domingo, dezembro 30, 2012

Universidades brasileiras

Claro que há quem entra de modo legítimo na cátedra, mas se na minha desatenção costumeira sobre estas questões e pouca experiência já vi o que contar, imagino que haja muito mais de onde estas vieram. Quando entrei na faculdade, em 1984, a chefe de departamento não tinha nenhum título de pós-graduação, MAS era casada com o ex-chefe de departamento que, se não me engano, também fora seu professor. Depois, na pós em S. Paulo, não foram poucas as vezes em que vi pupilos de certos mestres começarem com algumas substituições em sala de aula e depois, como que por encanto, participarem de concursos feitos a forma e semelhança de suas dissertações ou teses. Tudo muito natural. Até, até que pegam um casca grossa pelo caminho, que não tem mania de se curvar. Este foi o caso de um colega pernambucano que fizera um concurso para Presidente Prudente e, não obtendo resposta do mesmo, recebera uma ligação, da mulher de um dos professores do referido departamento explicando-lhe que se desistisse do concurso, ela que estava em segundo seria chamada, mas ele não, de jeito nenhum. Óbvio que ele não desistiu e, como perdi o contato, não sei se acabou sendo chamado. Recentemente na recém criada UFFS, um professor de filosofia que passara em concurso nas provas objetiva, de títulos foi reprovado na didática. O detalhe é que ele era um professor experiente no RS e quem tomou sua vaga foi um outro candidato, sem a mesmo nível de experiência e titulação. O candidato que se sentiu lesado iniciou um processo contra a organização do concurso. Isto, sem falar, daqueles que são descartados, têm suas bolsas de estudo não prorrogadas ou cortadas quando enveredam por outros caminhos que não sejam do agrado de seus antigos orientadores. Muitos bem sucedidos "pesquisadores" são legítimos puxa-sacos e se especializam em não tomarem iniciativa em projetos, se organizarem em seitas intelectuais segundo correntes ideológicas que chamam de "ciência" ou ainda obterem informações para monitoramento da oposição e tendências divergentes que possam enfraquecer o núcleo de poder departamental. Um dos principais instrumentos para isto é a concessão de bolsas.

Leia sobre isto em: Janer Cristaldo

sábado, dezembro 29, 2012

A educação do futuro já está disponível


Fantástico, digo eu! E, antes de ler sua conclusão, eu já previ, os professores não deixarão de existir, apenas mudarão de nível, i.e., ensinando como operar as máquinas ou como criar outros programas. O resto, pela própria brincadeira, que não deixa de ser uma auto-educação virá sozinho. Excelente:
Sugata Mitra: "Um professor pode ser substituído por uma máquina" - ÉPOCA | Ciência e tecnologia

Norman

‎"There's still things worth fight for and there's still things worth dying for and one of those things is freedom." ~General Norman Schwarzkopf


sexta-feira, dezembro 28, 2012

Só a natureza, esqueça a cidade

Eh eh, excelente. O caso é o mesmíssimo acerca de Florianópolis, cujos bairros mais afastados são simplesmente ignorados do turismo e marketing. Agora, o que eu me surpreendo é o seguinte, com tudo isto que temos, geograficamente falando, por que é tão difícil civilizar-se, compreendendo este verbo como relacionado à cidade mesmo? Não é culpa ou responsabilidade exclusiva de governos, não. Nosso mercado, e isto inclui cidadãos, consumidores etc. simplesmente não liga. Tome a Lagoa da Conceição em Florianópolis como exemplo: linda, mas cada vez mais não passa de um esgoto a céu aberto. Ou seja, deliberadamente optamos por um sentido, a visão, em detrimento explícito de outro, o olfato. Neste sentido, somos felizes enquanto brasileiros porque limitados sensorialmente. 

Belo blog!

Pedra do Leme: Elizabeth Bishop - Rio de Janeiro, bonito só por natureza

O dono do "i"

Eu abomino o nacionalismo-protecionista, mas na proporção inversa, eu defendo a justiça e o que se vê é que o nome pertence mesmo à marca Gradiente e ponto final. Agora, o que disse um colega aí abaixo, acertadamente, é que o INPI é que nos envergonha. Antes fosse só isto também, pois ele atrasa a vida dos brasileiros. Nos EUA, produtos são lançados antes de sua licença ser, definitivamente, concedida, "patente requerida" vem nas inscrições que lhe são grafadas. Agora, se a Apple se acha digna de processar a Samsung por plágio, ao que esta lhe responde que a Apple "não inventou o retângulo", o mesmo tipo de resposta pode ser dada pela Gradiente dizendo que a Apple não inventou a letra "i", exceto se for a Gradiente quem irá requerer a posse da vogal...
Gradiente afirma que lançou o 1º iPhone do mundo e explica | Tecnologia - Correio do Estado

Comparado ao que, mesmo?

"A escalada dos casos de mortos em confronto é acompanhada da onda de violência que se intensificou em outubro e provocou a queda do secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto, em 21 de novembro - e sua substituição por Fernando Grella Vieira. 'Acho que se demonstra claramente a existência de uma política institucionalizada para matar. É impossível que se tenha tantas pessoas dispostas a morrer em confrontos com a PM. É preciso checar no que deu a investigação a respeito dessas mortes', diz o presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Ivan Seixas."
O número é alto em relação ao quê? Outras sociedades? O número em si não diz muito se não soubermos em qual universo ele se insere. Proporcionalmente falando pode ser baixo, a matéria precisava disponibilizar mais dados para que possamos julgar.

O Presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Ivan Seixas diz acreditar que não haja "tantas pessoas dispostas a morrer em confrontos com a PM", eu acho que o raciocínio é outro: será que há tantas pessoas dispostas a resistir confiantes na sua impunidade perante o sistema judicial? Esta é a questão e, uma vez enfrentada, o crime provavelmente diminuiria.

terça-feira, dezembro 25, 2012

Geopolítica da Grécia -- 1


Saca só... Se um país como a Grécia é um estorvo para qualquer parceiro ou conjunto de parceiros devido a sua organização interna (aqui penso na U.E.), qual ou quais seriam as razões para uma Angela Merkel (ALE) mantê-la ou desejar isto na união e não a expurgá-la de uma vez? Porque ela é uma importante 'porta' de entrada ao continente que deve ser vigiada. Deixá-la à deriva, sem apoio significaria expô-la aos perigos de uma migração massiva ou até coisa pior, infiltração, ataque, secessão e anexação. Veja aqui a situação e sua intermediação para o ocidente (cristão) e o oriente médio, particularmente Turquia, outro país fundamental para o equilíbrio regional:



Greece's Geographic Challenge | Stratfor

Se as razões não são eminentemente econômicas podem ser de outra espécie, como geopolíticas. Quando tu não encontrar a resposta para algumas perguntas refaça tua pergunta. Pense no cavalo branco na cena do crime...

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Se concorda, compartilhe.    

quinta-feira, dezembro 20, 2012

Qual controle deve ser feito? O de armas ou o Acesso às Armas?

Fonte: Gun Control? Dream On. | The Nation

Exatamente porque as sociedades apresentam cultura, valores, história e tradição distintas é que devem ser comparadas. Se ambas sociedades, a americana e a suíça têm um elevado número de armas por grupo de habitantes, a variável ARMA EM SI não serve como causa da violência. Para isto que servem as comparações, para detectarmos as variáveis que não fazem diferença. Sendo práticos, o que deve ser feito? Já que um país sob forte lei desarmamentista como o Brasil tem um índice de homicídios muito maior do que os EUA, proibir então as armas nos EUA e ver este mesmo índice subir como ocorreu após a imposição do desarmamento na Jamaica e na Irlanda? "Ah! Mas, não dá para saber se vai ser assim..." E sabemos então que vai dar certo também? Ninguém sabe, mas o que pode ser tentado é um controle com diagnósticos psicológicos e psiquiátricos feitos anualmente. Isto não tiraria o direito ao porte de arma e ISOLARIA aquele elemento que parece ESTAR POSITIVAMENTE CORRELACIONADO aos massacres, mas que sob a novilíngua politicamente correta é TABU comentar: o portador de transtorno mental. 

Se for verdade, qual o pecado em comentar, debater, planejar, diagnosticar, proibir e manter inocentes vivos?

quarta-feira, dezembro 19, 2012

“Empresas de alta tecnologia estão vindo para cá”, afirma Tarso

Governo pretende atrair investimentos evitando a globalização predatória.
Sul 21 » “Empresas de alta tecnologia estão vindo para cá”, afirma Tarso
Atrair investimentos É globalização. "Globalização predatória" é novilíngua de esquerda, sem nenhum rigor científico. O que importa é que no final das contas, as esquerdas cedem e se adaptam, praticando a mesmíssima coisa, só que com novos nomes para manter sua marca de distinção. "Marca" que não passa disto, uma insígnia sem conteúdo.

terça-feira, dezembro 18, 2012

A Reconquista

Seria bom te ver todas as manhãs em todos esses dias que quase perdemos a alma em todos esses dias pós-quimioterápicos nos quais os cães pararam de correr pararam de uivar e pararam de caçar seria agradável sentir a chuva anunciando uma nova estação com os pássaros marcando terreno nos galhos com sua algazarra seria bom saborear um copo de whisky gelado ao cair da tarde tendo apenas o som dos cubos de gelo no fundo como fundo seria agradável viver sem se preocupar com apagar as luzes porque elas sequer foram acesas quantos dias se passaram desde que tu nasceu e preencheu nossas vidas e nem entendemos como foi que não te quisemos antes, não te fizemos antes estivemos afundados em um poço sem luz quanto mais nos debatíamos para sair mais escuro se tornava mais frios meus pés ficavam nenhuma lã bastava nada desmaiando no metrô cada vez mais rápido e meus olhos não acompanhavam nada desespero foi vencido pelo cansaço e a esperança não passava de um movimento de inércia sem início ou fim apenas meio apenas durante vivo sim tão vivo que a solidão dos que foram não te deixa ver a continuação quantas agulhas me foram cravadas para perder minha imaginação e minha fé só via liberdade numa fuga de lugar para lugar passando pelas ruas e avenidas meu rosto refletido em inúmeras vitrines minha sombra deitada e deformada em várias calçadas um baixo pulsante como um baixo pulsante me conduzindo sem saber sou levado numa linha errática pelo universo sem saber para onde vou, sem saber quem me leva e o que me leva tu nasceu em 30 de abril por ti larguei meu mais saboroso vício por ti acordei para viver um sonho se a vida traz suas armadilhas agora percebo como fui vítima várias vezes e de ti não quero mais me libertar não preciso de mais nada do que tive como controle as pessoas buscam vitórias sobre batalhas imaginárias tencionam vencer a guerra de suas vidas se ancoram em portos para fugir de águas turbulentas se apóiam em mitos em filosofias zen em falsas morais em estruturas ideológicas em partidos políticos em carros com bancos de couro em subdividões em repartições, em bairros em CEPs mas eu não preciso disto nos não precisamos disto nos temos a ti tu vive entre nós e eu te ergui na Lagoa do Peri, te levantei para o Sol te lancei no ar e tu desceu na lâmina d’água com teu sorriso, com a força de teu rosto tu submeteu a Terra e tuas mãos tocaram a lama, cavaram ela tornaram fofa com destreza ternura e sentido. 
Quanto tu nasceu, meu filho, nós, eu e tua mãe reconquistamos um sentido para nossas vidas.

Quando soubemos, ela ganhou um sorriso no rosto. Incrédula. Como se uma luz descesse e iluminasse teus passos, mamãe. Com os braços abertos, eu te recebi. Com minhas mãos eu te segurei e minhas córneas umedeceram. Calma, tudo vai dar certo... Até hoje eu digo, com medo que este sonho tornado realidade esvaneça, como a fumaça de fogos, cujo rito imaginário nos aquece e não podemos mais viver sem seu calor. Sem o teu calor, meu filho.

