quinta-feira, janeiro 28, 2016

Corrupção Triplex



E alguém ainda acha que o triplex de Lula reformado pela Odebrecht foi caridade?

[28/1 00:20] Segundo “Época”, a construtora Odebrecht foi a “que mais se beneficiou com o dinheiro barato do banco estatal. Só no ano passado”, revela estudo do Senado, “a empresa recebeu US$ 848 milhões em operações de crédito para tocar empreendimentos no exterior — 42% do total financiado pelo BNDES”.
[28/1 00:20] “Época” ressalta que “a papelada e os depoimentos revelam contratos de obras suspeitas de superfaturamento bancadas pelo banco estatal brasileiro, pressões de embaixadores brasileiros para que o BNDES liberasse empréstimos — e, finalmente, uma sincronia entre as peregrinações de Lula e a formalização de liberações de empréstimos bilionários do banco estatal em favor do conglomerado baiano”.
[28/1 00:20] A revista publica um resumo do processo, com texto do Ministério Público Federal: “Tráfico de influência. Lula. BNDES. Supostas vantagens econômicas obtidas, direta ou indiretamente, da empreiteira Odebrecht pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 a 2014, com pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente os governos da República Dominicana e Cuba, este último contendo obras custeadas, direta ou indiretamente, pelo BNDES”.
[28/1 00:20] A relação de Lula com a Odebrecht, com o BNDES e com os chefes de Estado é enquadrada pelos procuradores do Ministério Público Federal “em dois artigos do Código Penal”. A revista aponta que “o primeiro, 337-C, diz que é crime ‘solicitar, exigir ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional”. A revista frisa que o nome do crime é “tráfico de influência em transação comercial internacional”.
[28/1 00:20] A revista não disponibilizou toda a reportagem na internet. O que se leu acima é uma síntese da matéria divulgada no site.
[28/1 00:20] A revista “Época” que está chegando às bancas neste fim de semana contém uma reportagem explosiva sobre o ex-presidente Lula da Silva, do PT. O texto é assinado pelos repórteres Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho. A revista, a partir dos documentos obtidos, não hesita em apontá-lo como “o lobista em chefe do Brasil”. Demorou, mas o Ministério Público Federal chegou no petista-chefe e abriu investigação sobre a sua conduta. “Ele é suspeito de ajudar a Odebrecht em contratos bilionários.”

A revista relata que “a maioria das andanças de Lula” por países como Cuba, Gana, Angola e República Dominicana “foi bancada pela construtora Odebrecht”. “Época” sublinha que, “no total, o banco financiou ao menos US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os governos de Lula e Dilma” (Rousseff). Segundo documentos conseguidos pela revista, “o BNDES fechou o financiamento de ao menos US$ 1,6 bilhão com destino final à Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes de Gana e da República Dominicana — sempre bancado pela empreiteira”.
[28/1 00:20] Envolvida na Operação Lava Jato, que apura corrupção nas relações da Petrobrás com empreiteiras, políticos, técnicos e doleiros, “a Odebrecht tem receita anual de cerca de R$ 100 bilhões”. “Época” frisa que a empreiteira “nega as acusações”.
[28/1 00:20] A revista assinala que, se moralmente, “as atividades de Lula como ex-presidente são questionáveis, à luz das leis brasileiras, há indícios de crimes”. O Ministério Público avalia que, sim, há indícios de atividade ilegal do ex-presidente. Documentos divulgados por “Época” mostram que “o núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República em Brasília abriu, há uma semana, investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil. O ex-presidente é formalmente suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da Odebrecht com representantes de governos estrangeiros onde a empresa toca obras com dinheiro do BNDES”.
[28/1 00:20] O segundo crime, sustentam os procuradores do Ministério Público Federal, tem a ver com a “suspeita de tráfico de influência junto ao BNDES. ‘Considerando que as mencionadas obras são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos” praticados “pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do artigo 332 do Código Penal (tráfico de influência)’”, aponta o documento.

E depois disto tudo ainda temos que ler/ouvir IDIOTAS ou CANALHAS dizendo isto:

"Ah...o que tem demais em receber um apto da Odebrecht? Deixa o homem trabalhar..."

