Ontem, a Suécia foi atacada em várias cidades. Apartamentos, escolas, hospitais foram alvos, carros foram incendiados e menos de 6 terroristas (tem algum nome melhor?) foram detidos. Descrição dos indivíduos? Nenhuma. E quando é assim, podes saber que são imigrantes ou descendentes de. Não se trata de preconceito ou discriminação, essa é a política do país de miolos-moles em que se transformou a Suécia. E não é de hoje.
Lembro-me quando discutia isso questão de um, dois anos atrás e um desses cegos, um brasileiro que migrou para aquele país logo se defendeu dizendo que o Brasil é muito mais perigoso e violento. Ora! Bem sei eu disto. Maior número de homicídios do mundo, capitais brasileiras entre as cidades mais violentas do mundo etc. Mas não se trata disto, de comparar o que é melhor e o que é pior, mas de como e porque eles, cidadãos de um país de altíssimo nível passam por um processo de franca decadência em sua qualidade de vida.
Se conversar com um sueco é bem possível que encontres um dos tipos mais politicamente corretos que existem. Ao mesmo tempo que pesquisas de opinião apontam uma população feliz, ela também se descreve, humildemente, como um povo que não põe sua cultura em posição hierárquica superior. E eu acredito em sua sinceridade. Não estou sendo cínico ou irônico, acho que realmente atingiram um estado de consciência coletiva admirável, mas esse bom senso não é imune a um “bom mocismo” que trouxe fragilidade e insegurança a sua sociedade.
Quando se fala em Síndrome de Estocolmo, comportamento descrito após uma cidadã sueca ter sido sequestrada e nas negociações adotar o ponto de vista e defesa dos sequestradores pode se concluir que não é algo de hoje, não é algo que se possa descrever como um “fenômeno pós-moderno”, não! Uma coisa que precisa ficar bem clara é que ideias de hoje regam o solo de ações futuras.
Como que se pode achar que invasões à propriedade em um país como o Brasil têm aceitação de parte da população que também tem suas propriedades privadas?! Isto foi disseminado por intelectuais, professores, artistas, juristas que foram alunos daqueles professores, formadores de opinião, produções culturais, filmes, peças, músicas etc. que popularizaram e massificaram ideias de vitimização de parte da sociedade em relação às “elites”, essa névoa conceitual que basta ter mais recursos que “o outro” para ser enquadrado como tal.
E por que vocês acham que este tipo de pensamento infecto que parece expandir colônias de fungos no cérebro de imbecis é exclusividade tupiniquim? Não, não é. Por sorte histórica, talvez meramente cronológica, a mentalidade vitimista não chegou antes do ímpeto industrial e comercial dando tempo para países como a Suécia se desenvolverem. A diferença entre nós, brasileiros e eles, suecos neste quesito em que a ideologia da “justiça social” como mera transferência de renda, indenização da “dívida histórica” e cotas, cotas e mais cotas para as supostas “vítimas” é que os suecos têm seus imbecis endinheirados e os brasileiros seus imbecis pauperizados. Mas tanto em um como em outro caso, a falta de conhecimento amplo das relações sociais em diferentes sociedades e épocas fez ambos os grupos, uma bela massa de manobra.
No Brasil se acredita que os ricos do setor privado, pois do setor público não são sequer vistos como tais têm a obrigação de prover com mais recursos os pobres e etnias que carregam o estigma de “injustiçados”. Na Suécia há uma culpa presente no tecido social de que eles devem fazer algo para compensar as “injustiças históricas”, muito embora aqueles tontos não tenham tido colônias de além-mar para explorar na Idade Moderna.
O resultado está aí, enquanto nós brasileiros temos leis frouxas e um garantismo jurídico que permite visitas íntimas e auxílio-reclusão maior que o salário-mínimo, o sueco chega a pagar mais pelo auxílio aos refugiados no seu país do que tudo que é gasto com segurança pública. Enquanto suas cidades são vítimas do caos generalizado imposto por gangues dos “indizíveis”, já que a politicamente correta imprensa sueca se recusa (e deve ser obrigatório) dar nome aos bois, aqui em Pindorama, a diluição da violência é tamanha que estamos acostumados a cifras de homicídios dignas de guerras civis.
A frieza dos números ainda aponta a Suécia como muitíssimo mais segura do que o Brasil, nunca neguei isto. Números são números, mas só um cego, ignorante, imprudente e moralmente incapaz de ver o risco que seus filhos correm para fechar os olhos a tormenta que se avizinha. Só espero que inocentes não paguem com a vida ao serem atingidos por seus raios.
Anselmo Heidrich
14–08–2018
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