Cada gripe, cada tosse, cada queda, eu tremo e me desespero. Finjo calma para que te levantes, finjo superioridade para que tenhas algum exemplo, te reergo com a promessa de te ajudar a andar e torço para que me fite nos olhos e me peças um abraço levantando teus grandes bracinhos, tuas mãos grandes, teus ombros largos.

Eu quero te mostrar meu amor, eu quero te mostrar este mundo, eu quero te fazer feliz, mas tudo que sei com certeza é que vou ter que ser alguém melhor. Tudo que sei é que tua presença me faz querer ser algo que nunca fui. Minha persistência e teimosia foram fortes, mas sempre calcadas em mim. Dessa vez a luta será mais difícil, mas de algum modo sei que terei combustível. Sei que não irei desistir, que sempre estarei te esperando para segurar, até que um dia não caia mais. E o misto de riso e choro se torne uma palavra. Que tu possas segurar outro pequeno grande homem como eu.

E, caso percas tua fé... Que possa reconquistá-la.

Petição contra o socialismo


Em termos econômicos, o socialismo é ineficiente e, no longo prazo, traz pobreza; em termos políticos, geralmente está associado com variadas formas de despotismo, o que é uma conseqüência da grande concentração de poder e expansão da burocracia. Não vale a pena, JOGUE ESTA ABERRAÇÃO SOCIAL NA LATA DE LIXO DA HISTÓRIA.


segunda-feira, dezembro 17, 2012

Ensaio sobre a verdadeira cegueira


Em Sim, a escola varre as milhões de vítimas do socialismo para debaixo do tapete, Luis Lopez Diniz Filho se digladia com um estudante de História que pretendeu lhe dar uma lição, mas inadvertidamente tentou fazê-lo sem se apoiar nos fatos... Históricos! Aqui abaixo eu repito meu comentário ao seu post, que acho que vale a pena divulgar:

sexta-feira, dezembro 14, 2012

O recorte de Penn


Ditadores desdenham da Constituição e criam estados de exceção. A novidade com Chávez é que criou uma constituição de exceção para desdenhar da sociedade.

Quem não entendeu, pode "curtir" o ator hollywoodiano abaixo.


terça-feira, dezembro 11, 2012

Diane Ravitch e a crítica ao modelo americano de educação

Sobre:
Diane Ravitch - Entrevista - Filosofia, Política e Educação
Realmente, a concentração em testes de múltipla escolha para avançar na instrução descarta um princípio básico e antigo que funciona, a LEITURA. Ler testes e fazê-lo deve ser um coroamento do processo e não, a base para um treino exaustivo. Este tem que se apoiar cotidianamente na leitura e na escrita, tendo os testes como parte do processo e meta final geral, a educação e conhecimento; como meta específica, a formação de mão de obra capacitada, empreendedores etc. O que nós pretendemos no Brasil, "educar para a cidadania"? Mas, o que isto realmente significa quando há uma demonização e descrença no próprio sistema político? Então temos um objetivo vago com métodos inadequados, sobretudo quando nossas avaliações são deixadas em segundo plano para uma homogeneidade demagógica que acaba sendo, não mais do que um campo para exercício retórico de pedagogos.
Outra observação sobre o título, nota mais alta não garante uma melhor educação, mas é necessária ao bom ensino. Ensino e educação não são a mesma coisa, mas são complementares e se tirar boas notas não me garante ser bem educado, o princípio de buscar o melhor desempenho, sim, é parte de uma boa educação.

Sobre a inclusão de aulas de moral e ética onde faltam as mesmas


"A despeito dos problemas de ensino no Brasil, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) usou os índices de corrupção e a ineficiência da justiça na tentativa de justificar a relevância da sua proposta."
Gustavo Ioschpe critica inclusão de aulas de Cidadania Moral e Ética nas escolas | Instituto Millenium

SE professores faltam em demasia, se há falta de lisura na aplicação e execução de testes (a começar pelo próprio MEC), se nivela-se por baixo o desempenho escolar, com redução de provas e aumento de "trabalhos" escolares que resultam em cópias generalizadas, se a indisciplina e agressões físicas campeiam como metástase, se a doutrinação esdrúxula vira mote e mantra, como diabos uma lei que obriga o ensino de ética vai levar a ética aos alunos quando o que mais falta é o exemplo?

terça-feira, dezembro 04, 2012

Prestes a afundar

Em Os donos do mar | Instituto Millenium lemos:
Que tal se indivíduos ou empresas conquistarem o oceano e demarcarem territórios no meio do mar como se fossem comunidades alternativas marítimas? (...)
A pergunta: como cada país flutuante desses pretende se manter independente na prática, totalmente indefesos, militarmente falando, perante os demais estados estabelecidos? Se até os paraísos fiscais são alvo crescente da pressão dos países grandes, incomodados com a concorrência fiscal em um mundo globalizado com dinheiro eletrônico, como impedir que essas nações poderosas imponham certas regras aos países flutuantes?
Patri gostou da provocação. A resposta: sem dúvida esse é um potencial problema, mas não muito diferente do que enfrentam países menores hoje. Acordos terão de ser debatidos, tratados terão de ser assinados. Só que isso não retiraria totalmente a autonomia desses países flutuantes, e isso é o mais importante. Mais competição forçando governos mais eficientes, menos perdulários e opressores, pois o cidadão poderia fazer suas malas e ir viver em uma dessas ilhas artificiais de sua preferência. (...) “Grandes ideias começam com ideias esquisitas”, disse Patri Friedman. No futuro, pode ser que até o oceano tenha “cercas flutuantes” delimitando o território e marcando a propriedade privada.
Os países menores, liliputhianos... Normalmente se encaixam dentro de uma estrutura de poder mais ampla (Vaticano, San Marino, Mônaco...). Tratá-los como "alvos de pressão dos maiores" é simplista, mesmo porque há países menores muito mais fortes do que certos gigantes.

WWF

Sobre:
WWF na mira de ATWA | ATWA Brasil

Eu adoro encontrar textos estúpidos como este. São provas de como a paranoia esquerdista encontra eco na direita (os extremos se encontram). Em primeiro lugar, o que não está claro, como "madeireiras ilegais" se no início do texto mesmo fala que a WWF disponibiliza selos de qualidade ambiental? Algo não está coerente. Se a WWF participa de ações de manejo ambiental (mais uma expressão para vocês estudarem), ela está certa em propor alternativas ao modelo de desenvolvimento, que não leva em conta a necessidade de recuperação ambiental para posterior exploração. Vejam o que diriam os libertários, que basta que o livre-mercado e a propriedade privada garantam "a necessidade de preservação para continuação do empreendimento" e vejam o que diriam os estatistas, que "se faz necessário um planejamento central, integral e abrangente que evite a devastação dos recursos naturais de forma acelerada". Ambos estão, parcialmente certos: a propriedade privada é peça chave na sustentabilidade, mas para evitar o efeito do "carona", i.e., indivíduos que tentam tirar vantagem do esforço mútuo dos outros sem fazer a sua cota, é que é necessário mesmo uma fiscalização e orientação da tecnologia disponível para uso racional dos recursos. E é por isso também que a crítica de ambos se equivoca em não compreender, p.ex., o caso da WWF. Sei que a ladainha ambientalista é desgastante, as esta ong é uma das menos panfletárias e das mais propositivas. O que está errado não é sua atuação, mas a dificuldade para que outras agências de pequeno porte e limitadas ao cenário de países, como o citado Congo, possam atuar de maneira igualmente construtiva fugindo de entraves legais. Planejamento não significa um mar de regulamentações que cria obstáculos, antes pelo contrário. 

terça-feira, novembro 27, 2012

Tiro pela culatra: argumento cotista - I


Se o ministro tivesse dito isto... O que o ministro ignoraria é que com as cotas, provavelmente, não teríamos ninguém capaz de enfrentar quem ele próprio, Joaquim Barbosa, teria enfrentado. Ou seja, ele, sem sequer imaginar, estaria com este falho argumento, minando a própria meritocracia que o levou onde está.

quarta-feira, novembro 21, 2012

Alienação não tem cor ou porque consciência “negra ou branca” não tem sentido

SLAVE VILLAGES, AND LIFE IN LIMBO

Fonte: CNN.com


20 de novembro, Dia da Consciência Negra... Por que, ao invés de relembrar um herói que também foi escravagista, como Zumbi ou exigir “respeito”, como se lhe faltassem por causa de critérios raciais, o que os antiescravistas, os que exigem respeito e querem mesmo um mundo mais justo e não um mero teatro de ressentimentos deveriam fazer, seria protestar contra os redutos mundiais de escravidão.

terça-feira, novembro 20, 2012

A tática vaga do jornalismo desorganizado


Quem quiser perder seu precioso tempo, que leia isto: A tática de guerrilha do crime organizado | Brasilianas.Org. Este Luis Nassif é ridículo... Até parece que a polícia não lança mão de serviços de inteligência. Se o faz de modo suficiente, eficaz ou não, é outra questão que não aparecerá de hora para outra, sobretudo em matérias vagas e artigos insípidos, como o deste jornalista.

Daily chart: Rockets and ranges | The Economist

De 2008 para cá diminuíram as mortes de palestinos atingidos por força israelense na Faixa de Gaza, mas ainda são altas se comparadas aos danos infligidos aos israelenses pelos grupos palestinos, como o Hamas.


Fonte: The Economist
Cf.: Daily chart: Rockets and ranges | The Economist

segunda-feira, novembro 19, 2012

Ela é uma inútil


Neste texto: Socialista Morena » A volta do filho (de papai) pródigo ou a parábola do roqueiro burguês, uma comentarista, cujo blog se chama “Socialista Morena” critica o “endireitamento” de “roqueiros brasileiros”, como Lobão, Roger (do Ultraje à Rigor) e Leo Jaime. Como é comum neste tipo de análise, sempre se tenta enveredar para uma análise pretensamente científica do caso. Sabe... 

quarta-feira, novembro 14, 2012

LIBERALISMO NÃO É CONSERVADORISMO: ou porque eu não apoio o ARENA


Texto está irretocável! Excelente. 

Um porém a um dos comentadores... Caro "Mídia Católica", acho que entendeste mal: nós é que não precisamos do teu apoio para combater o PT ou qualquer outra agremiação estatizante. Basicamente, porque vocês não são tão diferentes entre si quanto pensam que são.

Cf.: LIBERALISMO NÃO É CONSERVADORISMO: ou porque eu não apoio o ARENA

Negacionismo do crime organizado - I




Engraçado que tanto governo, quanto setores ideológicos de esquerda e direita da sociedade teimam em negar a existência e efetividade do crime organizado. 

terça-feira, novembro 13, 2012

A inversão de valores e sofisma econômico dos protestos europeus

Bonito, não?
Greve Geral quem só espera nunca alcança - Expresso.pt
Tais protestos e greves visam a manutenção dos privilégios de castas de funcionários que recebem mais às custas daqueles que não são contemplados com o mesmo favoritismo. E também é uma questão da confederação européia que precisa ser resolvida, afinal, por que a Alemanha sozinha tem que ter a casa em ordem e sustentar estas classes em países, cujas economias apresentam-se em desordem?

Guerra civil brasileira


Neste excelente artigo, Guerra civil ou epidemia | Instituto Millenium, Paulo Brossard comenta os efeitos da onda de crimes que assola o país como o que é: uma guerra. E eu acrescentaria terrorismo. 
Enquanto covardes brincam com o vocabulário, o que se passa país é um ato de guerra. Para ele, socialistas apontam desculpas psicossociais e os libertários enxergam nas vítimas dos servidores de segurança, seus algozes imaginários. Tolos que se complementam e compartilham a mesma lente da ignorância. 
Ontem cidadãos de Florianópolis foram vítimas de uma onda de atentados na outrora pacífica cidade, cuja porção insular já recebera a alcunha de “ilha da magia”, que agora entra no panteão de nossos pesadelos urbanos. 

sexta-feira, novembro 09, 2012

Afinal há uma «super-Terra» a 42 anos luz - Dinheiro Vivo

Descobriram um planeta habitável, com condições similares às nossas na Terra, e apelidado de "Super-Terra", a 42 anos-luz daqui:
Afinal há uma «super-Terra» a 42 anos luz - Dinheiro Vivo
Não me admira se também criarem cotas para seus habitantes terem acesso como servidores públicos e estudantes de universidades aqui no Brasil...

quinta-feira, novembro 08, 2012

Demorou... Discussão sobre indisciplina na sala de aula


Seminário sobre indisciplina nas escolas [Indisciplina nas escolas será tema de um seminário em Curitiba - G1 Paraná - Bom Dia Paraná - Catálogo de Vídeos] vem em boa hora, mas a tirar pelo que diz o pedagogo Joe Garcia, não sei se será bem encaminhado. O que é “cultura tradicional demais nas escolas brasileiras”? Para mim, isto é um perfeito mito.

terça-feira, novembro 06, 2012

segunda-feira, novembro 05, 2012

Ato Falho - 1


Deputado José Guimarães e a regulação da "mídia" por acervoimplicante

"Judicialização da Just... da Política". Eh eh, o ato falho desse petista diz mais do que qualquer tese. O "erro" para quem completasse a frase é que a Justiça, enfim, é "judicializada" e não, politizada.

domingo, novembro 04, 2012

Como deturpar o que Weber disse

Vejamos:

"Como escreveu Weber, sob as condições de uma democracia de massa, a opinião pública é a conduta social nascida de sentimentos irracionais."
Ciencia, Politica e Religião: Como Max Weber teria analisado o julgamento do cha...: A aplicação de um arremedo de Justiça em alguns casos do “mensalão”, sobretudo nos de Dirceu e Genoínio, nos remete aos métodos dos antigos ...

Embora não seja um conceito weberiano, o Fato Social de Durkheim também explica isso. Normal, faz parte do comportamento de massa que haja "despersonalização", como em um estádio, show, linchamento etc. E, por isso mesmo, Weber (assim como Marx) antes de se notabilizarem como "sociólogos" para seus leitores contemporâneos eram, antes de tudo, profissionais do Direito. Ou, como chamam mais apropriadamente, Estudo das Leis. E é justamente em situações como o exemplo acima aludido que este campo do conhecimento, esta técnica de engenharia social existe. para regular e disciplinar a manifestação de sentimentos irracionais.


sexta-feira, outubro 26, 2012

Meu querido ofendículo

http://forum.darkside.com.br/vb/showthread.php?t=49945
Voltando à questão da diminuição da segurança e vida urbana por causa dos muros, estatísticas recentes me levam a concordar com meus colegas arquitetos e urbanistas, porém especificamente quando quando se trata de centros urbanos que permitem circulação de pedestres e uma certa "vida urbana". Tanto as observações de Jane Jacobs no seu célebre "Morte e Vida das Grandes Cidades Americanas" como estudos da Polícia Militar do Paraná conduzidos pelo comandante Roberson Bondaruk chegam à mesma conclusão: “A visibilidade é a melhor arma contra o crime. Tem um princípio que se chama vigilância natural”. Claro que câmeras de segurança, boa iluminação e uma portaria 24h também são outras medidas importantes, mas Roberson aponta: "Entre ter uma casa cercada por grades ou muros, a casa sem grades e nem muros acaba sendo mais segura. Uma casa que não tem muros, não tem grades cria essa barreira psicológica que é mais efetiva do que a barreira física. O que cria na cabeça do criminoso uma dúvida: será que tem um alarme, será que tem um sensor de movimento? Na dúvida, ele prefere assaltar outra casa”.  
Cf.: rendering freedom: Por que existem condomínios, quando que eles são p...: Legislações que estabelecem bairros estritamente residenciais de baixa densidade com recuos de ajardinamento, com terrenos grandes sem possi...
Gostei do texto, mas discordo em um ponto: cercas são sim mais eficazes que muros, justamente porque permitem a visualização e vigilância sem a mesma exposição da ausência completa de barreiras. Um ladrão pode achar que há uma armadilha em uma casa totalmente desprotegida, mas é só porque é algo novo, inédito na região, ao passo que quando todos ou a maioria adotar este padrão, logo deixará de causar dúvida e os assaltos ressurgirão. Sou totalmente favorável à visualização/vigilância maior, mas isto também implica no passeio público ser frequentado e isto, por sua vez, de segurança, como rondas policiais frequentes. Qualquer sociedade precisa de métodos preventivos de segurança, isto é bem sabido e consensual, mas aparentemente só lembramos disto e nos esquecemos da necessária e igualmente importante repressão, pré-condição para eliminação e educação de elementos desviantes. Quanto mais recursos para dissuadir o crime tivermos em mãos, melhor.

Quanto ao texto, vai muito além do excerto que me chamou atenção e ensejou este comentário.

quarta-feira, outubro 24, 2012

O problema não está só no analfabetismo

Sobre: Ciencia, Politica e Religião: A inteligência da elite social brasileira: Por Henrique Abel em 07/08/2012 na edição 706 Um dos preconceitos mais firmemente bem estabelecidos no Brasil é aquele que afirma que a culp...
Esta crítica abaixo é, parcialmente, correta. Em seu favor, o autor está certo sobre o papel decisivo na condução de um país por suas elites, de modo que realmente não procede atribuir o insucesso pelo desenvolvimento econômico e social de uma nação, exclusivamente, ao grau de incultura e analfabetismo de seu povo. M A S, só tem um detalhe: a formação de elites em qualquer sociedade com relativa mobilidade social depende sim de condições de aproveitamento do sistema educacional em vigor, como é o caso da Dinamarca onde já se registrou 100% das meninas frequentam até o ensino médio. Outras sociedades, caricaturadas como "burras", como é o caso dos EUA têm que ser definidas em que ou quais tópicos são deficitárias. Como é bem sabido este país peca pelo conhecimento de geografia e história do resto do mundo, mas a questão é em que medida isto contribuiria para a melhor eficácia do seu sistema econômico? Nós no Brasil, em contrapartida, temos o ensino obrigatório de geografia e história nas escolas públicas, MAS de que forma? Altamente ideologizados, com um ingrediente de ressentimento e auto-vitimização que parecem ser obrigatórios em nossos currículos. Então, sinceramente, se for desta forma, me pergunto como podemos tirar alguma vantagem disto? 

No entanto, o caso brasileiro é um pouco mais complexo, como suponho seja a maioria das sociedades que não devem ser explicadas apenas pelo seu sistema educacional. Perpassa nas relações de poder político brasileiras, seja no Império, na República, no Estado Novo, na Ditadura Militar, na Nova República etc., a base clientelista. O clássico Coronelismo, Enxada e Voto de Victor Nunes Leal teria que ser estendido para outras regiões brasileiras e não se limitar à Região Nordeste. É comum conversarmos com pessoas que dizem, claramente, não votar em candidato X "porque ele não nos dá nada". Ora! O que temos que ganhar? O certo seria exigir que ele executasse ou defendesse propostas A, B ou C divulgadas em sua campanha e programas. Portanto, atribuir o problema de uma sociedade, como a brasileira, ou criticar esta visão limítrofe de que tudo reside no analfabetismo ou analfabetismo funcional é deixar de ver o problema de um modo mais abrangente, o que deveria necessariamente envolver a cultura política vigente em uma dada sociedade, no caso, a nossa.

Mas, como disse, o artigo não é de todo equivocado. Concordo em parte com o mesmo.

segunda-feira, outubro 22, 2012

Plus ça change, plus c'est la même chose

Beginning at 8:30pmET, we'll be live-tweeting analysis to complement the U.S. presidential debate on foreign policy. Want our non-partisan take on Libya or Iran while the candidates discuss those issues and more? Follow @Stratfor on Twitter

terça-feira, outubro 16, 2012

O futuro de minha geração – I

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/gente-um-tabu-a-ser-enfrentado

Por Anselmo Heidrich

Espero morrer antes de ficar velho (falando sobre minha geração)[1] cantava Roger Daltrey, vocalista do The Who, com seus menos de 21 anos. A indignação pela repressão discriminatória à geração que formaria a base da contracultura dos anos 60 dava lugar a um dos mais tolos preconceitos, o de que “velhos são ultrapassados”. Modas intelectuais e ideologias melhor formatadas também produziram este tipo de pensamento, de que o que é bom já se foi, ou dura pouco, ou pertenceu a uma “idade de ouro” impossível de repetir. Dentre tantos exemplos que podemos colher, vejamos este:

quinta-feira, outubro 11, 2012

Erro Hobsbawn

Artigo imperdível sobre o farsante chamado Eric Hobsbawn: 
(...)
A experiência comunista – trata‑se de uma opinião já amplamente aceita – é responsável por cem milhões de mortes, e impôs ao século XX o estigma de uma das épocas mais assassinas da história. Já se descobriu que o marxismo‑leninismo é, na melhor das hipóteses, um devaneio acadêmico e um eufemismo para engenharia social; na pior, uma máquina infalível de guerra, conflitos e genocídios. Os condenados a aturar o comunismo livraram‑se agradecidamente dele assim que tiveram chance. Antigos fiéis da primeira hora – de Andrei Sakharov e Leszek Kolakowski a François Furet – viriam a explicar detalhadamente como pessoas inteligentes como eles próprios puderam estar tão enganados. Humanidade, liberdade, a simples compaixão pelo próximo: nada disso preocupa Hobsbawm. Para ele, a União Soviética caiu porque, infelizmente, não aplicou os métodos adequados para o verdadeiro comunismo. 

terça-feira, outubro 02, 2012

O imbecil individual / The individual buster

Sobre:
Tomatadas: Uma nota sobre Olavo de Carvalho: Ao comentar o post A culpa da nossa direita , um leitor fez indagações bastante interessantes sobre o intelectual conservador Olavo de Carv...
"O Imbecil Coletivo" é um bom livro, mas "O Jardim das Aflições" é... Uma aflição! Olavo de Carvalho chega a defender a Inquisição Medieval com argumentos como de que pelo menos se tratava de um "devido processo legal", anteriormente ausente. Ora, se assim for, então qualquer déspota que tenha escrito o que faria também representaria uma "evolução institucional", uma vez oficializada a barbárie.

domingo, setembro 30, 2012

Problema: Espaço Público e Falta de Ordem: O Caso da Pça. Roosevelt Em São Paulo - Cidade Democrática

Problem: Lack of Public Space and Order: The Case of Roosevelt Pça In Sao Paulo - Democratic City

Problema: Poluição Sonora e Involução Civilizacional - Cidade Democrática

Problem: Noise Pollution and Involution Civilization - Democratic City

Mudança climática aquecerá economia do "Novo Norte" / Climate change heats economy of the "New North"

Fiquei curioso com o livro, mas muito mais pela expectativa de saber o que ele acha sobre a imensidão russa e canadense com relação à agricultura. Isto poderia ser uma pá de cal para os exportadores de commodities tropicais... Quanto à geopolítica atual, o problema dos Norc se chama "Rússia".
Cf.: Folha de S.Paulo - Entrevista da segunda - Laurence C. Smith: Mudança climática aquecerá economia do "Novo Norte" - 17/01/2011

sexta-feira, setembro 21, 2012

O papel do bairro na civilidade / The role of the district for civility

Adultos atentos enquanto crianças brincamFoto: Cynthia Vanzella, Diário Gaúcho.

         Estamos prestes a mais uma eleição municipal nas cidades brasileiras e me pergunto como as pessoas podem esperar que um prefeito resolva integralmente seus “problemas urbanos”. Se os gestores urbanos eleitos fizessem o mínimo, i.e., administrar com idoneidade e não deixar rombos no orçamento já seria um bom começo. Mas daí surge aquele sentimento de impotência que nos diz, para que serve então um partido e suas plataformas de governo se não podemos eleger quem execute reformas e mudanças significativas nas cidades? Bem, acontece que simplesmente atribuir tudo isto a um executivo e um corpo de legisladores que se notabiliza por criar nomes de ruas é querer “tirar leite de pedra.”

Funny Commercial

terça-feira, setembro 18, 2012

Rigor conceitual para atacar a raiz do problema / Conceptual rigor to attack the root of the problem




O vídeo é muito bom e o padre aponta, realmente, muitas incoerências da sociedade e estado brasileiros da atualidade. O único senão que tenho a considerar é o papel e definição do "novo príncipe", que utiliza como analogia para o partido comunista, socialista etc. Acho que a definição conceitual deve ser mais rigorosa e não se trata de mero pedantismo de minha parte não.

segunda-feira, setembro 17, 2012

Pólos de crescimento de renda nos EUA / Poles of income growth in the U.S.

Cf.: America's Best Places for a Raise Since the Great Recession

No mapa acima temos as áreas dos EUA que tiveram maiores aumentos na renda, de acordo com dados salariais de 2006 (antes da crise imobiliária) até 2011, os mais atuais disponíveis. Tais pólos são como vórtex que disseminam inovações levantando o país da crise e que, como ondas, afetam todo o globo. Banal, mas não para mentes afetadas e limitadas pelo jogo de soma zero que atribui a pobreza como consequência da longínqua prosperidade.

A excepcionalidade do modelo econômico brasileiro / The exceptionality of the Brazilian economic model


"A mediocridade escapa da inveja" - Tito Lívio 

"O dólar baixo é bom para o consumidor brasileiro comprar importados e viajar para o exterior, por exemplo. Porém, é ruim para a indústria porque os produtos brasileiros ficam muito caros no exterior."
Após pacote nos EUA, Brasil estuda formas para evitar que o dólar caia demais - 17/09/2012 - UOL Economia - Da Redação
Sim, e melhor ainda para o oligopólio industrial. O que precisa ser dito (e escancarado) é que o modelo econômico brasileiro é pior que medíocre, pois se baseia, tão somente, na desvalorização cambial para ampliar nossas reservas externas e não na necessária redução tributária e aumento da produtividade via inovação tecnológica e administrativa. 

TAC Campaign - 20 year Anniversary retrospective montage "Everybody Hurt...

sábado, setembro 15, 2012

Como enfraquecer seu argumento com generalizações simplistas / As weaken his argument with simplistic generalizations



"O cargo" não pode ser dissociado da pessoa, isto implicaria em imputar ao crime (de corrupção), uma responsabilidade objetiva, como se os sujeitos da ação fossem meras vítimas de um sistema maligno. Para quem realmente preza o liberalismo, o indivíduo não pode ter um papel menor nesta relação e, consequentemente, se eximir da responsabilidade.

sexta-feira, setembro 14, 2012

Liberdade de Expressão VS. Fanatismo Religioso / Freedom of Speech VS. Religious Fanaticism

Esta fúria é caricatural, como se fosse algo necessário para uma postura e ovação religiosas. Se eu fosse religioso diria que é totalmente fake. Não importa que seja uma foto de 2007 ou de 2012, o teatro é o mesmo. This fury is a caricature, as something necessary for a religious stance and ovation. If I were religious I would say that is totally fake. No matter it is a picture of 2007 or 2012, the theater is the same. (Foto/Photo: http://mikesamerica.blogspot.com.br/2007/06/news-teasers.html.)

Um caminho mais fácil é, realmente, censurar o vídeo. No entanto, se quisermos evitar choques e mortes absolutamente desnecessárias porque fanáticos religiosos não toleram a liberdade de expressão podem se preparar, pois isto é só o começo.
"But Google is trying to do something much harder, and much more thoughtful, than that. As it said in its statement outlining its approach to freedom of expression, "We recognize that there are limits. In some areas it's obvious where to draw the line. For example, we have an all-product ban on child pornography. But in other areas, like extremism, it gets complicated because our products are available in numerous countries with widely varying laws and cultures."
E o conflito entre tais culturas é algo tão antigo que atribuir tal intolerância a uma "provocação" atual é fruto de uma ignorância produzida pelo relativismo cultural como norte ético.

segunda-feira, setembro 03, 2012

Rodovia para a cadeia / Highway to jail

F5 - Humanos - Mulher é presa quatro vezes em 26 horas por ouvir "Highway to Hell" muito alto - 03/09/2012
Joyce Coffey, 53, presa por perturbação
da ordem com volume excessivamente alto / 
Joyce Coffey, 53, arrested for
disturbing the peace with volume too high.
Mas, é óbvio! Eu também gosto de AC/DC, mas só idiotas acham que se pode impor seu gosto musical aos outros. Aliás, só no nosso país (e em outros culturalmente subdesenvolvidos) para achar que ouvir música alta em local público e não autorizado ou em sua residência, mas acima do limite estabelecido para segurança dos vizinhos está "tudo bem". Não é a toa que hoje se encontra maior civilidade entre pássaros e gatos do mato ou guarás do que em nossas cidades litorâneas coalhadas de funkeiros ou no interior dominado por bandos de agroboys com seus sertanojos onde capricham na breguice de enfeitar veículos com woofers coloridos. O volume abusivo é poluição, que quando intencional também é agressão deliberada. Trata-se de um desrespeito à propriedade primeira do indivíduo, seu corpo e sanidade mental. Tem que ser muito, mas muito otário para achar que a polícia e o judiciário britânico estão errados.

Marketing Caricatural / Caricatural Marketing

Porque algo está na moda, então tenho que ser necessariamente contrário? / Because something is in fashion, so I have to be necessarily contrary?

