Nesta matéria, a Carta Capital faz o mais do mesmo, confunde tudo para eleger um culpado único. Da aprovação do novo Código Florestal brasileiro a ação da FAO e seu comprometimento de acabar com a fome na África, até a crítica aos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), tudo parece ser um conjunto de conseqüências que deriva da falta de vontade política.
Editor chefe da Carta Capital, Mino Carta não faz o verdadeiro jornalismo, apenas manifestos ideológicos. |
Quanto à África é o mesmo clichê de sempre, a falta de vontade dos políticos. Políticos são reflexos de sua sociedade e, no caso africano, o tribalismo ainda tem que ser levado em conta para explicá-la em muitos casos. Os grandes senhores da guerra podem comprar armas traficadas a partir de países ricos, mas esta disponibilidade também existe para outros continentes. Por que então é mais forte no caso africano? No continente africano, o exército é a instituição mais forte que a democracia ou o próprio estado. Daí querer achar que sementes disponíveis vão mudar todo esse quadro é ingênuo.
Falando em sementes, uma coisa que não entendo é como podem acreditar que se aplaca a fome de centenas de milhões de pessoas com baixa produtividade? E não há hoje como atingir esta meta sem considerar os OGMs na equação.
A Carta Capital parece ter perdido alguns padrinhos políticos, mas não cresceu desde então. Continua com a mesma chorumela inquisitória ao grande capital e ao desenvolvimento dos países ricos. Isto não é jornalismo, apenas manifesto ideológico datado.
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