Mostrando postagens com marcador globalização. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador globalização. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, fevereiro 20, 2019

Porque Eu Sou Globalista

Imagem: Artem Bali (@belart84)

“O nacionalismo é o último refúgio dos canalhas.”
Samuel Johnson, século XVIII
“Os Estados Unidos sempre vão escolher a independência e a cooperação em vez de governos globais, controle e dominação”, afirmou, Trump na 73ª Assembleia Geral da ONU. Mas o nacionalismo é utilizado para controle e manipulação de massas sem dissensos.
Falar em “globalismo” pra lá e pra cá, além de caricatural não passa de slogan político quando destituído de propostas pragmáticas e exequíveis. Normalmente temos elites usando massas com símbolos patrióticos nesse contexto.
Embora os “anti-globalistas” por assim dizer, afirmem que é “o globalismo é diferente de globalização”, na prática, suas defesas são de uma economia nacional protegida na medida que se opõem às ditas “elites globais” que dirigem o comércio externo.
Já repararam que criticar o “globalismo” tem o mesmo valor estratégico que criticar a cultura? “Cultura” é um dos termos mais vagos nas línguas do mundo inteiro. Se formos reduzir uma sociedade com milhões a uma cultura, ela tem que ser minimalista…
Isto é, aspectos mínimos em comum para muitas pessoas com pensamentos e práticas diversos sobre vários temas e atividades. Falar em “cultura nacional” é, por outro lado, algo válido para apologistas de uma “ideologia nacional” que também é algo raro e pouco funcional.
Alguns termos pegam, simplesmente, por serem chiques ou “descolados” para uma época e dito por pessoas interessantes, celebridades, intelectuais que poucos leem passam a ser copiados. Exemplos? Por que citar “soft power” ao invés de diplomacia?
A face mais incômoda do anti-globalismo é a condenação à “diversidade” que, muitas vezes esconde seu caráter claramente racista quando não especificado que se trata de uma oposição à práticas culturais específicas.
Agora, não é verdade que os anti-globalistas sejam contrários à ascensão das mulheres no mercado de trabalho e na política, mas são sim contra a criação de expedientes legais que favoreçam as mulheres de modo artificial sem uma igualdade jurídica. Conheço esse pessoal da Nova Direita e eles têm em mente que a “igualdade forçada” via “políticas públicas de inclusão” favorece uma liderança internacional, mais conhecida como uma “governança transnacional”.
O reforço contra essas “elites globais” veio com a Crise de 2008, na qual a Esquerda não teve o monopólio da oposição… Esta Nova Direita, nacionalista em termos socioculturais também era protecionista em termos econômicos. Daí sua indignação contra o projeto de #Globalização.
Embora a #NovaDireitaBrasileira faça as vezes de querer diferenciar #Globalismo de #Globalização, a origem da oposição contra o primeiro foi contra o “projeto político” contido na segunda.
Seja nos discursos de #Trump na #ONU em 2018, seja nas declarações do chanceler brasileiro #ErnestoAraújo, o anti-globalismo permanece como um sentimento ao invés de uma teoria ou programa, já que basta “amar a pátria” e ser contra as influências e elites estrangeiras. Tudo parece ser uma estratégia eleitoreira ou política permanente para desviar a atenção do público.
