quarta-feira, outubro 24, 2018

Mano Brown detona pt durante evento pró Haddad no Rio

Detona, mas sempre, sempre defendeu o PT. Esse é o rapper que fala em "desigualdade", "injustiça social", coisas do tipo, mas parece não ter se importado muito com o sumiço de R$ 80 bilhões em 13 anos (por baixo). Agora, amiguinho do Lula, do Caetano, do Chico resolveu dar uma criticada só para ficar bem na foto porque viu que o barco tá afundando e como todo rato, quer sair ileso.


terça-feira, outubro 23, 2018

ENTENDA: BOLSONARO E BANNON!!! | Canal do Slow 62

Esse negócio de "extrema direita" cansa. Por que
não falar só "direita"?
Fala sério, o cara tá minimizando o potencial terrorista do
Islã.
Agora, claro que confundir planejamento familiar com
controle de natalidade acontece mesmo.
Se Robert Mercer assusta por financiar a direita, por que o
Soros não por seu lado?
Quanto ao desenvolvimento da I.A. e de estudos
comportamentais faz todo o sentido. Aliás, não sei como não se vai além nisto
na economia. Sei que existe, "economia comportamental", mas vejo
poucos estudos.
Sabe o que é engraçado... Vendo esse Slow falando do Bannon
e suas estratégias de radicalização com sensacionalismo, me pergunto se ele
também não aprendeu algo, pois... QUE BAITA VÍDEO SENSACIONALISTA!
Mas qual o problema de querer "guerra contra a mídia
tradicional"?
Slow diz que é um contrassenso um conservador querer
renovação, o que mostra que não entende nada sobre o que pensa um conservador e
o que ele entende por decadência.
Outra coisa, isso que dizem do MBL. Exceto pelo erro dos caras foi
aventar ligações da vereadora Marielle do PSOL é mais um espantalho. O MBL tem
vários defeitos e se apressar é um deles, mas este grau de articulação com
admiradores do Bolsonaro e apoio recebido por conservadores estrangeiros, como
Bannon só mostra o desconhecimento de todos esses assuntos pelo youtuber. Na
verdade, Slow é quem está produzindo uma baita narrativa conspiracionista a
partir de pontos que combinam a partir de sua visão de mundo. E daí, por esta
"lógica", ele afirma uma conexão, com ares de causalidade. Cara...
Não gosto de bolsominions, tenho dois pés atrás com a ligação do MBL com
partidos, mas uma coisa é uma coisa, outra é procurar certezas onde só temos
especulações.
Tá, agora eu fiquei irritado. Apontar boatos, fofoqueiros
sem responsabilidade, tudo bem, mas mencionar as redes tradicionais como a
Globo como "mecanismos sérios", ah vai... Tá de brincadeira? Uma
dica, pode baixar grátis na rede "A Indústria Textil" (sem
circunflexo, pois é referente à texto), de Janer Cristaldo.
Quase todas essas "plataformas de alta
credibilidade" que ele usa são meios tradicionais de um tipo de opinião,
enquanto que outros tradicionais antes de Bannon ser conhecido ou ter seu poder
estabelecido, como The Daily Telegraph, Washington Times, Weekly Standard,
Stratfor, Geopolitical Times e por aí vai nem sempre coadunando com o que ele
citou, não são sequer mencionados.
O que Slow e outros não entendem é que muitos de nós não
queria Bolsonaro presidente, mas a incompetência do Alckmin, a pequenez de
Amoedo não foram páreo e não nos restou alternativa. Nosso voto é anti-PT por
razões similares a que ele acusa em Bolsonaro, ou por "suas fontes
confiáveis" e "mecanismos sérios"...
Agora prestem atenção "pra mim não vai fazer diferença
porque eu acho que essas eleições já foram decididas há muito tempo",
"eu tô fazendo esse vídeo pra ver se vocês acordam", "não
subestime o método de campanha do Bannon porque ele vai convencer todo mundo de
que não tem problema nenhum"... Então, toda disputa acirrada entre os dois
candidatos não passa de teatro, é isso que devo concluir? Mesmo assim, nós
temos que acordar para o futuro, pois o presente já está determinado? E que poder
tem esse Bannon, não? Que vai convencer todo mundo, mas você, Slow, e vários
outros em teus "mecanismos sérios de imprensa" e tantos outros
milhões (já que a minoria envolve dezenas de milhões que rejeitaram os
conservadores vitoriosos) não foram manipulados. Peraí! Essa pizza tem pedaços
faltando, não faz sentido.
Slow, escute... Quanto um relato é muito exato, em
sociedades, sempre tem algo errado. Nada funciona assim. Pense nisso.



segunda-feira, outubro 15, 2018

Por que a Educação da Estônia Funciona?


DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DA ESTÔNIA — Estônia é o país da Europa com melhor desempenho no Pisa
É tanta coisa boa que fica até difícil comentar, maior investimento por aluno, apreço a leitura, pacto nacional por isso, aumento salarial, valorização de métodos tradicionais, com inovações quando necessário, interdisciplinaridade, esportes e artes no contra-turno etc. Mas o que mais me chamou atenção foi isso:
As diretrizes do ensino estão no currículo nacional. Mas como aplicá-las fica, em grande parte, a critério de cada escola. Isso significa que as metodologias e até mesmo os ambientes de sala de aula podem ser definidos de acordo com o plano dos professores. “O currículo determina os resultados gerais. A maneira de alcançá-los é escolhida pelos professores”, diz a ministra. O currículo é constantemente atualizado.“Na Estônia, as escolas e os professores desfrutam de um elevado grau de autonomia na tomada de decisões em todos os aspectos da aprendizagem e do ensino”, completa.Essa descentralização se tornou regra após a dissolução da União Soviética. Foi quando o governo decidiu dar liberdade às escolas, exigindo delas, por outro lado, a responsabilidade quanto às diretrizes.Cf. BBC As lições da Estônia, país que revolucionou escola pública e virou líder europeu em ranking de Educação — https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45605368?ocid=wsportuguese.chat-apps.in-app-msg.whatsapp.trial.link1_.auin
Anselmo Heidrich
15–10–2018

sábado, outubro 13, 2018

Drogas e Armas


Não há meios de se diminuir a criminalidade apenas com prevenção. Seria análogo a achar que se combate uma grave enfermidade apenas com boa alimentação, mas especificamente em relação ao artigo Inútil Repressão de Luisa F. Schwartzman, assim como a simples legalização não quer dizer que qualquer um poderia vender drogas (no que concordo com a autora), a simples expansão da permissão da posse de armas (uma vez que ela já existe, mas é dificultada) não significa que qualquer um possa ter porte autorizado (que é o que defende Jair Messias Bolsonaro). Não há só dois mundos, um com armas proibidas e outro permitidas, na verdade nós temos diferentes legislações para sua posse e uso com diferentes resultados em diversos países (e estados dentro dos EUA, p.ex.). Apenas como exemplo ilustrativo, Israel é um país com mais armas em proporção do que os EUA e não há casos que caracterizam uma epidemia de massacres como neste. Claro que muitos objetarão que são realidades muito distintas, a começar por sua extensão territorial e tamanho populacional, o que não procede a meu ver, pois se trata de uma comparação evidentemente proporcional. Pode-se sim objetar que há muitos outros fatores que entram nesta contabilidade, como a diversidade populacional, especificamente, em relação ao seu grau de instrução, p.ex., mas isto não contradiz meu ponto, pelo contrário, o reforça. O reforça na medida em que há mais variáveis que funcionam como fatores de aumento ou redução da criminalidade.
Não aprecio simplismos e me parece, daí sim eu concordaria… Que soluções mágicas como “armas para todos” debelem a criminalidade, mas sinceramente, a segurança pública brasileira está tão desestruturada (em boa parte pela legislação penal vigente) que acho, sinceramente, que o direito de posse de armas é poder participar da loteria e lutar pela própria vida. E esta questão moral não é irrelevante.
Anselmo Heidrich
13 out. 18