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quarta-feira, janeiro 27, 2016

Bobagens sobre Educação -- 1


A visão que certos críticos têm dos professores é uma caricatura facilmente identificada. Mas, se soubessem como o rigor moral e os valores fazem falta... (Imagem: ic.pics.livejournal.com.)

Caros seguidores, quem tiver estômago e realmente conseguir segurar sua ânsia de vômito acesse este link http://tab.uol.com.br/escola-do-futuro/ para se deparar com diversas bobagens, tais como:

1.     "Esqueçam as lousas estáticas, as cadeiras enfileiradas, o professor como detentor único do conhecimento e até mesmo as provas. As salas de aula de amanhã não terão nada disso. E prometem ser muito mais interessantes do que as de hoje."

Em primeiro lugar, toda lousa é estática, não há lousa dinâmica. Dinâmico é o conteúdo e abordagem feitos pelo professor, que não deixa a lousa vazia. Vazia ficam as lousas atuais daqueles profissionais, incentivados por outros profissionais contrários e ignorantes acerca da sala de aula tradicional, que nada põem nela, mas apenas "debatem". "Debater", na verdade, tem sido um eufemismo para condução de conversas nas quais tentam conduzir às conclusões que desejam que o grupo tome.

O professor, mesmo que se discorde disto, tem um papel básico a cumprir, o de ensinar porque, a princípio ele detém mais informação em determinada área do conhecimento do que a grossa maioria de seus alunos. Evidentemente que há alunos (e não são poucos), realmente interessados e com uma disposição (isto é importante) acima da média que se esmera em aprender e investigar. Estes bem poderiam ensinar professores (assim como diversos outros adultos), se estes estivessem dispostos a aprender. Mas não é porque existem estes casos, que devem ser considerados, que os profissionais têm que se eximir de sua tarefa de ensinar. Este é o erro na premissa de que o professor não é "o único a deter o conhecimento", aliás, ninguém o é. Só que o fato de que ninguém tenha esta exclusividade não nos deveria autorizar a "jogar a toalha" pondo fim a todo o princípio do sistema de educação. Pontos fora da curva ou exceções não formam a regra.

As provas são outro mito que encontra aceitação ou rejeição sem que se compreenda seu real significado e função. O fato de que eu vá bem em determinado conjunto de provas não prova que eu seguirei aprendendo bem e utilizando este ou aquele conhecimento durante toda a minha vida. A questão é outra... Um professor precisa direcionar seu conteúdo aos alunos em função da sua capacidade comprovada de aprendizado e, não é prático, nada prático aliás, ficar perguntando ou questionando os alunos individualmente sobre cada tópico ensinado. A melhor forma ainda é a prova, mesmo que esta tenha que se discutida, melhorada ou até ter seu modelo substituído por questões mais abrangentes, específicas ou variadas de acordo com o grupo que se ensina e investiga. Uma prova não serve apenas para ranquear, aliás esta é sua função menos importante, mas sim para sinalizar se o conteúdo foi absorvido ou passado de modo consistente e funcional. Se a maioria dos alunos vai mal numa prova, isto prova que eles são incapazes ou que alguém, do outro alado da ponta do sistema é que foi incapaz de lhes passar o conteúdo de maneira minimamente satisfatória?

Acho que o mais interessante, antes de sair repetindo clichés a respeito de um assunto que não domina seria que a jornalista autora desta matéria enfrentasse salas de aula de verdade. Que praticasse a lida diária de ensinar, pois só assim ela poderia falar com mais propriedade. Até agora, tudo que li foi uma opinião de quem idealiza um mundo a partir da oposição a uma caricatura do que seja o ensino atual. Temos sim inúmeros defeitos, mas digo a vocês que a maioria deles advém justamente da não aplicação do receituário correto, aquele que serviu de fundamento ao sistema e padece, infelizmente, por professores e secretários de educação darem ouvidos aos que não conhecem a realidade. Um conselho: ouçam seus professores, mesmo que se discorde da maioria, a opinião deles geralmente é ignorada.