Desde as manifestações de Seattle em 1999, quando a Esquerda Americana se notabilizou com o discurso anti-Globalização, a Nova Direita abraçou a tese conspiracionista. O fato de que organismos mundiais, como a OMC, lideres como Tony Blair, Bill Clinton ou países como a China adotarem políticas de livre-comércio não quer dizer que “conspiraram contra algo”, apenas que tiveram bom senso.
Também vejo essa oposição ao Globalismo de líderes como Trump como mero fingimento. Eles podem não ser cosmopolitas, como seus antecessores Democratas ou de países europeus, mas são tão ou mais elitistas, especialmente quando se sabe que querem manter privilégios através de estratégias do protecionismo econômico.
Na virada do século XIX para o século XX, o termo “Globalismo” substituiu “Cosmopolitismo”, o que se tornou forte após a II Guerra Mundial, quando a noção de que valores universais como os direitos humanos e a igualdade jurídica tinham que ser universalizados. Nos anos 60, com a onda de descolonizações, o termo “globalismo” foi ainda reforçado contra o nacionalismo que servia como base para superioridade entre os povos, assim como sustentação do fascismo, do nazismo e do comunismo totalitário que já era conhecido e desmascarado.
Leio que os ataques anti-semitas aumentaram na Alemanha. Respondi que se devia ao anti-globalismo, o que nossa Nova Direita irá discordar, mas o termo “globalismo” também é associado ao judeu, como foi no passado o “cosmopolitismo” para acusar a etnia de não ter “raízes germânicas”. Não é por acaso que o maior símbolo do “globalismo” viceje na figura de #GeorgeSoros, um investidor judeu húngaro-americano de 88 anos ligado à várias causas globais.
O Brasil também adotou e assumiu o rótulo de “globalista”. No início do Seculo XX, com Barão de Rio Branco, quando mudou o eixo da política externa brasileira da Europa para os EUA chamado na época de “americanismo pragmático”. Mais tarde, na Era Vargas, que se distanciou dessa ligação surgiu o “Equidistância Pragmática” procurando outras parcerias (com uma certa simpatia pelas nações do Eixo). E durante os anos 60 veio o “Globalismo”, que significava manter relações com várias nações, bem como ser atuante internacionalmente em vários fóruns e organizações. Jânio Quadros, Juscelino Kubitschek e, notadamente, Ernesto Geisel foram “globalistas” neste sentido. Este, um verdadeiro “ecumenista nas relações internacionais” procurando ampliar parcerias e diversificar seus ganhos. E é neste sentido particular que eu endosso plenamente o “globalismo”.
Anselmo Heidrich
18 fev. 19
#GlobalismoSIM
#Interceptor — http://inter-ceptor.blogspot.com/
¬Adaptado e contemporizado de…¬
BBC News Brasil — O que é ‘globalismo’, termo usado pelo novo chanceler brasileiro e por Trump? https://www.bbc.com/portuguese/internacional-46786314
E tem mais:
“O NACIONALISMO ECONÔMICO É ANTIAMERICANO.”
EXATO! Achei isso desde o início. A adulação baba-ovo de Trump (não que Hillary fosse melhor) como um “salvador da pátria” levou muitos na conversa. Gente como Constantino, Alexandre Borges (este com um artigo ridículo “todo mundo é laranja”) e até (PASMEM!) o Instituto Liberal saiu DEFENDENDO O PROTECIONISMO ECONÔMICO.
Ainda bem que há os liberais de verdade que não nos deixam esquecer como se construiu uma economia-guia para o mundo.
(Tem áudio incluído no link.)