sexta-feira, outubro 12, 2018

Feliz Apropriação Cultural


“Os cristãos não deveriam estar dizendo namaste porque os cristãos acreditam em apenas um deus, o Senhor.
“Os ateus não deveriam estar dizendo namaste porque os ateus não acreditam em deus algum.
“Ninguém que não acredita no deus dentro de si deveria estar dizendo namaste.
“Isso se aplica a todos os aspectos espirituais do yoga. Além de dizer namaste, os professores de yoga costumam falar de chakras, equilíbrio elementar e outros conceitos religiosos orientais.
“Se você não acredita nessas coisas, não aja como se acreditasse.
“Este é um exemplo fantástico de apropriação cultural. Não é uma apropriação cultural praticar yoga, mas é uma apropriação cultural minimizá-la em uma rotina de exercícios modernos e tocar uma oração religiosa no final que você nem acredita.”
Li isso neste artigo: Western Yoga is a Great Example of Cultural Appropriation by Megan E. Holstein https://medium.com/@meholstein/western-yoga-is-a-great-example-of-cultural-appropriation-5d2f721b18c0
E lembrei-me do tema apropriação cultural, que alguns anos atrás teve certa reverberação por ocasião de um absurdo, quando uma menina branca em Curitiba enfrentou a militância negra que a acusou de se apropriar de sua cultura porque estava usando um turbante africano. A guria, impressionada com o fato ainda divulgou sua análise no YouTube dizendo que copiou as negras por achá-las lindas, mas que as mesmas, no caso que a envolveu não viram por bem tal atitude.
Então, não é que esse negócio também foi importado? E quando a gente menos espera, sempre tem um idiota para lembrar que não fazemos de modo puro isso ou aquilo. Mas o que é puro nesse mundo felizmente alterado? Eu nunca liguei para saber que porra significava namaste, mas agora sei da pior forma: uma gringa fala como se fosse uma corrupção espiritual dizê-lo sem sentir o que significa. E o que significa? Isto:
“O deus em mim se curva ao deus em você.”
Cá entre nós, que bosta, hein?! Vai se f****! Se o cara quer só se esticar um pouco por que tem que crer nesta baboseira toda???
Tinha um carinha chamado Weber que vaticinou, séculos atrás que o mundo se desencantara. Ele falava da expansão da dominação racional-legal levada a cabo pelas burocracias e suas normas, em detrimento da dominação carismática e da tradicional. Verdade, mas isto nunca é completo. Quando mais evoluímos em planilhas, cronogramas e prognósticos, mais as pessoas buscam refúgios espirituais (ou muletas metafísicas). Como diz o vivente “deixa elas”. Sim, deixa, mas deixa também que quem queira praticar isso ou aquilo não seja obrigado a aceitar um pacote fechado como pacto com deus ou o diabo. Em nosso divertido mundo capitalista, o gostoso é circular entre prateleiras e escolher o que nos convém e usar até enjoar. Vivemos em um supermercado de ilusões que inclui a fé e se alguém acha que pode misturar os temperos para sua alma jantar com o deus cristão, um Buda ateu ou um ritual deslocado e anacrônico em uma sala cheia de gente riquinha com tempo e dinheiro sobrando, que se dane!
É simplesmente patético ver essa gentalha, gentalha, como dizia o saudoso Kiko se espremendo toda e vindo pra cima de nós cagar regra. Seguinte: faça a p**** da Yoga como bem entender e diga o que quiser sem acreditar, nem que seja pra ti se sentir bem. E é isto que importa no fim das contas, o deus a gente cria quando quiser.

Anselmo Heidrich
12 out. 18

Ah! Quase ia esquecendo, Feliz Dia das Crianças, pois como dizia outra doente, por trás de toda criança sempre tem uma figura oculta e essa figura oculta é o cachorro… Não, adianta, por mais que Manuela D’Ávila se esforce, ela não consegue se igualar a uma Dilma Rousseff.

