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sábado, agosto 31, 2019

Porque Bush deveria ensinar Trump e Bolsonaro a combater incêndios florestais


George Walker Bush 10
VS.
Jair Messias Bolsonaro + Donald John Trump 0
Por quê?
Vamos aos exemplos, nada melhor do que os exemplos:
Em agosto de 2018 a Califórnia ardeu em incêndios e o presidente Trump culpou a legislação ambiental por obrigar a desviar águas do estado para o Oceano Pacífico.* Até faria sentido, se fosse o caso… Na verdade, a utilização das águas serve a vários setores no estado californiano, inclusive como reserva para áreas naturais estratégicas e, em último caso, o que sobra é desviado para o oceano (verificar link da matéria citada na nota abaixo). Por fim, como “bom político” que é ignorou o que disse após ser corrigido e insistiu culpando o governador da Califórnia, Jerry Brown por desviar águas para o Pacífico. Ou seja, Trump é do tipo que pego no flagra continua negando até o fim, simplesmente negando e caluniando os demais.
Quando pensamos no “Trump brasileiro”, como gosta de se auto-denominar Bolsonaro, dá até para desconfiar que haja um assessor comum para ambos.
* Veja aqui a série de bobagens tuitadas sobre os incêndios florestais pelo presidente Trump: Tuíte de Trump sobre incêndio mortal na Califórnia “incendeia” internet https://exame.abril.com.br/mundo/tuite-de-trump-sobre-incendio-mortal-na-california-incendeia-internet/ via Exame
Bolsonaro, como sabemos, cogitou que ONGs pudessem ter ateado fogo na Amazonia e tudo que se sabe até o momento foi que, aliado ao período normal de seca para a região, produtores locais combinaram de provocar incêndios. Ao que um dos mandantes já foi preso sob esta acusação,* sem quaisquer envolvimentos com ONGs como foi sugerido pelo Presidente.**
* Suspeito de provocar incêndios em áreas de floresta, no Pará, é preso | Jornal Nacional | G1 https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/08/29/suspeito-de-provocar-incendios-em-areas-de-floresta-no-para-e-preso.ghtml .
** Homem preso por incêndio no Amazonas não foi pago por ONGs ou movimentos sociais https://aosfatos.org/noticias/homem-preso-por-incendio-no-amazonas-nao-foi-pago-por-ongs-ou-movimentos-sociais/ #factchecking
Mas nós teríamos algum líder mundial que seja uma referência no tratamento a esta questão? Temos sim, ou melhor, tivemos e ele se chama George W. Bush, presidente dos Estados Unidos entre 2001 e 2009. Em eu escrevi o seguinte artigo para o site Mídia Sem Máscara:

Bushfire

por Anselmo Heidrich em 24 de janeiro de 2004
Resumo: Já faz algum tempo a notícia soava como escândalo, Bush quer cortar árvores para impedir incêndios e uma chuva de spams, mais tentando incendiar do que apagar a proposta do presidente americano se disseminou pela web.
© 2004 MidiaSemMascara
Já faz algum tempo a notícia soava como escândalo, Bush quer cortar árvores para impedir incêndios e uma chuva de spams, mais tentando incendiar do que apagar a proposta do presidente americano se disseminou pela web. Ironias dos internautas como mais uma “solução genial de Bush”, associadas às contumazes “falhas” e “lapsos” de jornalistas eram algumas gotas no oceano de calúnias que se tornou comum em torno do nome de Bush.
Enquanto nossos jornalistas tupiniquins entendem que “podar” pode significar o mesmo que “cortar” árvores, para a engenharia florestal não é bem assim. Há uma sensível diferença entre cortar totalmente a árvore impedindo que ela cresça e poda-la nos galhos impedindo que um incêndio se alastre pela mata. Mas como se diz por aí, uma calúnia é como a cinza jogada ao vento que ninguém consegue agarrar:
“O presidente americano, George W. Bush, defendeu nesta segunda-feira seu plano de cortar árvores de florestas nativas (…)” e “nós devemos podar nossas florestas”
(AFP/notícias UOL, 11/08/2003).
Mas como o ambientalismo é cheio de contradições, não me surpreendeu quando lia Ecologia do Medo de Mike Davis, um professor de teoria urbana californiano e, claramente ligado aos movimentos da esquerda americana. O livro é basicamente uma crítica à especulação imobiliária da Califórnia Meridional, mas não deixa de ser coerente quanto à pesquisa factual. Independente das conclusões que Davis possa tirar, isto não me impede de utilizar seus próprios dados que, justamente, pela sua afiliação ideológica, me deixam a vontade para usa-los, ou seja, usar o veneno da esquerda contra ela própria.
Por que é importante ter um plano de manejo ambiental como proposto por Bush? Acho que os dados abaixo, levantados por Davis, falam por si:
TEMPESTADES DE FOGO EM MALIBU, 1930–96
Ano e mês Localidade Hectares Residências Mortes
1930, outubro Potrero 6.000
1935, outubro Latigo/Sherwood 11.554
1938, novembro Topanga 6.700 351
1943, novembro Woodland Hills 6.200
1949, outubro Susana 7.710
1955, novembro Ventu 5.106
1956, dezembro Sherwood/Newton 15.165 120 1
1958, dezembro Liberty 7.215 107
1970, setembro Wright 12.500 403 10
1978, outubro Kanan/Dume 10.100 230 2
1982, outubro Dayton Canyon 22.000 74
1993, novembro Calabasas/Malibu 7.500 350 3
1996, outubro Monte Nido 6.000 2
Total 1636 16
Mais pequenos incêndios aprox. 2.000
[Fonte: Registros do Los Angdes Fire Department.]
Tais dados poderiam ser negados por quem quer que seja como trágicos? Isto significa encampar a tese da destruição completa das florestas para manutenção das habitações? Não, pois não é disto que se trata, mas da simples poda das árvores embasada em técnicas de engenharia florestal para evitar desgraças humanas e compatibilizar um equilíbrio entre sociedade e ambiente.
Pode se observar nas fotos de satélite da NASA os últimos incêndios californianos em novembro passado:
http://visibleearth.nasa.gov/data/ev261/ev26153_California.A2003331.1840.721.500m.jpg

Mas se os socialistas travestidos de ambientalistas são tão bons para criticar as propostas republicanas de manejo ambiental, o que proporiam a isto?
http://visibleearth.nasa.gov/data/ev259/ev25950_Peru2.A2003244.1815.1km.jpg

Os focos em vermelho correspondem aos incêndios na fronteira amazônica entre Brasil e Peru de setembro passado que são bem, mas bem mais intensos que os fogos norte-americanos.
A origem desses fogos é a mesma que provocou o mega-incêndio de 1998. À época, nossa “sensata imprensa” noticiou que uma área equivalente à Bélgica, baseando-se em imagens de satélite que retratavam a fumaça. Se, é verdade o dito popular que “onde há fumaça há fogo”, não é verdade no entanto, que a extensão do fogo é a da própria fumaça. A área queimada na Amazônia brasileira foi enorme sim, mas não do “tamanho da Bélgica” e sim equivalente à área urbana da cidade de São Paulo. Também não foi verdade que este mega-incêndio ocorreu em área florestal, mas em savanas[1], o cerrado de Roraima (llaños, como são conhecidos na vizinha Venezuela), tendo se expandido para as matas posteriormente.
Os ambientes mediterrâneo do sudoeste americano e superúmido da alta floresta amazônica são muito distintos, necessitando de manejos distintos — a poda não seria possível em nosso caso. Mas o que se vê é uma falta generalizada de informação, pressa na apresentação dos fatos e dados e um “molho crítico” de um esquerdismo que beira a infantilidade. Se Bush propõe uma solução passível de crítica por técnicos e especialistas do setor, não se quer saber, pois ele pode levar algum crédito com isto. Se no Brasil, malgrado ano de El Niño, fenômeno climático que provoca anomalias climáticas globais, muito difundido e pouco entendido, coincide com a estação das queimadas, a culpa é totalmente do governo que não faz nada. Ou seja, a população local com suas técnicas arcaicas, num passe de mágica, é totalmente isenta de sua responsabilidade. E se as ONGs ambientalistas, líderes europeus, a própria ONU sugerem que a própria Amazônia brasileira (e dos países vizinhos) deva ser administrada por uma comissão internacional, nada parece indignar nossa incauta imprensa ávida pelo antiamericanismo que ajuda a engrossar._
O que nossos militantes cegos pelo ódio aos EEUU lembram? De uma mentira amplamente divulgada na internet, um conhecido hoax que volta e meia retorna, de um suposto livro de geografia escrito para o ensino médio nos EEUU que defende a Amazônia como área de controle internacional sob um projeto da ONU[2].
As queimadas (“coivara”) consistem numa ancestral e tradicional técnica indígena herdada pelos colonos pobres de preparar a terra para o plantio, inclusive de pastagens que devastam a biomassa. Não se trata de “grande capital” ou de “descaso da civilização capitalista”, mas de falta de adequação às técnicas de produção modernas e hipocrisia ambientalista que sustenta a exploração ambiental em moldes ultrapassados.
Talvez Bush tivesse alguma boa idéia para nós já que os próprios ambientalistas se perdem em informações falsas e análises tendenciosamente espúrias.
Links possivelmente “quebrados”:
Imagem de destaque: “fogos na Amazônia em agosto de 2019” (fonte):https://en.m.wikipedia.org/wiki/File:Amazon_fire_satellite_image.png

