quinta-feira, maio 24, 2018

João Amoedo no Roda Viva

Imagem: twitter.com/joaoamoedonovo/

Vamos direto ao ponto: João Amoedo foi bem no programa. O programa é que foi mal. Como ficou claro, PARA QUEM VIU, houve uma confusão de perguntas, algumas prolixas e com entrevistadores se atropelando nas palavras. Dentro deste quadro fiquei impressionado com o foco que teve o candidato. Às vezes tive a impressão de que a sobrecarga de perguntas o favoreceria, deixando as mais espinhosas para trás e não, lá estava o engenheiro com seu foco característico retomando as questões a ele proferidas antes de passar a outra questão. Então eu acho totalmente descabida a acusação de que os entrevistadores arrasaram com ele. Agora, quem esperava um político com cara de manifestante ou revolucionário berrando em cima do palanque, João Amoedo não é (e nunca foi) “o cara”. Eu acredito que é necessário imprimir paixão no discurso porque a conexão que se faz com massas não é de todo racional. Aliás, me corrijo: a conexão que se faz com as pessoas de modo geral não é de todo racional.Que o digam os marqueteiros e psicólogos que sabem muito bem disto… Mas analisando por outro lado, tudo que tivemos no Brasil foram discursos irracionais, sem base técnica, sem análise de dados, sem proposição de programas exequíveis e explicação de como e quão exequíveis são. E agora que temos um candidato que foge por completo ao estereótipo do populismo, a crítica é porque ele é insosso, que disputa o título de “picolé de chuchu” com Geraldo Alckmin etc. Está mais do que na hora de termos racionalidade e conteúdo nas propostas.
Outra crítica que circulou nas redes foi um “fogo amigo”, daqueles liberais, libertáriosque acreditam no liberalismo econômico, mas também na esfera da vida privada ou como chamam, nos costumes. A questão, não poderia deixar de ser, foi em relação às drogas. Amoedo disse que não proporia a descriminalização das drogas nesse momento, mas em um momento futuro. Porque acha, o que é uma demonstração de bom senso que as experiências ora em curso deveriam ser analisadas, pois assim como há casos em que se relatam bons resultados – como em Portugal – também há os negativos – como na Holanda.
Leiam: essa é minha opinião e não algo expresso ou dito por algum membro do Novo: eu apoio a liberação/descriminalização das drogas, mas não sem sua devida regulamentação, como (a) quais drogas especificamente? (b) a partir de que idade seria permitido consumi-las? (c) em que local e em que situações (direção no trânsito, p.ex.) não seria permitido seu uso?
E uma outra muito importante: é justo pagarmos tratamento para dependentes químicos? Então, meus caros, eu defendo sim a liberação/descriminalização se e somente se houver regulamentação conjunta (e não a posteriori) com a devida extinção do atual modelo de saúde pública porque não devemos ser obrigados a subsidiar tratamento do vício alheio. O que, aliás, já deveria valer uma vez que há internações de alcoólatras e fumantes de cigarro.
Acho que João Amoedo conseguiu desagradar aos cotistas e aos anti-cotistas na questão específica, o que me trouxe simpatia. Não pelas cotas raciais em si, que eu sou obviamente contra, mas por sua abolição gradual que revela pragmatismo na política. Quando se altera mecanismos já institucionalizados tem que se, em contrapartida propor outros e foi exatamente o que disse o candidato. Com uma luva de pelica ele deu um tapa na bazófia da “jornalista e professora universitária” Rosane que só por citar Milton Santos (se baseando nele) já vi que era uma farsante. Em suma, ele não caiu no jogo dela.
Outras questões, óbvias para conservadores e liberais foram apropriada e acertadamente tratadas, como o custo da máquina pública, o engessamento da atividade produtiva, a necessidade de privatizações, da redução da carga de tributos, da segurança pública e do direito à defesa (que envolve o fim do Estatuto do Desarmamento), dos privilégios políticos (como o Foro Privilegiado), da falta de competição na expansão do crédito (que leva aos juros elevados) etc. Eu gostaria de ver que outro candidato (do nosso lado) teria a capacidade de tratar de tantos temas com desenvoltura como ele e sem cair em clichês como “bandido bom é bandido morto” ou que caísse em armadilhas como as questões sobre alteridade sexual. João foi preciso, embora frio e técnico como dita sua personalidade. E agora, na nossa atual conjuntura é disso que precisamos.
Uma nota sobre os bons entrevistadores: o sujeito d’O Estado de São Paulo (que falou pouco) e o da Revista Exame. O resto foi sofrível sendo o pior deles, o condutor do programa, que deixou rolar a bagunça e não teve pulso para orientar a entrevista que mais parecia um debate desrespeitoso. Aliás, a balbúrdia que surgiu em determinados momentos PROVOU que perante o RACIOCÍNIO LÓGICO, os clichês de esquerda se desmontam por si só.
Agora imaginem quem faria melhor? Que eu me lembre, no atual cenário, ninguém, nenhum homem, nenhuma mulher… E nenhum mito.

Anselmo Heidrich
24/05/2018

Valentia de internet e greve de caminhoneiros 2018 05 24 at 15 05 46

quarta-feira, maio 09, 2018

Duas Questões e Uma Esperança

Anselmo Heidrich
Alguns dias atrás meu filho (6 anos) me fez uma pergunta, daquelas difíceis de responder, “pai, quem construiu o planeta?”
— Bem, ele não foi construído… Quer dizer, ele foi, mas não por alguém. Ele surgiu. Alguns acreditam que por uma explosão que começou tudo, o planeta, as estrelas, as galáxias.
Seu rosto era uma dúvida estampada.
— Mas alguns acreditam que alguém, um ser superior fez ele, aliás fez tudo. Eu não acredito nisso, mas muita gente acredita. Ian, esta é uma dúvida que tu vai levar pro resto da vida ou não, não sei. Tu mesmo vai ter que procurar uma resposta.
E, obviamente, eu não pensava só no planeta. E me empolguei…
— O problema é que se alguém o construiu, quem construiu ele, o que existia antes?
Claro que não ajudei muito, mas sei que não extingui sua vontade de conhecer mais sobre o assunto, ainda mais conhecendo meu guri. Em tempo, isso seria só o início.
Alguns anos antes, nós andávamos pelas ruas, uma das típicas servidões de Florianópolis que, para quem conhece sabe como são péssimas vias, cujo status permanece assim porque isenta a prefeitura de cumprir suas obrigações com as devidas melhorias para as quais somos onerados com impostos, taxas, “contribuições” e mais novos impostos e taxas. Daí, o rapazinho me diz:
— Pai, quem cuida da rua?
— A prefeitura…
— O que é “prefeitura”?
— A prefeitura é um órgão… Quer dizer, algo que a gente cria para cuidar da rua, posto de saúde, escola. Tem escola que é diferente da tua, quem cuida é a prefeitura.
Daí ele olha para o chão e vê terra, pedras soltas, outras eclodindo da terra como ovos de tartarugas, pasto avançando pelas laterais, lixo sem recolhimento, galhos entremeados aos cabos telefônicos, muros que não deixam nem 30cm do meio fio, quiçá os 4m estipulados em lei etc. e mantém aquele semblante que se repetiria anos mais tarde com a astrofísica e a origem do universo.
— Mas, ela não está assim…
Cuidada, ele pensou.
— É… Deveria, mas isso não funciona bem aqui, no nosso país, mais ainda na nossa cidade. Nós poderíamos arrumar tudo isso aqui, ainda mais se não pagássemos nada pra prefeitura que não faz nada aqui. Mas acho que um dia muda.
# # #
Uma resposta foi bem mais vaga, mas esperançosa, já na outra terminei pregando a esperança, apesar de sua evidente falta de inspiração. Com o tempo percebi que quanto mais difícil é explicar algo para uma criança é porque existe algo de errado ali.

quarta-feira, maio 02, 2018

Merkel é criticada por resposta a criança palestina

Tem que ser muito hipócrita para não admirar a sinceridade da chanceler neste caso. Queriam que ela agisse como qualquer populista prometendo o que sabe que não poderá cumprir ou favorecendo uma menina como simbolismo do que não fará pela imensa maioria?



Merkel é criticada por resposta a criança palestina



https://youtu.be/ljkG6vSeN4E

Incêndio em São Paulo: a Responsabilidade dos Movimentos Sociais

Alguns excelentes comentários coletados na Internet sobre o edifício que desabou com moradores trancafiados no Largo do Paissandu, centro de São Paulo:

Algumas informações sobre a invasão do Edifício Wilton Paes de Almeida, em São Paulo, que desabou na madrugada de hoje em decorrência de um incêndio:
– Famílias pagavam ALUGUEL no valor de R$150,00 a R$400,00 aos coordenadores do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM). Quem atrasava o pagamento, era expulso do local.
– O fornecimento de água só ocorria na madrugada, sob fiscalização dos coordenadores.
– Uma das regras da invasão era a proibição da entrada e saída de pessoas a partir das 19h. No local, havia um coordenador que trancava a porta principal do prédio. Um cárcere privado, basicamente.
– No momento do incêndio, a porta principal estava trancada e o tal coordenador não deu as caras. Um dos moradores quebrou a porta e só assim, o restante das pessoas puderam se evadir do local.
– Falando em coordenador, haviam dois deles na invasão. Quando o fogo começou, eles fugiram em >carros<, que estavam estacionados na garagem do próprio prédio.
– Este post está sendo publicado às 14:34 e até o momento, o prefeito e o governador de São Paulo e até o Presidente da República estiveram no local, mas NENHUM representante de qualquer movimento social compareceu no local. Mas o Guilherme Boulos já soltou notinha no Twitter.
No final das contas, descobrimos da pior forma possível como um movimento sem teto pode ser rentável para os seus líderes, que estão cada vez mais gordos e com iPhones da última geração na mão, fazendo lives no Facebook a fim de mostrar como o socialismo é bom e que o Lula é inocente.
Enquanto isso, famílias perdem tudo e seus parentes morrem nos escombros.
Parabéns a todos os canalhas envolvidos.
M.

Em virtude do último post publicado por mim, que trouxe uma imensa repercussão inesperada (ainda bem!), trago aqui as fontes solicitadas de tudo o que falei na publicação mencionada para que possam consultar e comprovar tudo o que escrevi (para enfiar onde quiserem o papo de que publiquei “fake news”). Há links com outras informações também:
– Fornecimento de água só ocorria de madrugada, portão fechado às 19h e morador que arrombou a porta durante o incêndio. FONTE: https://m.oglobo.globo.com/…/moradores-de-predio-que-desabo…
– “Se você não pagar a contribuição, esses caras pegam você na madeira”, diz morador. [vídeo do SBT, by Gabriel Pinheiro] FONTE: https://twitter.com/GABRlELPlNHE…/status/991465830759256069…
– Coordenadores tiraram os carros da garagem e se evadiram do prédio logo após o início do incêndio [relato em vídeo de um morador] FONTE: http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2018/05/01.html…
– Como funciona a indústria da ocupação em São Paulo: https://www.oantagonista.com/…/como-funciona-industria-da-…/
Pronto. Aí estão as fontes solicitadas. E na foto abaixo, o recibo de uma das famílias dos aluguéis pagos para os coordenadores da invasão.
No momento deste post, a publicação anterior ultrapassa as 20 mil curtidas, 16 mil compartilhamentos e os 4 mil comentários. E da hora do post até aqui, apareceram mil novos seguidores neste perfil.
Tenho recebido diversos elogios pelo texto e agradeço. Críticas também, o que é normal. No entanto, vários comentários são ofensivos e caluniosos, e eu já estou em comunicação com o meu advogado para verificar esses comentários e, se for o caso, acionar os responsáveis judicialmente. (Até ator da Globo me xingando rolou).
Aceito tranquilamente as críticas, mas calúnias, difamações e ofensas JAMAIS passarão numa boa.
No mais, agradeço a todos por novamente, acreditarem no meu trabalho e comprometimento com os fatos ocorridos.
Que Deus abençoe vocês e interceda pelas vítimas dessa triste tragédia.
Nando Castro

SERÁ?

1) Dono de prédio que não consegue mais alugar suas unidades tem prejuízo para manter seu imóvel desocupado.
2) Ele convida uma ONG de sem-tetos para invadirem seu prédio.
3) Sem-tetos invadem prédio vazio e entram com pedido de usucapião.
4) Prefeitura declara prédio “de interesse social” e o desapropria mediante pagamento de indenização para o proprietário.
5) Proprietário entra na Justiça para revisar o valor da indenização e ganhar mais.
6) Sem-tetos vão ficando e transformam o prédio invadido em mafuá.
7) Corpo de Bombeiros vistoria o imóvel e decreta que ele não tem condições de moradia e que pode sofrer incêndio a qualquer momento. Desocupação é recomendada.
8) ONG de sem-tetos levanta liminar na Justiça para deixar moradores no prédio condenado.
9) Quando não pega fogo ou desaba, prédio é finalmente “comprado” pela Prefeitura, que o doa à ONG invasora por convite.
10) Indenização é paga ao antigo proprietário, que racha a bufunfa com a ONG.
Parabéns! Você acaba de aprender como funciona a indústria das ocupações, que somente na região central de São Paulo já possui cerca de 150 prédios.
Victor Grinbaum


Pra não dizerem que sou radical e não apoio movimentos sociais, vou dar uma dica ao MTST. 
Existe um imóvel de 400m², instalado em um terreno de 720m², desocupado, na Rua Paula Ney, 446, Vila Mariana-SP, avaliado em mais de 2.800.000 reais. 
A construção, da década de 70, faz parte do espólio do pai de um rico médico infectologista. Um legítimo membro da burguesia, da elite. 
Esse médico, por acaso, é o Dr. Marcos Boulos, pai do “sem-teto” Guillherme Boulos, o socialista nascido em berço de jacarandá que vos manobra. Mas ele não vai se importar. Afinal, é contra a propriedade privada. Não é? 
Tudo em nome da “revolución”!

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