quinta-feira, outubro 11, 2018

Porque o Avanço Conservador no Brasil não tem nada a ver com Fascismo


Foto Rodrigo Lôbo/Fotos Públicas
Como disse um amigo, “quem diria”, esse artigo do PSTU é muito bom. Mas, calma, independente das razões deles, da militância do partido (que é atacar o PT), ELES DEFINEM MUITO BEM O QUE É FASCISMO E O QUE É CONSERVADORISMO E LIBERALISMO separando-os.
Em uma passagem matadora do texto dizem que o fascismo se caracteriza pela oposição aos poderes constitucionais da ordem, como a polícia e a justiça, que é o contrário do que advoga o conservador e o fascismo é revolucionário, o que também é diferente do liberalismo, reformista. Ou seja, o movimento a direita no Brasil atual NÃO TEM NADA A VER COM FASCISMO.
Recomendo a leitura e melhor ainda porque se fosse de uma fonte de direita muitos opositores desdenhariam, mas é justamente uma análise de esquerdistas que aprenderam a ler.
Novamente, concordar com a análise não significa concordar com as intenções do analista.
§§§
Ainda sobre o fascismo, quando eu era um garoto de 18 anos na faculdade, logo procurei um grupo político para me integrar e que tivesse proximidade com a ideologia que eu mais simpatizava, o Anarquismo. Fui a dois encontros a noite, após as aulas nas dependências da própria universidade em espaço cedido(sic). Lá vi alguns punks idiotas, o que é um pleonasmo e alguns estudantes que realmente se preocupavam em formar sociedades alternativas, uns pós-hippies chamemos assim. Mas, dentro do grupo havia uma menina com muita predisposição para violência e não como todo adolescente bocó que fala da boca pra fora, mas se borra todo quando vê um cassetete levantado. A menina em questão segurava uma bebê no colo e queria fazer o seu Riocentro contra… Contra o quê? Contra a “democracia burguesa”, para “denunciar essa farsa”. Claro que não foi adiante porque ela era uma voz isolada em meio aos pacifistas, mas sempre tem gente assim em todos os grupos. Assim como “a oportunidade faz o ladrão”, a oportunidade de semear o terror faz o covarde. É comum termos em manifestações, aqueles mais atrás que jogam pedras na frente para atingir escudos e quem enfrenta são aqueles mais a frente que não tomaram esta atitude. São eles que apanham e não quem atacou. Lembra-se do vídeo mostrando o início do confronto em Eldorado dos Carajás, em 1996? A fumaça do tiro que veio dos sem-terra não foi na linha de frente, foi bem de trás Pode procurar pelo vídeo que comprovará o que digo. Por isso, terror e fascismo não são exclusividade de um espectro político.
Quanto às proximidades entre liberais e socialistas contra o conservadorismo depende… Em um livro famoso, Como Ser Um Conservador, Roger Scruton comenta momentos em que conservadores se aliaram aos socialistas porque eram contra certas pautas dos liberais. Como não li o livro, eu imagino que fosse em alguma política ou lei de liberação nos costumes. Fica a dica, mas o que importa aqui é que as semelhanças que tu levanta variam de acordo como o tema específico. Por isso é muito importante que quando usamos estas categorias políticas, Direita e Esquerda, para não soar anacrônico, nós saibamos a que se referem na sociedade que estamos nos referindo. Já sugeri, mas reforço aqui: https://youtu.be/Yhdgaj0QNgs.
Anselmo Heidrich
11 out. 18

