, mas da forma como ele encadeou seu
argumento não se contabiliza adequadamente todo nosso esforço a passos largos.
Para quem quiser ler o artigo na íntegra:
A história do Brasil do PT
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