FOTOS DE BEBIDAS me passam a sensação de
hospitalidade, como se eu quisesse estar com amigos em minha varanda bebendo e
rindo. É como gosto de expressar meus desejos, embora alguém possa achar que não
passa de um teatro, como se eu criasse uma projeção de alguém ou algum momento
que eu quisesse passar. Pode ser, mas posso dizer que é terapêutico mesmo... De
ontem para hoje, alem do sertanojo e funk-punk ao fundo, ruas acima (antigamente
era pior, ao lado de casa), meu vizinho antipático, um comerciante de S.José adora
tocar violão e, como se não bastasse o faz com uma caixinha de som para se
achar mais ‘profissa’. São músicas de acampamento, Legião, Cazuza e alguma coisa
que força minha azia. Daí, conforme ingressa o álcool naquele organismo sujo, o
sujeito se empolga na voz com notas e mais notas e mais notas fora de tom. Pelo
menos o volume se mantém igual... Mas, em minha outra divisa, cuja residência é
alugada por um simpático casal de engenheiros florestais, um deles trabalha no
IBAMA e se meteu a tocar um tipo de percussão pobre de alguma tribo aborígine.
Deve ter levado a sério os princípios ideológicos da turma, pois em plena noite
de ano novo executou um recital tonitruante com seu bumbo acompanhado de uma
flauta com duas ou três notas. Desnecessário dizer que aquela cacofonia acordou
meu filho, mas antes disso com muita bebida ficava divertido ouvir aquela mixórdia
de sons e gente se iludindo. Se eu tivesse saco gravava tudo e mandava pro Marcio
Guerra Canto[1]
fazer um de seus divertidos vídeos debochados no quadro Desafinação Bizarra. De qualquer forma, a turma aqui já acordou faz
horas e brincamos de “luta de cavalinho” na piscina. Se os vizinhos foram
alertados em seus leitos com nossos gritos de guerra não foi nossa intenção,
mas uma “reação comunitária”, digamos assim. Antigamente chamávamos de
desrespeito, mas isto está tão embrenhado em nossa cultura brasileira que
prefiro caracterizar como condicionamento mesmo. Como dizia minha avó VAI
RACHANDO! FELIZ 2017!
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