quinta-feira, outubro 04, 2018

Militares e Skatistas

 faz um tempo vi uns garotos com uniforme da escola da polícia militar aqui de Florianópolis saindo de seu turno e rumando em direção ao ponto de ônibus. Nada me chamaria atenção, não fosse o fato de que um deles estava segurando um skate. Quando vi aquilo, algo arranhou no meu cérebro, como uma agulha no disco sujo. Parecia não combinar… Mas, ÊI! Que idiota! E por que não?! Isso, por quê? Por que diabos um garoto que estuda em uma das melhores escolas de Florianópolis não pode, em seu tempo livre, andar de skate? E cá entre nós, qual corôa não tem inveja de poder fazer aqueles malabarismos? Eu, pelo menos, tenho.
Daí me vi em um preconceito idiota, do qual muitos de nós nutre em relação aos chamados “lugares da sociedade”. E não é a toa que muitas vezes nos damos mal, justamente, por causa disto… “Ele parecia tão honesto, bem vestido(sic), não pensei que fosse assaltar” ou pior, “ele me tratou tão bem no início, achei que seríamos um casal feliz até que um dia me bateu e depois quando não quis transar com ele, me estuprou”. Quem já não ouviu uma história similar, talvez com menor grau de violência e agressividade, mas de alguém que se enganou porque se baseou numa imagem preconcebida, o que chamamos de estereótipo? E creiam-me, isto é o que mais tem. Lembro-me quando tinha cabelo comprido e barba e as catracas “eletrônicas” misteriosamente travavam para mim, mas depois com o cabelo curto e barba feita, até ganhava alguns olhares simpáticos. O que verdade seja dita, não me tornava menos rabugento.
Agora me lembrei de quando dava aula em um cursinho na cidade de Lorena, SP, no chamado Vale do Paraíba, cidade no caminho do Rio de Janeiro ao longo da Rodovia Presidente Dutra. Eu chegava na cidade domingo a noite para começar no dia seguinte, pela manhã e os proprietários do curso construíram um “puxadinho” ao lado da secretaria onde enfiaram uns beliches professores-itinerantes como eu dormirmos. Como o vigia trabalhava em mais de um emprego combinamos com ele de pularmos muro, não precisando mais acordá-lo. Eu fazia isto há meses até que um dia, um professor novo de matemática, cujo apelido era “Grego” porque gostava da matéria desde criança fez o mesmo só que daí, a polícia veio. Detalhe, ele era negro e devia ter seus 1,90m. Não tenho como provar, mas tá na cara que o critério utilizado por quem o viu pular e acionou a polícia foi algo que me eximia de culpa previamente tendo feito a mesma coisa que era pular o muro. Essas relações ainda são marcadas no Brasil por imagens que as pessoas têm de raça, religião, sexo etc. e reconhecer isto não me torna um “esquerdista”, assim como desdenhar disto não me torna um “direitista”, apenas um ignorante.
Quando conversamos sobre o que as pessoas esperam das outras, a melhor e mais óbvia forma é conhecer o trabalho delas, isto é, não por suas palavras, afinal, como diz o Dr. House “todo mundo mente”, consciente ou inconscientemente. Observar o trabalho dos outros é analisar como agem e isto para mim já diz muito sobre como deveríamos ver o trabalho das escolas militares, não pelo que imaginamos de seu ensino, mas pelos seus resultados. Resultados estes não só nas notas ou aprovações de seus alunos em cursos superiores, mas a própria conduta desses jovens, muitos dos quais não seguirão carreiras militares, mas se tornam já durante seus períodos de estudo, cidadãos melhores.
O mais importante nisto tudo é ter opções e para as periferias urbanas coalhadas de agentes da violência, este tipo de escola lhes oferece algo escasso, o senso de disciplina e responsabilidade. Se o sujeito não se adaptar, achar “opressivo” ou algo do gênero é simples: basta sair e escolher outro tipo de escola. Mas o que não se pode é eliminar a chance de oferecer isto a quem mais precisa, simplesmente porque se nutre um preconceito tolo.
Mas nosso país está pleno de gente ignorante em cargos-chave. Não sei se o Brasil é mais prejudicado pelos bandidos ou pelos burros. Só para ilustrar o que digo, eu vi a Marina dizer que quer criar uma bolsa, para aqueles estudantes beneficiários do Bolsa-Família, ou seja, que já são beneficiados por uma bolsa para NÃO ABANDONAREM A ESCOLA! Ela está partindo da premissa que o sujeito abandona para ir trabalhar! Nada mais falso! Abandona de vagabundo mesmo, pelo fato de ganhar tudo sem fazer nenhum esforço! A escola pública já é, por si só uma bolsa de estudos, será que não se tocou?! Essa mulher, que ainda bem despenca nas pesquisas é o tipo de político sem pés na realidade que inventa moda e acaba por incentivar a perda moral.
Já li muitas das propostas dos presidenciáveis para a Educação e, sinceramente, não é com ensino integral, sala de informática, métodos inovadores, crédito para educação (que só beneficiam poucos que já cumpriram o ensino básico) ou outra coisa que irão revolucionar a educação brasileira, mas sim com português e matemática e DISCIPLINA para conseguir passar aqueles conteúdos básicos, básicos, básicos. Depois disto é que virão outras medidas, aliás, bem vindas. Enquanto políticos de carreira prometem algo que erra o alvo do PRINCIPAL PROBLEMA, um procurador de Mato Grosso do Sul criou uma das leis mais realistas do país, a chamada Lei Harfouche que penaliza delinquentes com medidas alternativas, mas que não os deixa sob o manto hipócrita da impunidade. E lamento muito seu desconhecimento até mesmo por aliados, cujo fogo deveria ser lançado contra aqueles que atentam contra os contratos sociais como pela necessidade de respeito em sala de aula. Mesmo economistas liberais, famosos, professores do Insper, coisa e tal que se metem a falar de educação ignoram, SOLENEMENTE, este aspecto. Eu sei, com conhecimento de causa porque já os indaguei sobre isto e tudo que vi foi descaso, desdém e ignorância sem vontade de conhecer, tipo “como eu não sei nada sobre isso prefiro ignorar”. Então, meu caro, vá, vá com deus para o teu inferno.
É isso meus caros, então a escola militar hoje em dia, nada mais é do que aquela velha escola pública que eu, décadas atrás tive, com um mínimo de regras observadas que permitia a execução da aula pelo professor. E o jeito que é hoje em dia, que tipo de professor sobrevive e se dá bem? O VAGABUNDO, aquele adorado no início e detestado depois porque permite tudo e não ensina NADA. É contra isso que me insurjo, essa auto-enganação que vivemos no país, de que tudo se dá um jeitinho e as reformas simples e necessárias, cujas medidas não são difíceis de entender, são adiadas.
Em algum ponto da história, nós civis perdemos o rumo. Precisamos reaprender como se faz e nada melhor do que ter humildade e perguntar COMO para quem sabe fazer.
Anselmo Heidrich
04–10–2018