quinta-feira, janeiro 21, 2016

A Típica Defesa do Intervencionista Econômico


-- O que é a atmosfera?
-- Bem, não é um conjunto visível de partículas diminutas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo, que se encontram em suspensão após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos atmosféricos.
-- Hã... (Imagem: modernanthology.wordpress.com).

Vejam este excerto de um texto do Diniz em seu blog, Tomatadas:
"[É] interessante que, embora um princípio teórico fundamental do pensamento econômico seja a constatação de que o homem reage a incentivos, os economistas de esquerda têm o estranho cacoete de falar como se as estatais fossem instituições administradas por entes abstratos movidos só por ideologia, não por pessoas com interesses particulares como quaisquer outras. Mas a verdade é que, como empresas estatais são administradas por funcionários subordinados a políticos, seus investimentos e todos os aspectos da administração acabam sendo ditados pelos interesses desses agentes. E os interesses dos políticos, mesmo quando nada têm a ver com corrupção, nepotismo e aparelhamento, jogam contra a eficiência das empresas, e por motivo simples: político pensa sempre na próxima eleição, que demora de dois a quatro anos, no máximo, mas grandes empresas exigem sempre planejamento de longo prazo.
(...)
Uma evidência recente disso foi a política de contenção das tarifas de energia elétrica, a qual se encaixava nas ideias heterodoxas da Dilma - se é que ela realmente tem ideias... - mas também funcionou bem como política populista para angariar votos."
Conferir: Tomatadas: Desenvolvimentismo é desastroso e casa bem com cor...
http://tomatadas.blogspot.com/2016/01/desenvolvimentismo-e-desastroso-e-casa.html?spref=tw

Diniz, esses tempos eu discutia com um amigo, 'desenvolvimentista' e após muitas idas e vindas, ele acabou se revelando no que antes tinha um certo pudor, de dizer, assumir que "o estado deve ser o indutor do desenvolvimento" e eu, claro, me opus a esta tese absurda. O detalhe nesta discussão, que pude observar é que, invariavelmente, os defensores do estado como indutor e pró-intervenção econômica é que eles centram sua defesa na crítica às crises e instabilidades da economia de mercado, ou seja, numa acusação do que funciona mal no objeto de oposição e não, note bem, no que eles acreditam que funcionaria melhor em seu instrumento institucional ou modelo econômico. Fazendo uma analogia grosseira é como se tu me perguntasse agora "Anselmo, o que é o céu?" e eu, contemplativo, olhasse para cima e dissesse enigmaticamente, "bem, não é uma nuvem..." Pode, Arnaldo?!

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