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quinta-feira, janeiro 21, 2016

A Típica Defesa do Intervencionista Econômico


-- O que é a atmosfera?
-- Bem, não é um conjunto visível de partículas diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo, que se encontram em suspensão após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos atmosféricos.
-- Hã... (Imagem: modernanthology.wordpress.com).

Vejam este excerto de um texto do Diniz em seu blog, Tomatadas:
"[É] interessante que, embora um princípio teórico fundamental do pensamento econômico seja a constatação de que o homem reage a incentivos, os economistas de esquerda têm o estranho cacoete de falar como se as estatais fossem instituições administradas por entes abstratos movidos só por ideologia, não por pessoas com interesses particulares como quaisquer outras. Mas a verdade é que, como empresas estatais são administradas por funcionários subordinados a políticos, seus investimentos e todos os aspectos da administração acabam sendo ditados pelos interesses desses agentes. E os interesses dos políticos, mesmo quando nada têm a ver com corrupção, nepotismo e aparelhamento, jogam contra a eficiência das empresas, e por motivo simples: político pensa sempre na próxima eleição, que demora de dois a quatro anos, no máximo, mas grandes empresas exigem sempre planejamento de longo prazo.
(...)
Uma evidência recente disso foi a política de contenção das tarifas de energia elétrica, a qual se encaixava nas ideias heterodoxas da Dilma - se é que ela realmente tem ideias... - mas também funcionou bem como política populista para angariar votos."
Conferir: Tomatadas: Desenvolvimentismo é desastroso e casa bem com cor...
http://tomatadas.blogspot.com/2016/01/desenvolvimentismo-e-desastroso-e-casa.html?spref=tw

Diniz, esses tempos eu discutia com um amigo, 'desenvolvimentista' e após muitas idas e vindas, ele acabou se revelando no que antes tinha um certo pudor, de dizer, assumir que "o estado deve ser o indutor do desenvolvimento" e eu, claro, me opus a esta tese absurda. O detalhe nesta discussão, que pude observar é que, invariavelmente, os defensores do estado como indutor e pró-intervenção econômica é que eles centram sua defesa na crítica às crises e instabilidades da economia de mercado, ou seja, numa acusação do que funciona mal no objeto de oposição e não, note bem, no que eles acreditam que funcionaria melhor em seu instrumento institucional ou modelo econômico. Fazendo uma analogia grosseira é como se tu me perguntasse agora "Anselmo, o que é o céu?" e eu, contemplativo, olhasse para cima e dissesse enigmaticamente, "bem, não é uma nuvem..." Pode, Arnaldo?!

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quarta-feira, janeiro 20, 2016

O Feminismo Seletivo ignora o Islã


A dominação, seja ela de quem for só existe porque o dominado consente e aceita como algo 'natural'. Quando uma mulher muçulmana, tapada com seu véu acha que a "liberdade de expressão é terrorismo ocidental", então a situação é muito pior do que imaginamos... Imagem: infielatento.blogspot.com.br

Baita dica do colega Xavier, sobre o tratamento dispensado às mulheres no islã:
https://conscienciavisionaria.wordpress.com/2015/08/31/como-as-mulheres-de-todas-as-idades-sao-vistas-pelo-isla/. Sabe... Nunca refleti muito sobre este negócio de feminismo. Para mim, antes mesmo de eu enveredar pelo liberalismo, a coisa toda era bastante simples: se uma mulher ou grupo de mulheres ou o sexo feminino inteiro tivesse alguma desvantagem em relação aos homens, fruto de injustiça, eu apoiava a reparação. Quando comecei a ler sobre o assunto, pouco é verdade, percebi que muitas das demandas das mulheres não se resolviam no final, na consequência, na ponta do processo obrigando empregadores (ou empregadoras) a contratar mais mulheres ou lhes pagar mais, MAS sim ao prepará-las melhor para o mercado de trabalho. Mas isto, aí é que está... Não é algo que os homens devam fazer por elas, mas elas que devem fazer por si mesmas. Ou seja, elas devem se preparar melhor para o mercado de trabalho (o que, na verdade, já estão fazendo a todo vapor), abdicar de ficar grávida (ao menos temporariamente) e, assim como os homens, lutar por uma simplificação, quando não mudança mesmo de nossa legislação trabalhista arcaica. Eu não digo isto, especialmente o 2º item de bom grado, pois adoro filhos, só que pensando como empregador é simples, eles não vão querer empregar quem pode se ausentar durante meses. Não é a toa que justamente nos países em que as mulheres são melhor tratadas e consideradas no mercado de trabalho sejam os que elas mantém as mais baixas taxas de fertilidade/fecundidade (número de filhos por mulher em idade fértil). Daí que, voltando ao assunto, uma mulher lutar por sua melhoria individual, sou de pleno acordo. O problema é quando disto se parte para uma chorumela ressentida e auto-vitimizadora. Daí é um saco e a coisa evolui para situações que pouco teria a ver com categorias coletivas tão amplas, como o sexo feminino. Para dar um exemplo claro do que digo, esses dias vi aqui no facebook, que passa muita notícia que nem sempre tem a ver com o que procuramos ou visualizamos com frequência em nossas linhas de tempo, uma notícia sobre uma cantora mexicana, bonita inclusive, mas que nem procurei ver que estilo de música tinha ou se era boa cantora. O modess, como se diz? Absorvente dela caiu, parecendo um enorme guardanapo entre as coxas durante uma apresentação. Vi em uma foto em um desses sites politicamente corretos, Huff alguma coisa. Detalhe, a mulher estava com uma sainha pouco maior do que um band-aid e, claro que se ela dança muito (imagino que fosse o caso), o troço ali não ia se sustentar muito a não se que estivesse enterrado. Enfim, tudo bem até aí, fofoca pra caramba, um monte de babacas falando mal da garota e poderia ter fim a reportagem, mas não.... Acho que a jornalista que escreveu a matéria resolveu por em prática toda baboseira que aprendeu em "introdução à sociologia" na faculdade e começou um discurso auto-vitimizador pra lá de piegas... "nós que sofremos com a discriminação machista", " se fosse homem ninguém comentava", "eles nos julgam e fazem escárnio por um situação vexatória", "essa situação reflete o patriarcado em nossa sociedade" e um monte de besteira. Quer dizer que um punhado de caras, digamos 6 ou 8, nem 10 fazem chacota da moça e o caso vira o cume do iceberg de uma luta entre sexos? Cara, isto é um exagero atroz e faz com que não se leve a sério a luta feminista por causa disto, destes casos que na falta do que falar e postar (já que o site publicou uma fofoca para falar mal depois de quem faz fofoca), cai na mesma decoreba cheia de clichês como se ainda tivéssemos um patriarcado onde as mulheres não têm nenhuma voz e liberdade.
Quanto ao artigo sobre o péssimo tratamento dispensado às mulheres no mundo islâmico[1] é bem isto mesmo, em que pese as variantes regionais ou nacionais na dominação das mulheres, o islã tem um sério problema com a ideia de prazer. E creio que tu pegaste bem o ponto, as feministas (ou pelo menos a grande maioria delas), nem sequer comenta o que ocorre nesta cultura atroz. A razão, como podemos imaginar, é a fusão do feminismo com o movimento geral das esquerdas e aí, qualquer cultura não ocidental e que prime pelo desenvolvimento capitalista e democrático passa a ser uma “vítima do capitalismo, imperialismo e globalização”. Este coletivismo metodológico, de entender o islã inteiro como uma cultura com homogeneidade e posição política coesa anticapitalista é a típica forçada de barra da nossa esquerda ocidental atual. E quando se critica este absurdo há uma condenação automática de nossa postura ao nos tachar de “etnocêntrico”, “preconceituoso” ou “racista”. É a eterna busca de um meio de cercear o pensamento alheio, agora com uma espécie de código de ética para não se criticar a cultura muçulmana ou o islã.

