Then
again, campaign rhetoric doesn't always match action taken once in power,
especially when it comes to policies rooted in geopolitical realities.
Uma coisa é palanque, outra é ação.
Este texto
da Stratfor, sobre a estratégia de contenção americana mostra
como esta política externa com relação à Rússia foi pouco alterada desde o
Pós-Guerra, mas apenas se manteve em stand
by quando a Rússia enfraqueceu com o fim da URSS, mas que tão logo ela se
refez, os EUA avançaram pelo leste da Europa com novas alianças da Otan.
E, ao contrário do que a mídia conservadora
repetiu incessantemente sobre Obama, seu governo não foi 'covarde', 'omisso' ou
algo do tipo. A Rússia cresceu enquanto os EUA se concentravam (e gastavam) no
Iraque e no Afeganistão. Obama tinha que fazer frente a um poder russo
ascendente e como fazer isto senão procurar alguma parceria com Moscou
(desativação de arsenal atômico) e reduzir a presença americana no Oriente
Médio (Iraque e Afeganistão)?
Mas ali não tem 'mocinho', são só traíras... Os
EUA foram longe demais (em minha opinião) ao apoiar protestos anti-Kremlin no
quintal russo: a Ucrânia. Foram responsáveis indiretos pela deposição do
presidente ucraniano pró-Rússia Viktor Yanukovich. Aos olhos de Washington, a Rússia
cresceu demais e a partir dali, a oposição de Moscou foi sistemática. Resultado
da história, EUA tendo que se concentrar demais nesta disputa e perdendo
espaço, gastando mais e diminuindo sua influência. Por que Trump? Porque,
aparentemente, implica em uma mudança estratégica nisto tudo. E nisto, eu torço
pelo seu sucesso, mas nada é tão simples assim...
Embora Trump ataque a Otan há aliados importantes
na Europa e a divisão pela qual passa o continente, da qual o Brexit - saída do
Reino Unido da União Europeia - é só um sintoma vai requerer uma estratégia de
defesa, principalmente para os países fronteiriços mais a leste. Não é só a
Rússia, há toda uma crise humanitária decorrente da Guerra da Síria e a
política sobre o Oriente Médio é parte disto. Como coadunar esta defesa
regional (europeia), a influência americana no O.Médio e uma aproximação com a
Rússia é que mostrará se Trump veio ao que diz. Torço para que sim, mas isto
não significa tietagem ideológica, como se vê por aí e sim ceticismo com
reconhecimento das chances que podem surgir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário