terça-feira, abril 19, 2016

A nova história começou antes do impeachment


Admiro o Pondé, gosto muito das coisas que lei dele, mas peraí, o cara exagerou na dose aí... Obviamente que irão continuar os professores socialistas, obviamente que o marxismo impera e vai continuar imperando nas academias, mas cara, não sei se é porque eu sou muito velho em relação à faixa etária da maioria dos meus contatos, interlocutores e missivistas (eu tenho cinquenta anos), mas assim cara, na boa, o que eu vi de cinco anos para cá, talvez um pouco mais... De mudança de pensamento, de adesão das pessoas e não só por causa desse movimento todo pelo impeachment de dois anos para cá, mas assim cara, de fóruns de discussão e eu não me refiro à facebook ou antes o orkut, eu me refiro à locais físicos mesmo. Até na UFSC, dentro do curso de economia se encontra centros de estudos liberais com o aval da direção para funcionar ocupando suas dependências. Temos pensadores importantes que estão na academia, embora a academia tenha muito poucos liberais, mas estão começando a surgir e acelerando. Há sim alguns lugares eminentemente marxistas, como a UNICAMP, mas que são exceção. Ou um ou outro, mas tempos a PUC-RJ que forma muitos liberais, temos faculdade do Ibmec, temos pós-gradução em Escola Austríaca, tu tem essa garotada do EPL aí arrebentando, fazendo excelentes debates. Agora aqui, o Instituto de Formação de Líderes – IFL – que surgiu no Fórum da Liberdade de Porto Alegre abriu uma seção com o pessoal de Florianópolis e vão começar a fazer o Fórum da Liberdade e Democracia aqui. Cara assim, partidos como o Novo, o PSL e várias outras representações liberais surgindo. Cara, o pessoal está farto desse discurso estatista e eu não me refiro aos velhos como eu, me refiro à jovens que já estão de saco cheio. Hoje em dia, a internet permite assim... Claro que tem muita bobeira, muita gente que só vai nas porcarias, mas assim ó, o que surge de opções, de alternativas. Cara, claro que o pessoal da esquerda ainda vai dar muito trabalho, eles vão começar a cair em desespero, vão tentar forjar cenas e atos de violência porque não vai lhes restar outro recurso, mas cara de jeito nenhum que esta imagem extremamente negativa aqui viceja. O Pondé fala como se dependêssemos muito de artistas e intelectuais, estas prostitutas de luxo, esse pessoal aí está caindo cada vez mais no ridículo. Tenho amigos religiosos – e eu não entro em debate com eles sobre isto, mesmo porque sou ateu – que sequer tinham opinião política, agora se encontram envolvidos neste debate e com nojo de gente como Jean Willys. Agora, o que nos falta mesmo é qualificar melhor o cenário político parlamentar, nisto eu concordo. Agora ficar esperando que o estado brasileiro e os professores e os professores que foram adestrados como cães de guarda dentro do receituário marxista, de repente acordem e reconheçam que estavam errados, isso é que é ingenuidade. Na verdade, nós temos que propor a privatização das universidades públicas para acabar com o sustento desses canalhas proselitistas que as utilizam como trampolins para suas carreiras e militância políticas. Temos que dizer a eles “vai trabalhar vagabundo, tu vai ter que produzir e parar com essa de ter a boquinha garantida e fazer politicagem barata”. Temos que ter isto em mente e, claro, conceder financiamentos e bolsas para alunos pobres capazes, mas este artigo do Pondé não considera o que já foi feito e como se evoluiu, me pareceu extremamente pessimista. Ele não leva em conta tudo que já foi feito – em pouquíssimo tempo, reitero – contra o estatismo, contra o socialismo, contra o PT. Como eu já disse, gosto muito do que ele escreve, mas nesse caso exagerou muito na dose e beirando o niilismo, como se nada tivesse jeito mesmo. Se ficasse explícita uma proposição para fazer mais, tudo bem, mas da forma como ele encadeou seu argumento não se contabiliza adequadamente todo nosso esforço a passos largos.
Para quem quiser ler o artigo na íntegra:
A história do Brasil do PT

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Fas est et ab hoste doceri – Ovídio
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