Não é só contra o feminismo atual que devemos bradar contra, mas sim atacar qualquer forma de coletivismo. Não podemos admitir um relativismo ao ponto de se criticar atitudes machistas no mundo ocidental, mas permitir na cultura islâmica “por ser sua marca própria, outra cultura” etc.
Quando esta "autodeterminação" se torna uma opressão à liberdade de indivíduos, não existe respeito, mas desprezo, nojo de minha parte. Acho que é muito fácil reclamar uma autodeterminação dos povos em detrimento do livre-arbítrio ou como se este fosse menos importante, especialmente quando não se é uma mulher com o destino traçado e definido por outra pessoa. Se é que se pode chamar isto de 'pessoa'.

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[1] “Como as mulheres (de todas as idades) são vistas pelo Islã?” Disponível em: https://conscienciavisionaria.wordpress.com/2015/08/31/como-as-mulheres-de-todas-as-idades-sao-vistas-pelo-isla/. Acesso em 20 jan. 16.

terça-feira, janeiro 19, 2016

Passe Livre para o Terrorismo


Kim Kataguiri, Folha de SP

Passe Livre para o Terrorismo

Aqueles que andam de camisa negra, máscara no rosto e pedra na mão e chamam os outros de fascista estão de volta às ruas. Enquanto berram pelo mito do transporte público, gratuito e de qualidade e pedem menos violência, militantes queimam ônibus e jogam coquetéis molotov na polícia. No protesto do Movimento Passe Livre (MPL) da última quinta-feira (14), uma bomba caseira foi lançada dentro da estação Consolação do metrô, deixando um funcionário ferido. No dia seguinte, nenhum espanto. Havia sido apenas mais um "protesto" do MPL.

No ano passado, uma bomba caseira foi jogada numa estação de metrô em Istambul, na Turquia. A população turca ficou chocada com o atentado terrorista, que deixou cinco pessoas feridas. "Terroristas". Esse é o nome dado àqueles que explodiram bomba caseira em uma estação de metrô em Istambul. "Manifestantes". Esse é o nome dado àqueles que explodiram uma bomba caseira em uma estação de metrô no Brasil.

Não há espaço para eufemismo quando tratamos desse tipo de criminoso. Parece que os protestos do MPL têm uma espécie de licença moral e poética para o crime. Vândalos que destroem lojas e agridem policiais são chamados ainda de "ativistas". Queimar ônibus é considerado maneira de protestar. E o terrorismo - evidente para todos aqueles que não se deixam cegar por lentes ideológicas - é absolutamente ignorado.

A Constituição brasileira repudia o terror em dois artigos, no 4º e no 5º, mas este é um dos poucos países do mundo que não dispõem de uma lei para punir atos terroristas. A que tramita no Congresso é duramente combatida pelas esquerdas. Dá para entender por quê. Querem continuar a jogar coquetel molotov em estação do metrô "em nome de um outro mundo possível".

Houve avanço no tratamento dispensado a esses criminosos, chamados por outros praticantes do eufemismo ideológico de "adeptos da tática black bloc". A Polícia anunciou que pretende indiciá-los como membros de organização criminosa (Lei nº 12.850). Não basta! Eles não se organizam simplesmente para cometer crimes. Espalham o medo generalizado. Quem já acompanhou uma manifestação do MPL sabe bem quão caótico é o cenário deixado pelos black blocs. Os criminosos têm consciência de que explodir bombas em estações de metrô não fará a tarifa de ônibus desaparecer magicamente. Mas apostam de forma deliberada no terror.

Apesar disso, a explosão na estação de metrô nem ao menos virou notícia. Tivesse virado, não teria sido amplamente repudiada. O mais provável é que fosse tratada como mais um caso de vândalos "infiltrados" num protesto do MPL. Infiltrados esses que, curiosamente, aparecem única e exclusivamente nos... atos do MPL!

Antes que venham choramingar e dizer que sou autoritário, que quero impedir manifestações democráticas, peço que façam um pequeno exercício. Imaginem uma manifestação com centenas de milhares de pessoas, pouco importa a reivindicação. De repente, essas pessoas começariam a jogar coquetéis molotov e a explodir estações de metrô. Seria um caos, uma catástrofe, uma barbárie, certo? Pois é. Independentemente da quantidade de pessoas que o MPL leva às ruas ou a ideologia que defende, não podemos ignorar os crimes e atos de terrorismo cometidos em seus protestos.

A próxima "manifestação" do MPL já está marcada. Acontece nesta terça (19). E isso significa que, mais uma vez, seremos vítimas do eufemismo ideológico. Mais uma vez, "infiltrados" acabarão com uma "manifestação pacífica". Mais uma vez, os camisas negras da catraca terão passe livre para cometer seus atos de vandalismo e terrorismo.

Passarão?

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domingo, janeiro 17, 2016

Tristes Subtrópicos


Poluição de praia afasta turista de Florianópolis
ALINE TORRES - ESPECIAL PARA O ESTADO - O ESTADO DE S.PAULO
16 Janeiro 2016 | 17h 53
Em Canasvieiras, visitantes usam máscaras para amenizar o mau cheiro do esgoto; surto de virose tem 50 registros por dia
[http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,poluicao-de-praia-afasta-turista-de-florianopolis,10000007278]



Isto me faz lembrar um antigo desenho, cujo personagem dizia "eu não te disse, eu não te disse"... Meses atrás eu falava das péssimas condições de salubridade do município de Florianópolis à parentes gaúchos, particularmente porto-alegrenses que riam de mim, pois para eles isto aqui é o "paraíso" e não podia haver lugar melhor para se morar, trabalhar, enfim viver. Eu cheguei a argumentar que dos 17 anos que vivi em S. Paulo (capital), nunca fiquei tão doente quanto aqui. Claro que isto é algo que se diz no calor do debate, pois temos que considerar outras variáveis na questão, como quando eu vivi lá, era mais jovem e, portanto, mais resistente e, antigamente, eu também não tinha filhos (que contraem toneladas de vírus nas escolas). Quando eu escrevi minha dissertação de mestrado -- A Função Social daPropriedade na Ilha de Santa Catarina --, eu estava apenas repetindo uma tese já consensual de que quando não se tem a garantia da propriedade privada, o descaso ambiental é muito maior. Não que ela por si só seja uma garantia, como se pode ver na barragem da Samarco, que desabou em Minas Gerais, mas há uma tendência a não se arcar com custos quando o prejuízo pode ser socializado pela sociedade. E é isto mesmo que se vê quando os esgotos a céu aberto devido à ligações clandestinas ou rede pluvial ligada à rede de esgotos que associada à maior pluviosidade traz cheias e mau cheiro. Apavorados com o índice de casos de viroses diários? Imagine agora uma população que bebe água com suspeitas de contaminação durante o ano todo....

http://tj-sc.jusbrasil.com.br/noticias/2502404/casan-condenada-por-pessima-qualidade-de-agua-no-municipio-de-rio-do-oeste


Há mais por aqui: 
https://www.google.com.br/search?q=Sanmarco&rlz=1C1CAFA_enBR610BR610&oq=Sanmarco&aqs=chrome..69i57&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8#q=casan+p%C3%A9ssima+qualidade+da+%C3PlanetaÁgua​

Bem, de tudo sobra algo, a marquinha da máscara no rosto pode combinar com a do maiô...


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Algumas agressões são toleráveis?


Hoje são afastados das piscinas públicas, amanhã do país. A falta de critério que assolou a administração pública alemã deixou um vácuo para a xenofobia, o nacionalismo e coisa pior que pode vir... Mas muito me espanta o silêncio da esquerda europeia (daqui nem se fala) contra esta típica violência machista. Por quê? O machismo muçulmano é mais tolerável que o simples machismo? A agressão sexual tem atenuantes étnicos?

Silêncio no universo... A esquerda fingiu não ter sido citada.

Cf. http://www.haaretz.com/world-news/1.697676?utm_campaign=Echobox&utm_medium=Social&utm_source=Facebook


Só na virada do ano foram 100 relatos de agressões, assédios e até estupros em Colônia (ALE), e até onde li, 500 denúncias no país. Onde isto vai parar?

