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quinta-feira, dezembro 19, 2019

A Política Externa e suas Três Mulheres


Imagine que você é uma mulher e tenha que optar entre três situações:
  1. Ser uma idiota que só fala mal dos casais bem sucedidos no amor, mas só se junta com mala. Como dizem, tem o “dedo podre”, só escolhe o que não presta. O nome desta moça é “Política Externa do PT”;
  2. Agora vejamos outra, uma pobre menina que se apega a mitos dos mais bizarros, crê em tudo que lhes apresentam na internet, misticismo e tals e quando chega em cara só apanha na cara, a típica mulher de bandido. O nome desta coitada é “Política Externa Bolsonarista”;
  3. E por fim falemos de uma prostituta, que não tem amigos, só interesses, daquelas que prefere ter vários clientes, sócios, parceiros, como queira chamar, mas que declina, educadamente, de propostas tentadoras, anéis de noivado de ouro verdadeiro, viagens caras em resorts de luxo etc. NADA! Tudo que ela quer é teu dinheiro e faz o serviço completo e quando acaba o teu tempo, não tem nem chorinho, pega a bolsa, os sapatos de salto e sai de meia te deixando continuar roncando. Chamemos esta destruidora de lares de “Política Externa Independente”.
Sras. e Srs., não fiquem bravos, eu até acredito no amor, mas na política externa não há espaço para ele. Se a tabela acima te ofende pelo que o PT fez com o Brasil, seja coerente e esboce o mínimo de indignação com a política de baixar as cuecas para o Tio Sam também. Afinal, foram tantos favores concedidos, cota de etanol americano no mercado doméstico, aluguel da Base de Alcântara no Maranhão, alinhamento político com temas polêmicos como a disputa com o Irã, apoio à mudança da embaixada de Israel etc. e, em troca fomos esbofeteados com a elevação da tarifa de importação americana para nosso aço e alumínio e nem uma vaguinha na OCDE foi capaz de rolar. Trump apenas viu nos Bolsonaros mais alguns peões úteis para serem manipulados.
Como se sabe, se não fosse por nosso Vice-Presidente, Hamilton Mourão, nossos acordos com a China poderiam ser prejudicados, gravemente, o mesmo com a UE e a Argentina que, quer queira ou não, beneficia nossa indústria ao comprar vários de nossos itens. E não é a toa que a inveja do Presidente e seus filhos da competência do General é inversamente proporcional à capacidade de articulação política do clã dos Bolsonaro.
Se não fosse pelo Mourão e outros generais equilibrados que estão no poder, sinceramente, não sei o que seria do país…
Agora, imaginemos um Executivo que soubesse como lidar com as adversidades, fazendo como a Índia fez por tantos anos, assediada que foi tanto pelos EUA, como pela antiga URSS. Recebendo apoio dos dois e optando pelo mais conveniente conforme a conjuntura. Isto não significa que devêssemos mudar nossa estrutura política e jurídica interna, mas saber negociar e dialogar. Imagine que o peso econômico do Brasil fosse um fator a ser posto na mesa para que a Rússia tirasse, gradualmente, seu apoio à Venezuela. Para isto ser alcançado, no mínimo, a neutralidade para assuntos em que Washington e Moscou se opõem teria que ser adotada. Isto, Srs. e Sras. é tomar as rédeas da situação e tirar o melhor proveito de um conflito alheio ao mesmo tempo que protege os seus.
Se alguém ainda quiser adotar uma posição sectária dizendo preferir mil vezes mais os EUA à atual Federação Russa, eu digo que não se trata disso. Muito pelo contrário, se quisermos mesmo nos alinhar com os EUA, o ideal é que o façamos não só nos objetivos, mas no método, isto é, procedendo como eles procederam ao longo da sua história, sem nunca se submeter a um governo estrangeiro por nenhum preço.
Entre as loucas e as apaixonadas, as putas têm muito mais bom senso. Pelo menos em se tratando de política externa…
Anselmo Heidrich
19 dez. 19