Sobre: Folha de S.Paulo - Colunistas - Luiz Felipe Pondé - Marketing social - 03/09/2012. Eu geralmente gosto dos textos de Pondé, mas neste, o seu “anti-politicamente correto” pecou pelo tom excessivamente oposicionista ao atual modismo intelectual. Este texto consegue ser, no máximo, uma caricatura a guisa de análise.
Em uma das passagens, o autor critica algo sem especificá-lo: é verdade que nem tudo se aprende com os pais, pois o meio social é muito mais amplo do que isto, daí que a “dignidade” passada pelos pais não seria verdadeira. Mas, a qual “dignidade” ele se refere? Então, o paradigma social é o da indignidade mesmo? Dignidade do que, indignidade do que? Isto parece mais um arremedo pseudo-filosófico baseado em um hobbesianismo primário, estilo “o homem é o lobo do homem” ou, na versão mais popular contemporânea, “está tudo dominado!” Ficou, por demais, impreciso. Se ele não define qual dignidade se refere, não dá para saber se o que diz procede, não dá para concordar nem dá para discordar. É um completo vazio.

quinta-feira, agosto 30, 2012

Marxistas, os idiotas úteis / Marxists, useful idiots

Perfeito. Aqui, o ex-agente da KGB e dissidente soviético Yuri Alexandrovich Bezmenov fala sobre a perseguição interna dentro das agremiações marxistas. Tão interessante quanto adentrar nos meandros desta lógica do poder é poder entender o sentimento que afeta (e nubla o foco) daqueles que lutam por um ideal e se tornam simples reféns das paixões e vaidades humanas. Vale a pena assistir.



domingo, agosto 26, 2012

Um muçulmano em táxi em Porto Alegre / A Muslim in a taxi in Porto Alegre


Um muçulmano pega um táxi na Rodoviaria em Porto Alegre.
Assim que se acomoda, pede ao motorista para desligar o rádio e justifica-se: não posso ouvir música como mandam os preceitos da minha religião, porque no tempo dos profetas não havia música,  principalmente a música ocidental que, hoje, é o som dos infiéis.
O motorista do táxi desligou o rádio e parou, abrindo a porta do passageiro.
O muçulmano perguntou: o que você está fazendo?
E o motorista respondeu:
-No tempo dos profetas não havia táxi, então desça e espere por um camelo!

quarta-feira, agosto 22, 2012

Aumento do Efeito Bulhufas esfria o entendimento humano / The increase of the bullshit effect cools the human understanding

Cf.: ÉPOCA – Blog do Planeta | O meio ambiente que você faz » “Só o efeito estufa pode explicar o derretimento do Ártico” » Arquivo
Êêêhh! Fazia tempo que eu não via uma matéria defendendo a teoria do Aquecimento Global Antropogênico (A.G.A.). Ano passado, p.ex., se difundiram estudos dizendo que ele estava praticamente morto porque não houve verão rigoroso no Hemisfério Norte nos últimos anos. Mas, neste ano... Agora que o verão está abrasador por aquelas bandas (e aqui no H. Sul não está forte o inverno), o AGA volta a cena. Bem... A impressão que deu foi que quem escreveu a matéria/entrevista não foi a mesma pessoa que fez o título da matéria. Apesar de bem explicado no corpo do texto, o título é sumamente incorreto: "Só o efeito estufa pode explicar o derretimento do Ártico". Errado porque sem Efeito Estufa (Greenhouse Efect) nós não teríamos vida na Terra. A retenção de calor é necessária à vida e é feita pelos chamados gases-estufa, bem como pelo vapor d'água que armazena parte da radiação refletida aquecendo nossa atmosfera. Portanto, o certo a dizer é que o Aquecimento Global está mudando o clima do planeta (exatamente como, poucos sabem dizer), mas que também é possível que este aquecimento tenha origem antropogênica, isto é, humana. Possível, não certeiro e exato. Outro modo de escrever o título correto seria o Aumento do Efeito Estufa, como sinônimo de aquecimento global. Mas, efeito estufa é natural e sempre precisa existir, já aquecimento global (assim como resfriamento) também são naturais. O que se questiona é qual o grau de participação da humanidade nisto tudo e aí a coisa varia muito. Basicamente, poucos sabem dizer e há teorias para todos os gostos. 

Esta é a discussão que importa, mas não é a discussão que a maioria faz. A discussão que a maioria faz não é climatológica, mas sim sociológica. 

Impostos 'invisíveis' respondem por até 93% do preço de produtos e serviços no Brasil:Especial - Economia - Opinião e Análise - Economia & Negócios.... / Taxes 'invisible' to account for 93% of the price of products and services in Brazil: Special - Economy - Analysis and Opinion - Economy & Business ....

Este gráfico explica um pouco da loucura que é o meu país. Se você não quiser usar um tradutor, basta clicar sobre os itens do lar assinalados em vermelho, como gás, roupas, telefonia etc e irão ver um número correspondente a tributos indiretos sobre bens. Louco, não?
Cf.: Impostos 'invisíveis' respondem por até 93% do preço de produtos e serviços no Brasil:Especial - Economia - Opinião e Análise - Economia & Negócios....

segunda-feira, agosto 20, 2012

Linguiça debaixo do angu / Underneath this flour has sausage

Papo furado! O FBI infiltrando gente em "comunidades pacíficas de muçulmanos" e daí alguns deles se revoltam e passam a querer matar, assassinar, destruir. Então esses são santos?
Diferente daqui, lá a polícia arma para o traficante. Se fizéssemos isto aqui, estaríamos induzindo o suspeito ao tráfico, entende? Então é claro que um agente federal deve se infiltrar e instigar para saber quem é que já está pronto para isto. É preventivo mesmo, nada de errado.
Eu quero é saber quem 'infiltrou' um troco na conta deste Craig para ajudar a processar o FBI e ganhar uma bufunfa. 

Tem é linguiça debaixo desse angu, meu camarada.
Cf.: Opera Mundi - FBI infiltrou agentes e ajudou a organizar ataques terroristas dentro dos EUA