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QUANDO OS PROFESSORES QUEREM FALAR DE SEXO


O absurdo disto, quando debatemos com petistas ou esquerdistas em geral (embora nem todos concordem com este descalabro) é a superestimação do espaço escolar. EM PRIMEIRO LUGAR, ninguém deve discriminar, sobretudo no espaço escolar, qualquer forma de sexualidade (desde que não haja coação de uma determinada forma de sexualidade), MAS a escola não deve orientar a sexualidade que deve se desenvolver de forma AUTÔNOMA. É um absurdo que devamos interferir nisto, para o bem ou para o mal, não importa. Esta e outras interferências ou "novidades" criadas pelo MEC é que provam como o ministério está perdido, sem direção, sem rumo e sem metas para realmente avançar na qualidade de ensino e estabilidade da educação. Tanta coisa pra se discutir... Por que não se discute a indisciplina que é hoje, O PRINCIPAL problema afetando a vida escolar de sul a a norte, de leste a oeste? Por que não se discute o acesso, a manutenção de infraestrutura como laboratórios, quadras etc? Por que não se discute currículos técnicos-profissionalizantes no ensino médio? Por que não se discute o gravíssimo índice de analfabetismo funcional? De evasão escolar etc? Ou de como combater a violência de modo geral? O consumo e dependência química? Cara... O MEC tem se mostrado, simplesmente, INÚTIL e pior do que isto, um grande problema ele mesmo. Estaríamos melhor sem este ENTULHO BUROCRÁTICO.

Cf. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10519


VAMOS LÁ PESSOAL, EU PRECISO DA AJUDA DE VOCÊS. ENTREM NESTA PÁGINA E SE MANIFESTEM. NA PÁGINA DO MEC MESMO, LÁ TEM UM ESPAÇO PARA COMENTÁRIOS. VAMOS INUNDAR O SITE DELES COM NOSSA OPINIÃO. TEMOS FORÇA. E MUITA.

Desde que não haja termos de baixo calão (porque daí perdemos a razão). Lembre-se que quem formula isto não é um bandido, meliante, psicopata ou algo do gênero, mas gente até bem intencionada. O problema é que eles simplesmente não conseguem ver a extensão de seus erros, as consequências desastrosas do que estão criando. Portanto, o foco deve ser na ideia, na mensagem (errada) que trazem e não no mensageiro.

Vamos lutar contra a erotização precoce nas escolas!
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sábado, janeiro 16, 2016

Quando um ancap fala sobre federalismo


O problema deste artigo, cujo tema é importante e me é caro, o Federalismo são as conclusões e premissas simplistas. P.ex., “todo país menor é melhor a princípio, pois é mais fácil que seus cidadãos controlem seus governos”... Ahã, como o Butão? Como Uganda? Como a Nicarágua? "Ah! Mas os microestados ou cidades-estado são sim..." Bem, se te referes a um fenômeno exclusivamente europeu até pode ser, mas qual o peso da União Europeia aí, ao menos nas condições de segurança nacional desses territórios? Pois sem isto, provavelmente tais países nunca existiriam. Ou seja, no amontoado de "ses" que o artigo utiliza, nas quais as condições seriam melhores se, se e se, o que mais salta aos olhos é a simples ignorância da realidade. Outro ponto é o forte maniqueísmo que há ao considerar qualquer revolta ou revolução contra o estado como sendo uma revolta ou revolução contra o estado, fundamentalmente. Movimentos messiânicos como o do Contestado tiveram força local por que eram contra a união nacional ou por que partilhavam uma ideia religiosa contra algo que não expressasse esta cosmovisão? Há uma mistificação neste e outros pontos, como o fato de que a luta contra uma unidade política maior - o estado brasileiro - significasse uma luta pela liberdade. A constituição proposta pelos revolucionários farroupilhas, p.ex., mantinha a "liberdade de manter escravos". É o mesmo argumento que defender os confederados americanos na guerra de secessão americana contra o “norte yankee opressor”, sem se dar conta que o que menos contava para os sulistas era a liberdade individual para todos os indivíduos porque nem todos eram considerados como tais. E embora eu ainda não tenha lido o artigo referenciado de Gary North, cabe perguntar a quantas anda a tributação britânica nos dias atuais, já que o artigo de Fernando Chioccha diz que:
 "a Revolução Americana que separou os Estados Unidos da Grã Bretanha prejudicou em muito a liberdade, pois quando os EUA eram parte do império, recaia sobre os colonos um imposto de apenas 1% e eles gozavam de um dos ambientes de maior liberdade do mundo.  Porém, já no eclodir da Revolução, os revolucionários inflacionaram a moeda, impuseram um controle de preços e, após a Revolução, a carga tributária havia triplicado — e nunca mais parou de subir."