domingo, novembro 25, 2018

A Entrevista de Olavo de Carvalho ao Estadão


Olavo de Carvalho em entrevista para o Estadão diz:
“O presidente (Donald) Trump disse que tem US$ 267 bilhões esperando para investir no Brasil, eu acho que isso é muito bom. Não adianta nada dizer “ah, isso vai desagradar a China”, como disse aquele idiota do Mino Carta, “ano passado o comércio com a China nos deu 20 milhões de superávit”, muito bem. A China só fez isso porque o governo Lula e Dilma e o Temer também estavam distribuindo dinheiro para os amigos deles, os amigos da China: Cuba, Angola, Venezuela, etc: 1 trilhão. Levamos 20 milhões e distribuímos 1 trilhão. Que beleza, né? Claro que se o governo parar de representar vantagem política para a China, acaba o comércio na mesma hora. Comércio com a China é escravidão. Isso é óbvio e todo mundo deveria saber disso. Vai perguntar para o Tibet se é bom conversar com a China. Agora, para os EUA, é bom, porque a riqueza da China é quase feita toda de dinheiro americano. Outra coisa, tem gente que chega a ser tão idiota que ultrapassa a medida do acreditável.”
É o contrário, idiota. Se temos como expectativa, uma expectativa de Donald Trump investir aqui, não é o mesmo que ter poder com o comércio externo com quem quer que seja, que no caso são 20 milhões com a China (desconfio que sejam muito mais). No primeiro caso se depende de concessões, de regulamentações e de troca de favores na dependência (mercantilista) de um governo que amanhã ou depois pode não estar mais aí, no segundo, com a China, poder real devido a dependência deles em relação aos nossos produtos, notadamente, a soja. E a pauta deveria aumentar, qualitativamente.
Quanto à distribuição de recursos para países africanos e Cuba, ela seguiu uma linha equivocada na política externa, para não dizer estúpida mesmo de que o relacionamento “sul-sul” seria mais vantajoso para o país. E claro, isto provavelmente contou com uma rede de propinas e subornos que traria de volta parte dos recursos para permanência do PT no poder. Neste sentido, a indicação de Ernesto Araújo para Ministro das Relações Exteriores que pretende pôr a nu tudo isto é uma excelente notícia, mas quem pensa que a dependência e papel de fiel escudeiro dos EUA é uma “agenda de direita” não passa mesmo é de um fiel idiota.
O argumento de que a China só comercializa com o Brasil ou o faz porque vê vantagem nesta associação no apoio brasileiro a ditaduras, inclusive a Cubana não manja nada, nada nadica de nada de relações externas, muito menos de interesses de estado (imagine um acéfalo como Olavo como embaixador…), pois a China segue um roteiro imperialista pautado na acumulação de capital dirigida pelo PCCh, ou seja, são eles em primeiro lugar e sua inserção na economia africana, p.ex., é puro business, não segue pauta ideológica nenhuma. Só um completo ignorante acha que eles favorecem ditaduras de países pobres que não têm nada a dar em troca (veja a participação quase nula deles em Cuba, p.ex.).
Usar o caso do Tibet é estúpido, esta imensa região já pertencia ao domínio chinês que foi perdido com o fim do império e mudança para a república, para depois ser retomada pelos comunistas. Não justifica, não, mas se entende que é muito anterior e só um ignorante para achar que a China segue sendo maoísta. Como, aliás, assinalou o próprio chanceler indicado…
Recomendo que os súditos mentais do astrólogo aiatolavo leiam tratados e artigos mesmo falando do realismo político nas relações externas e como a China faz, muito parecido aliás, com os próprios EUA antes desses se firmarem como centro econômico mundial, centro este que tem mais de 80% dos produtos na sua maior rede de lojas de departamentos vindos da… China! Guerra entre eles? Rende bons filmes.
Guerras existirão, são o consumo de uma indústria poderosíssima, mas por procuração, como se monta no Mar da China Meridional, região disputada por suas reservas petrolíferas onde se instalam ilhas artificiais como estratégia de domínio pelo governo chinês. Apesar de toda ligação comercial da China com os EUA, Taiwan ainda permanece como forte aliada americana e não será cedida para os chineses em troca de um acordo. O Japão, milenar rival da China já requer investimentos em forças armadas e assim segue a toada, com mais arpejos da maior marinha do mundo, a americana. A China segue com suas limitações militares e tem seus imensos problemas internos. Não achem que os países, ainda mais os gigantes são todos harmônicos e de interesses homogêneos, isto não funciona assim.