quinta-feira, agosto 22, 2019

O que se espera que o governo faça quanto a Amazônia

O que se espera de um governo em um momento de crise?
Um plano de contigenciamento, de socorro e um preventivo. O caso dos fogos da Amazônia, particularmente em Rondônia tem servido para uma coisa: mostrar a total incompetência e inabilidade deste governo federal.
Antes que me acusem de “petista” deixe-me dizer, os governos petistas mantiveram médias de incêndios maiores do que em 2019 (Bolsonaro), ligeiramente maiores, mas maiores. Então o problema vem de longa data e a incompetência não é exclusividade deste ou daquele partido, desta ou daquela liderança, da “direita” ou da “esquerda”, ela é institucional.
Há uma farta, eu disse farta literatura sobre desenvolvimento sustentável e não me venha com essa de “papo de ecochato”, “ambientalista melancia” (verde por fora e vermelho por dentro), apenas ouse entender, deixe de ser ignorante e se debruce em cima do material científico que realmente existe.
Propostas de como capitalizar pequenas comunidades inserindo-as no mercado para lucrar mantendo uma produção não predatória que vai das bases de Amartya Sen até técnicas de produção que unem conceitos agronômicos e ecológicos.
A biomassa da floresta equatorial é rica em compostos que podem ser aproveitados pela indústria farmacológica, de cosméticos à medicamentos. Frutas podem ser comercializadas em cadeias produtivas para atender os mercados das cidades brasileiras ou do exterior através de vias fluviais e sistema portuário, tudo bem alinhavado com suporte de marketing, promoção via relatórios e press releases de agências não governamentais, incluindo a própria ONU, documentários etc. Mas, não, o que prefere nosso governo de estúpidos?
O que prefere? Acusar ONGs de atear fogo na mata, o que não é impossível, mas qual animal pode acusar sem provas e deixar por isso mesmo pondo a cabeça debaixo da areia? Qual?
Estes exemplos que dei não tem nada a ver com um suposto “retorno à natureza intocada”, nada, até porque esses métodos de “limpeza do terreno” para o plantio são herança indígena – a coivara – e não há nada de eficaz neles para se manter a produtividade que queremos. Mas endossar o desflorestamento para introdução de pastagens para pecuária extensiva é mais uma garantia de ampliar a propriedade (via usucapião) do que propriamente de produção lucrativa. Já houve tempo em que o Brasil tinha mais cabeças de gado bovino do que população humana e aqui ninguém come um boi por ano.
Então, há mais desconhecimento e irregularidades no meio amazônico que em outras regiões brasileiras. Ora, se aqui mesmo na Ilha de Santa Catarina há muita irregularidade na obtenção de terrenos (por meio de posse) com “contratos de gaveta” imaginem nesses grotões do interior do Brasil.
Agora, é uma tosquice que enche o saco ver gente se aproveitando de um problema para disseminar sua agenda política e nada mais: a esquerda dizendo que “este governo está promovendo a destruição da floresta”, ajudada por um inábil ministro do meio ambiente que não sabe propor nada sobre a pasta que comanda e a direita simplesmente acusando a esquerda de fazer drama ridicularizando-a porque uma moça tatuou uma girafa no rosto onde escreveu “pray for the Amazon”.
A primeira medida que gente séria deveria adotar é:
1) conhecer os fatos;
2) propor soluções de curto prazo;
3) planejar medidas de longo prazo.*
No mínimo.
Depois se critica o que o idiota do Boulos disse, o que a Gleisi comentou, o que fulaninho ou sicraninha disseram.
Ficar nesta bola dividida de “antes foi pior” ou “agora é que é o caos” não mostra nada além de picaretagem explícita de ambos os lados.
Pelo menos eu ficaria feliz se soubesse que esta crise prejudicaria estes dois pólos de extremistas inúteis, mas não, apenas quem tiver o melhor esquema de marketing sobreviverá espalhando sua deturpação mais emotiva.
E la nave va.
Anselmo Heidrich

*Tenho algumas sugestões que vão além da “economia verde” para a região. Na sequência…🙃

segunda-feira, agosto 29, 2016

A internacionalização da Amazônia e a credulidade dos idiotas

A página fake de um livro inexistente conseguiu ser citada pela SBPC como verídica. 
Isso é ser cientista no Brasil?

"A imagem de um suposto livro didático norte-americano com a floresta amazônica sendo tratada como parte do território americano é provavelmente uma das maiores lendas urbanas da internet brasileira. Sua origem é de um site criado em 1999 por um grupo de militares nacionalistas da reserva. A narrativa é perfeita. Em uma época onde o “Fora FMI” e o “Fora Alca” eram as palavras de ordem da vez, a corrente repassada por e-mail era a prova definitiva das intenções imperialistas americanas. Estava ali, para quem quisesse ver. A corrente de e-mail repercutiu. Grandes jornais divulgaram como se fosse verdade. O Congresso brasileiro decidiu pedir explicações do embaixador americano, enquanto professores universitários em todo o país inflamavam seus alunos contra o imperialismo daqueles que se acham “donos do mundo”. Na prática, a imagem repleta de erros básicos de inglês é apenas mais um dos tantos mitos que baseiam boa parte do que acreditamos saber sobre os Estados Unidos. A ideia parece tentadora – encontrar um “bode expiatório” que alivie nossa barra, nos mostre que não temos tanta responsabilidade assim sobre nossos problemas e que, na realidade, somos vítimas de uma grande conspiração que nos impede de sermos uma nação próspera e livre. Nas universidades e em muitos outros cantos país afora, o anti-americanismo sobrevive e prospera com base neste princípio." 
Mais em: 7 mitos que você sempre acreditou sobre os Estados Unidos
http://spotniks.com/7-mitos-que-voce-sempre-acreditou-sobre-os-estados-unidos/
via @spotniks

Quanto à suposta página do livro didático americano, quando ouvi esse boato pela primeira vez, sempre vinha acompanhado de um sintomático "conheço alguém que viu" sendo que o relato nunca era feito na primeira pessoa. Daí, os terceiros contavam com credulidade a partir de pessoas de sua confiança. Ingenuidade? Sim, mas mais do que isto: medo. Agora, antes de irmos aos fatos basta um pequeno exercício lógico: como uma operação de tal monta, para subtrair uma imensa área e de valor inestimável seria (atentem) exposta publicamente e de forma tão não precavida em um livro didático?! A explicação conspiracionista: "para incutir no jovem americano a justificativa de porque tinham que aceitar e agir (caso convocados para alistamento) a lutar pela Amazônia e contra o Brasil". Pronto! A perfeita explicação, cujos fins justificam os meios estava produzida. Em segundo lugar bastaria ler a própria página que teve ampla circulação na internet (à época através de e-mails) para perceber, sem muita desenvoltura no idioma inglês que ela foi escrita por alguém do nível do personagem de João Santana com seu "embromation". Aqui vocês poderão ver com mais propriedade e aproveitar para dar umas boas risadas com esse libelo fake que angariou muitos crentes nacionalistas-protecionistas que uniram-se aos esquerdistas órfãos do velho comunismo leninista terceiro-mundista que, infelizmente, ainda infectam nossas universidades: http://www.quatrocantos.com/lendas/54_amazonia_finraf.htm. Agora, de tudo isto, o que mais me deixou abismado foi ver colegas meus (professores de geografia) repetirem esse amontoado de asneiras para seus alunos, assim como uma nota em encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ou seja lá o que se entenda por "ciência" no Brasil. E ainda tem energúmeno que diz não haver doutrinação esquerdista nas escolas brasileiras...

