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sábado, janeiro 16, 2016

Quando um ancap fala sobre federalismo


O problema deste artigo, cujo tema é importante e me é caro, o Federalismo são as conclusões e premissas simplistas. P.ex., “todo país menor é melhor a princípio, pois é mais fácil que seus cidadãos controlem seus governos”... Ahã, como o Butão? Como Uganda? Como a Nicarágua? "Ah! Mas os microestados ou cidades-estado são sim..." Bem, se te referes a um fenômeno exclusivamente europeu até pode ser, mas qual o peso da União Europeia aí, ao menos nas condições de segurança nacional desses territórios? Pois sem isto, provavelmente tais países nunca existiriam. Ou seja, no amontoado de "ses" que o artigo utiliza, nas quais as condições seriam melhores se, se e se, o que mais salta aos olhos é a simples ignorância da realidade. Outro ponto é o forte maniqueísmo que há ao considerar qualquer revolta ou revolução contra o estado como sendo uma revolta ou revolução contra o estado, fundamentalmente. Movimentos messiânicos como o do Contestado tiveram força local por que eram contra a união nacional ou por que partilhavam uma ideia religiosa contra algo que não expressasse esta cosmovisão? Há uma mistificação neste e outros pontos, como o fato de que a luta contra uma unidade política maior - o estado brasileiro - significasse uma luta pela liberdade. A constituição proposta pelos revolucionários farroupilhas, p.ex., mantinha a "liberdade de manter escravos". É o mesmo argumento que defender os confederados americanos na guerra de secessão americana contra o “norte yankee opressor”, sem se dar conta que o que menos contava para os sulistas era a liberdade individual para todos os indivíduos porque nem todos eram considerados como tais. E embora eu ainda não tenha lido o artigo referenciado de Gary North, cabe perguntar a quantas anda a tributação britânica nos dias atuais, já que o artigo de Fernando Chioccha diz que:
 "a Revolução Americana que separou os Estados Unidos da Grã Bretanha prejudicou em muito a liberdade, pois quando os EUA eram parte do império, recaia sobre os colonos um imposto de apenas 1% e eles gozavam de um dos ambientes de maior liberdade do mundo.  Porém, já no eclodir da Revolução, os revolucionários inflacionaram a moeda, impuseram um controle de preços e, após a Revolução, a carga tributária havia triplicado — e nunca mais parou de subir."

Ora, então todos os colonos foram manipulados por se revoltarem contra a tentativa de elevação dos tributos imposta pelo império britânico e se eles permanecessem como súditos, ainda hoje estariam pagando apenas 1%? Sério que Chiocca acreditaria nisto? 

Bem, eu recomendo o texto, mais para saber como funciona o cacoete intelectual de um anarco-capitalista do que sobre o federalismo propriamente dito:

Independência de Brasília ou morte http://rothbardbrasil.com/independencia-de-brasilia-ou-morte/



E não podemos esquecer um dos melhores exemplos do século XX sobre como a secessão não é sinônimo por si só de um desenvolvimento político, econômico ou cultural.
Imagem: http://espanol.mapsofworld.com/continentes/africa/somalia/
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sábado, maio 12, 2012

Tema federativo no Brasil / Federal issue in Brazil

Assim como na Europa, a grande questão é a política monetária e os cortes nos orçamentos, um dos principais temas brasileiros deveria ser o pacto federativo. Na ausência de um debate explícito nesse sentido por parte do governo brasileiro, o mínimo que deveríamos fazer é divulgar textos como o que segue como se fossem verdadeiros alertas:
Dag Vulpi: Fernando Bezerra e as Bases Geopoliticas do Presid...: Fernando Bezerra - Ministro da Integração Nacional    fonte imagem: Google Por: José Roberto Bonifácio* Examinando o caso do ministro d...

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

A abulia européia e o remédio inócuo

O especialista em estratégia diz, em ótima entrevista: “A Europa está abúlica, perdeu o ímpeto de empreender e de exercer o poder político” | Ricardo Setti - VEJA.com
Mas, eu discordo desta verve integradora do texto. Acho que uma associação como o NAFTA ou a APEC já seria de bom tamanho para a Europa, coisa que já tiveram aliás. Mais do que isto necessitaria de "ajustes históricos" que implicariam na supressão de nacionalidades. Não tem como equiparar com os EUA que são uma federação ou com uma Alemanha, que era foi um país dividido, mas um país. Imagine... Desde quando dinamarqueses irão tolerar as touradas espanholas? Agora mesmo os escoceses não estão querendo (novamente) se separar do Reino Unido? Então sigo o velho o ditado "o ótimo é inimigo do bom" ou como meu irmão, engenheiro, portanto mais preciso e prático diz "o ideal é inimigo do bom". Não dá para tentar levar ao pé da letra a palavra integração, que daí não rola nada mesmo. Quanto ao desequilíbrio etário e a vadiagem européia, eu estou de pleno acordo.
Enfim, não dá é para imaginar remédios irreais para uma situação que urge soluções práticas.

sexta-feira, agosto 05, 2011

Todo mundo, vírgula


É sempre a mesma história, discurso populista para dar e vender, mas a contabilidade nunca é passada às claras. Se a criação de estados é democrática, segue princípios federalistas, ela deve, no mínimo, demonstrar como pretende sustentar isto. Como se propõe a divisão interna do território nacional, sendo que parte dos recursos dos outros estados serão, necessariamente, por força constitucional transferidos para os novos estados sem que se convoque um plebiscito para isto?