Anselmo Heidrich
25 nov. 18

sexta-feira, setembro 06, 2013

Se proteja de tudo que ignora e chame isto de 'política externa'

Imagem: snaphappyross.co.uk
Qual o objetivo de um governo como o nosso em um fórum internacional que discute, justamente, o comércio externo se sua proposta se resume, tão somente, em defender o protecionismo econômico ao lado de uma combalida economia argentina?
Cf.: Vexame em São Petersburgo http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,vexame-em-sao-petersburgo-,1071851,0.htm via @estadao
Quando digo que nossa política externa está mais perdida que cusco em dia de procissão acham exagero. O triste é que, ao contrário de certas políticas internas que podem mudar radicalmente ao cabo de um novo governo eleito, este tipo de atitude pode ter efeito duradouro e sair caro para os brasileiros. Qual nossa credibilidade futura quando quisermos exportar grãos para a china? Motores e metais para a Europa? Alimentos para o Oriente Médio? Ou mesmo ampliar nossos mercados no subcontinente latino-americano e junto a novos países na África? O raciocínio estúpido que embasa a política externa brasileira é de um jogo de soma zero, que professores estelionatários embebidos no marxismo atroz ensinaram a esta cambada de que "se um ganha o outro tem que, necessariamente, perder". A ignorância reside em não entender porque um país ou setor aufere maior renda com o valor agregado de sua produção, i.e., sua produtividade. O grito dos excluídos mentais, isto sim é de que enquanto os pólos da economia mundial sofisticam sua produção com maior aporte de tecnologia graças ao investimento em pesquisa científica e qualificação profissional, eles têm que, por misericórdia, um espírito altruísta digno de uma mente bovina, nos pagar proporcionalmente mais! Isto enquanto nós continuamos dilapidando nossos recursos naturais, sobretudo o pasto e solos de maneira extensiva ampliando a produção horizontalmente, a sua área apenas.

Eu simplesmente não posso crer que seja só uma questão de ignorância e marco ideológico de celerados. Deve haver mais do que isto... Veja que o regime automotivo, como bem lembrado no editorial d'O Estado diz é um dos mais protecionistas. Quem duvida que haja algum beneficiário deste processo que "mais que oriente" alguma política? Não sei de nada e se soubesse, seria melhor fazer apenas uma denúncia anônima. Ou isto ou tomar um café com Celso Daniel antes do esperado...

quinta-feira, setembro 05, 2013

Um exemplo para Lula



Bacaninha a foto do tópico com o Lula "fazendo média". Mas, quando abre a boca...

"Eu fui agora ao Gabão aprender como é que um presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição". Em conversa com o presidente da Costa Rica, Abel Pacheco, 17/08/2004.

Fonte: Folha On Line, 22/08/2004
E este é o filho do presidente que Lula expressou sua admiração:
President of Gabon Ali-Ben Bongo Ondimba sparks outrage after buying £85million official... http://bit.ly/cWC1yU via @MailOnline
E não parece difícil entender porque Lula nutria tanta admiração pelo falecido Mr. Bong, pai do atual presidente:
"Observers say he had a style of exchanging favours for votes that was characteristic of Africa's 'big man' tradition.

He built a powerful dynasty, which analysts say benefited from the development of off-shore oil production.
But the country's wealth remains concentrated in a small proportion of its 1.4 million population.
Last month, a French judge launched a landmark investigation into whether Mr Bongo and two other African leaders had plundered state funds to buy homes and cars in France.
His bank accounts in the country were subsequently frozen. Mr Bongo denied the corruption allegations."
[BBC News - Obituary: Omar Bongo http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/8088399.stm]

domingo, agosto 07, 2011

Designação de Amorim tem a mão de Lula — e traz parte do pior da herança do ex-presidente


Essa política aplicou frequentes caneladas nos Estados Unidos e em países europeus com os quais o Brasil tradicionalmente se alinhou e manteve intensas relações comerciais, passou a mão na cabeça de ditadores africanos, absteve-se de forma vergonhosa de votar em sucessivas condenações da comunidade internacional a violações de direitos humanos por parte de países como o Sudão, Cuba, a Síria e o Irã, ficou em cima do muro quando a ONU tratou de apurar o assassinato do primeiro-ministro do Líbano Rafic Hariri, no qual a ditadura síria está implicada, e manteve relações calorosas com regimes detestáveis, como o de Cuba dos irmãos Castro e da Venezuela de Hugo Chávez.
A nomeação de Amorim para um ministério importante como o da Defesa não indica apenas uma rendição da presidente Dilma aos desejos de seu antecessor e mentor: significa trazer ao grande palco da política nacional parte do que de pior existe na herança de Lula.

Designação de Amorim tem a mão de Lula — e traz parte do pior da herança do ex-presidente


Leia no site de VEJA mais sobre a gestão de Amorim.

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