Ora, então todos os colonos foram manipulados por se revoltarem contra a tentativa de elevação dos tributos imposta pelo império britânico e se eles permanecessem como súditos, ainda hoje estariam pagando apenas 1%? Sério que Chiocca acreditaria nisto? 

Bem, eu recomendo o texto, mais para saber como funciona o cacoete intelectual de um anarco-capitalista do que sobre o federalismo propriamente dito:

Independência de Brasília ou morte http://rothbardbrasil.com/independencia-de-brasilia-ou-morte/



E não podemos esquecer um dos melhores exemplos do século XX sobre como a secessão não é sinônimo por si só de um desenvolvimento político, econômico ou cultural.
Imagem: http://espanol.mapsofworld.com/continentes/africa/somalia/
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E o velho malthusianismo volta à tona quando não se imagina algo melhor...


A nova treta que se avizinha com o aval da ONU: os DIREITOS SEXUAIS REPRODUTIVOS...   https://shar.es/16NQvE

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Taxis VS. Uber -- 1


Um Projeto de Lei em Porto Alegre proíbe bermudas e itens informais no vestuário do taxista, além de definir que o passageiro seja quem decide pela temperatura do ar condicionado e tipo de música dentro do veículo. Segundo a prefeitura, a entrada do serviço de passageiros concorrente, o chamado Uber forçou esta decisão, com o intuito de "melhorar a imagem do taxista". O processo foi chamado, inclusive, de "uberização".

Cá entre nós, o que podemos concluir disto? Que nossas autoridades, especialmente as do município de Porto Alegre são umas bestas mesmo e que nunca entenderam o princípio que rege um serviço como o Uber. Não se trata da forma apresentada, pois esta forma é uma mera consequência da adoção de uma imagem e postura visando ganhar a concorrência. Quem adotou o serviço optou, de livre e espontânea vontade por um produto que também foi escolhido pelo seu fornecedor, de livre e espontânea vontade. Esta conjunção de esforços, esta interação é que leva ao sucesso do produto e não uma norma baixada autoritariamente tentando melhorar um serviço, que não conta com o apoio de seus fornecedores (como sugere a matéria abaixo). Se faça isto visando ganhar a concorrência contra o Uber ou impedi-lo de se firmar no mercado, que tudo que conseguirão é a melhoria da oferta de serviços pelo Uber procurando se diferenciar e melhorar cada vez mais. Além de criar conflitos desnecessários entre taxistas e usuários, o decreto levará, isto sim, a uma melhoria do serviço concorrente que só fará abocanhar cada vez mais o escasso filão de mercado dos taxistas.

Caros legisladores, estudem e aprendam que o que traz sucesso aos empreendimentos não é a lei (que deveria existir para coibir o roubo), mas sim a lógica de funcionamento de um serviço. Tem que se gostar do que faz, tem que se ter habilidade para o que se faz e tem que haver demanda para o que se faz. Do jeito que estão (e ficarão piores), os taxistas não gostarão de trabalhar do jeito proposto, não desenvolverão habilidades para tratar melhor o cliente, mas só tentarão evitar o confronto e, por fim, dificilmente haverá demanda por um serviço criado de modo forçado para o que já existe, mas feito de bom grado, com vontade e veracidade. Legisladores aprendam a diferenciar forma de conteúdo.

Cf. http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/pelas-ruas/noticia/2016/01/novo-projeto-de-lei-proibe-a-bermuda-e-uberiza-taxistas-em-porto-alegre-4945421.html
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