Só uma dúvida, página criada por militares da reserva? Eu li que foi feita por um estudante da Unicamp, o que me pareceu mais plausível. O que acham? Afinal, este tipo de coisa tem cara daquela universidade...
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http://inter-ceptor.blogspot.com/
Fas est et ab hoste doceri – Ovídio

Se concorda, compartilhe.    

sexta-feira, setembro 20, 2013

Botos na Amazônia e propriedade

O golfinho fluvial conhecido como "boto cor de rosa", "boto branco" etc. (Inia geoffrensis).
Imagem: janelaselvagem.wordpress.com
Obrigado por assinar minha petição: CRIME AMBIENTAL - SALVEM OS BÔTOS DA AMAZÔNIA - PAREM COM A MATANÇA. (assine a petição)!
Toda pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor, separe um minuto paracompartilhar este link com todos que você conhece:
http://www.avaaz.org/po/petition/PAREM_COM_A_MATANCA_DE_BOTOS_NA_AMAZONIA/?tAkeafb
Vamos fazer a mudança juntos,

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Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:

CRIME AMBIENTAL - SALVEM OS BÔTOS DA AMAZÔNIA - PAREM COM A MATANÇA. (assine a petição)
O RIO TINTO DE SANGUE
O Brasil está encontrando seu destino e os botos da amazonia também. ESTÃO SENDO ANIQUILADOS..
Pescadores e ribeirinhos da Amazônia estão promovendo uma matança de Botos Tucuxi e Botos Cor de Rosa. Um verdadeiro massacre..
A Carne do Boto é usada pra pesca do peixe Piracatinga que tambem é conhecido como o "carniceiro do Rio".
A Piracatinga é processado nos frigorificos e embalado com o nome pomposo de "Filé de Douradinha". qué é exportado e também é vendido para os principais supermercados brasileiros.

http://www.avaaz.org/po/petition/PAREM_COM_A_MATANCA_DE_BOTOS_NA_AMAZONIA/?tAkeafb
Enviado pela Avaaz em nome da petição de (...)

Uma espécie pode ser vista como um "bem público", juridicamente falando e isto tem uma razão de ser: uma vez que seja consumida ou totalmente eliminada, o ecossistema como um todo pode padecer ou impor grandes dificuldades à sua capacidade de resiliência. Métodos de produção mais modernos, que preservem a propriedade privada ao lado da pública devem ser promovidos, como a criação de espécies para consumo em "fazendas aquáticas" (aquicultura). O outro ponto de consenso é que a prática de matar para comer pode ser moral, mas o método brutal para se obter carne, mesmo como isca não se justifica. Não é só desumano, como se devêssemos nos importar com a moral somente para nós, mas é imoral segundo uma perspectiva de como devemos proceder em relação aos animais, sejam domésticos ou os utilizados como recursos naturais. O ponto chave desta discussão para mim é como a propriedade privada - o empreendimento da pesca - deve conviver ao lado da propriedade pública - os botos em seu habitat - que, no caso citado, evidentemente não convivem bem.

sábado, março 17, 2012

O açaí ganhou o mundo, mas é pouco

‎"O açaí é de importância incalculável para a região amazônica em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, tornando-se impossível, nas condições atuais de produção e mercado, a obtenção de dados exatos sobre sua comercialização. A falta de controle nas vendas, bem como a inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida apoia-se pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta, também impedem a constituição de números exatos." 
E devido a esta desorganização se sentem no direito de proibir a comercialização do nome por estrangeiros. Patético. 
A fruta ganhou o mundo? E os sucos, extratos, doces e marcas que poderiam ser comercializados, caso a propriedade fosse respeitada? Podemos mais, muito mais que a mera exportação da commodity, se tivéssemos segurança institucional. 

segunda-feira, dezembro 19, 2011

"Protecionismo Científico"


Se há uma coisa incompreensível sobre todo este "auê" em torno do ambiente natural é como certas pessoas, entidades ou seja lá o que for que se dizem compromissadas podem ser contra a pesquisa. Notadamente, tal ocorre por que o "discurso verde" acabou ocupando o lugar de órfãos socialistas. Então, nada mais conveniente que se posicionar contra o "capital estrangeiro", mesmo que esse capital seja antes de tudo cultural. 

domingo, novembro 20, 2011

Calúnia sobre Belo Monte - 2


Na entrevista Belo Monte, nosso dinheiro e o bigode do Sarney, a impressão que fica é que deve ser bem cômodo ficar do lado de fora criticando, como esse professor faz. Quero entender se o que ele critica é a falta de transparência do setor ou a necessidade de construção daquela usina ou ambas as coisas? Porque, ao menos para mim, é só mais uma hidroelétrica, embora grande, gigante. E como tal, não vejo como a região Amazônica e mais outras áreas do Brasil possam prescindir da mesma. O que acho que deve ser apontado é se, dentro das normas ambientais vigentes, a sua implantação foge a regra deixando buracos no processo, como a compensação ambiental ou mitigação necessárias. 

