O debate acerca de qualquer questão ambiental, quando chegado ao grande público conta com defensores fanáticos, que normalmente são indivíduos bem intencionados. Mas, como sabemos a boa intenção não é suficiente.
Preservar os ecossistemas, sobretudo os ditos ‘ameaçados’ como os encontrados na Amazônia é, sem sombra de dúvida, uma atitude louvável, mas ao ponto de eliminar qualquer alternativa energética ao país, como feito insensatamente por aqueles que contestam a construção de novas usinas hidroelétricas é um absurdo. Refiro-me, entre outros, ao caso atual da construção de Belo Monte, no estado do Pará, recentemente comentado aqui. Vejamos, nós não podemos nos dar ao luxo, com uma população estimada em mais de 200 milhões de retroceder a um estágio pré-industrial ao gosto daqueles que não aceitam nenhuma forma de impacto ambiental. Claro que, sempre que possível, o ideal é minimizar impactos. Se for possível substituir o carvão, mais poluidor, por petróleo e este por gás e todos estes combustíveis fósseis pela hidroeletricidade, tanto melhor. Mas, ainda não temos como substituir as usinas hidroelétricas, cujo maior impacto está no desmatamento e alagamento de áreas para sua instalação, por fontes eólicas e solares. Ainda não... Por isso o razoável é ter em mente que o ideal é inimigo do bom, pois podemos avançar e minimizar gradativamente os impactos, mas ainda não podemos prescindir de todo deles. Defender isto, que é indefensável, implica que amarguemos na baixa produção, nos custos elevados em termos ambientais ao retornarmos a estágios em que o desmatamento era proporcionalmente maior como quando da maior parte da população empregada no setor primário da economia (agropecuária e extrativismo). Ou assumimos o modelo industrial e urbano com menor impacto, mas algum impacto ou simplesmente enganamos a nós mesmos dizendo que o ideal tem que ser atingido a todo e qualquer custo, o que é impraticável.
Eu sinceramente acredito que progredimos neste item. Estamos evoluindo positivamente e poluindo proporcionalmente menos. Além do mais, impactos de pequena extensão e descentralizados permitem adaptações naturais em que os elementos naturais testam sua capacidade de resiliência ou, até mesmo o desenvolvimento de um novo equilíbrio sistêmico, i.e., a homeostase.
Neste contexto é que recomendo a entrevista de Bjørn Lomborg, um pesquisador que podemos considerar como o algoz dos ambientalistas catastrofistas que não lançam mão de dados e séries estatísticas confiáveis para avaliar o que realmente ocorre em termos de evolução social e ambiental:
Lomborg critica 'exageros' sobre o meio ambiente |
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Rodrigo Amaral Fonte: Lomborg critica 'exageros' sobre o meio ambiente | BBC Brasil | BBC World Service |
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