domingo, agosto 07, 2011

China para todos

Em Don't Panic About China - Magazine - The Atlantic, Robert D. Kaplan nos acalma sobre o cenário geopolítico futuro a partir da China. Não se trata de um país com interesses frontais contrários ao Ocidente, mas é claro que aos trancos e barrancos, a construção de sua frota naval tem um objetivo. Pode se vislumbrar um Oceano Pacífico e, em maior medida, o Índico sob influência chinesa ou, o  que também não pode ser descartado, patrulhas de vários países com interesses comuns garantindo a segurança da marinha mercante nesses mares, o que é bem mais provável que aconteça. 
O que também precisa ser lembrado é que a China, como grande país que é, dotado de grande diversidade interna não está imune à processos insurrecionais nem às demandas por maior abertura política que, aliás, já ocorreram. O problema, que serve como teste para se ver a capacidade de resistência do governo em Pequim é se esses movimentos adotam ou não colorações étnicas, separatistas etc., o que pode ser um grande problema para o país conforme ocorra uma extensão disso. 
Os investimentos constantemente feitos em outros continentes que aqui na América do Sul também têm ocorrido,[1] se concentram no continente africano. Por isso, dentre outros fatores, o Oceano Índico se tornará um oceano de crescente ingerência chinesa. A guerra naval e, mais do que ela, a concorrência pela hegemonia dos mares está apenas recomeçando. E com isto, a posição estratégica nas margens continentais -- a chamada rimland de Spykman.
Na verdade, a China investe nos EUA e agora, com investimentos diretos, produtivos, na América do Sul e na África. O que todos querem dela? China para todos.

...

Nenhum comentário:

Postar um comentário