segunda-feira, agosto 22, 2011

Belo monte de besteiras


Observe:

"(...) além da retirada das populações tradicionais, há a questão dos efeitos que a chegada de milhares de trabalhadores poderá gerar na região."
Manifestantes se reúnem em frente ao Congresso Nacional para protestar contra Belo Monte | Portal EcoDebate

Não é contraditório? Como chegarão "milhares" se os autóctones serão retirados? Só se o historiador em questão estiver se referindo às áreas diferentes, mas daí sua crítica não procede, pois estaríamos falando de fatos relacionados, mas que não correspondem ao mesmo local específico.


"Para ele, o empreendimento 'não é vantajoso' para o país, porque destrói o meio ambiente, elimina recursos naturais, dos quais não se sabe o 'potencial bioquímico' para a fabricação de fármacos, e dizima a cultura 'ancestral' de povos da floresta. Apesar dos riscos, o historiador diz que a sociedade brasileira ainda não tomou conhecimento do impacto que a obra causará. 'É uma luta bem difícil', admite."

http://www.socioambiental.org/esp/bm/hist.asp
Sabe por que é "uma luta difícil"? Porque é totalmente irracional. Em primeiro lugar, os recursos naturais não estariam sendo destruídos com a construção de Belo Monte, eles estariam justamente sendo aproveitados para gerar energia; em segundo, o potencial bioquímico também precisa de geração de energia para seu aproveitamento e, neste caso, nada melhor do que a hidroelétrica em substituição à térmica tradicional, emissora de gases estufa; em terceiro, as culturas ancestrais têm uma escala de aproveitamento bastante limitada em seu aproveitamento deste potencial. É preciso economia de escala para democratizar esses recursos ao povo brasileiro e ao mundo. Daí sim, com projetos integrados é que preservação e desenvolvimento têm potencial de andar juntos.
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domingo, julho 03, 2011

National Geographic Brasil entrevista Bertha Becker


Até que enfim alguém que diz algo sensato sobre aquela imensidão! Sem me alongar demais, muito do que esta senhora diz, nós concordamos com certeza. Além do que já achava óbvio -- a necessidade de mega-investimentos na Amazônia e o foco na tecnologia de ponta para geração de empregos ao invés daquele negócio de ficar apostando em culturas de subsistência --, ela chama atenção para algo que me passou desapercebido, a necessidade de uma boa estrutura administrativa e comercial com base nos pequenos e médios municípios. Isto não deve ser estranho para aqueles que labutam com a economia, mas justamente por teorizarmos tanto sobre temas distantes que envolvem a relação cultura-natureza, este dado costuma escapar. Recomento pois sua leitura, bastante elucidativa:


Amazônia - Revista National Geographic Brasil
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sábado, julho 02, 2011

Sustentabilidade do "verde" em Rondônia


Sem comentários...





Segundo documentos e escutas telefônicas obtidos pela reportagem, para ter a anuência das usinas para conseguir os contratos da VP, a Susfor teria que resolver alguns problemas das empreiteiras, um deles era a CPI das Usinas, que poderia atrapalhar o cronograma das obras caso fizesse revelações comprometedoras. A Susfor prometeu repassar ao presidente da CPI, o deputado Tiziu Jidalias, a quantia de um milhão de reais, para que o relatório final da CPI fosse amenizado. O dinheiro seria justificado com um contrato falso que simula, por parte da Susfor, a aquisição de um projeto de manejo florestal do deputado Tiziu Jidalias. O grupo Susfor, por meio da sua subsidiária brasileira UTR, deu a Tiziu quatro cheques no valor de R$ 250.000,00 cada um.
(...)
Preocupado com uma forma de justificar o recebimento daquela dinheirama toda, Tiziu teria feito um contrato de venda de um plano de manejo com o grupo Susfor, mas este plano de manejo nunca existiu de fato. Ele teria inclusive pago os impostos decorrente da falsa operação, mas segundo fontes ligadas ao deputado na época, o dinheiro foi parar na campanha ao governo do Estado de Rondônia. Dinheiro que veio da China e irrigou a campanha eleitoral, com as bênçãos das usinas de Santo Antonio e de Jirau.
(...)
Leia mais em : Eco Amazônia :

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