sábado, julho 28, 2018

25 Anos de Redução Global da Miséria


Fonte da imagem e observação[*]
Enquanto nossos PhDs de Facebook se digladiam sobre censura, gênero, doutrinação e globalismo, dia 24 passado foi comemorado o 25º aniversário mundial da redução da pobreza. E não apenas em termos proporcionais (já que a população global segue aumentando), mas em termos absolutos mesmo.
No início do Século XIX tínhamos 94% da população mundial vivendo em pobreza extrema, com menos que $1,90 ao dia (ajustados por poder de compra atual, claro). Em 1990, este índice caiu de mais de 90% em 1820 para 34,8% e agora, em 2015 para apenas 9,6%. E ainda tem louco achando que o mundo vai de mal a pior…
No último século, mais que 1,25 bilhão de pessoas deixaram a extrema pobreza — o que equivale a mais de 138.000 indivíduos todos os dias. Se você levar cinco minutos para ler este artigo, outras 480 pessoas irão sair dessa condição de miséria também. Enquanto em 1820 tínhamos apenas 60 milhões de pessoas que não viviam em pobreza extrema, em 2015 eram 6,6 bilhões.
40% dos miseráveis que ainda restam no mundo vivem na Nigéria e na Índia. Segundo dados do Banco Mundial, em 2013 tínhamos 746 milhões nesta situação, dos quais 380 milhões residiam no continente africano, 86 milhões na Nigéria. Outros 327 milhões na Ásia, com a maior parcela na Índia (218 milhões) seguida da China que adotou, ainda que parcialmente, o capitalismo com 25 milhões. Outros 35 milhões estão na América do Sul (19 milhões), América do Norte (13 milhões, não esqueça que esta inclui o México), Oceania (2,5 milhões) e Europa (700 mil).
O que está acontecendo? Tomemos o caso indiano como exemplo: desde as reformas liberalizantes em 1991 que a renda média do país cresce 7,5% ao ano. Em cerca de 25 anos, a média nacional triplicou mais que no quartil anterior. Dos anos 90 até hoje, a taxa de pobreza indiana declinou quase 24%. Se tomarmos a casta mais pobre da sociedade indiana, a redução da pobreza foi ainda maior, 31%.
E na Nigéria? O PIB per capita nigeriano aumentou 800% desde o novo milênio, de $270 para mais de $2.450. Ainda é pouco para as necessidades do país, mas repare na velocidade dessa mudança e veja de uma maior perspectiva. É animador…
Se pensarmos em todo o desempenho econômico mundial a partir da Revolução Industrial entre os séculos XVIII e XIX, nós assistimos a uma segunda guinada histórica ocorrida a partir dos anos 80, com o processo de Globalização.
Não, não escaparemos do eterno fado humano de sempre carregarmos nossos problemas e com eles, nossos dilemas. O envelhecimento da população global que passa por essas transformações no mercado de trabalho e processo de urbanização é apenas uma aurora do que está por vir. A robotização e a genética nos imporão questões éticas de difícil resolução (o que é tema para outro artigo), mas com certeza, a pobreza absoluta será coisa de um passado distante.
Mas no atual presente não deixa de ser preocupante a ausência da América Latina no conjunto de países que estão fazendo sua revolução liberal, a única que deu certo. Onde estão nossas elites para conduzir isto? Na verdade, países como o Brasil e Argentina têm elites voltadas para trás, como se fossem lunáticos descendo escadas rolantes ao contrário.
Então resta a vocês formarem uma nova elite do pensamento. Esta é sua principal tarefa.
Anselmo Heidrich
28 jul. 18
[*] Baseado e adaptado de Check out @HumanProgress https://humanprogress.org/article.php?p=770 #HumanProgressData.

domingo, outubro 08, 2017

5 modos que a China vence os EUA na guerra comercial e disputa geopolítica

http://www.weeklystandard.com/how-china-beats-america-in-5-easy-steps/article/2009985 👈 *BAITA ARTIGO! NÃO DEIXEM DE LER!* POR QUE a China está ganhando de lavada dos EUA não só no campo comercial, má também projetando seu futuro domínio global no campo geopolítico e POR QUE os pensadores liberais se equivocam completamente em tentar entender o fenômeno.

quinta-feira, novembro 10, 2016

Donald Trump: o verdadeiro problema


Já ouviu ‘O Verdadeiro Problema com Donald Trump’ de Anselmo Heidrich na #SoundCloud? #np https://soundcloud.com/anselmo-heidrich/o-verdadeiro-problema-com-donald-trump?utm_source=soundcloud&utm_campaign=share&utm_medium=twitter

Enquanto que o mainstream midiático se preocupa quantas mulheres Donald Trump assediou e inventa outros casos, o Partido Republicano elegeu um candidato mais parecido com o socialista Bernie Sanders, representante derrotado por Hillary Clinton pelo Partido Democrata. A História tem um senso de humor terrível...

sexta-feira, dezembro 20, 2013

Geofactualidades: Agricultura vertical em Singapura


Perfeito: Geofactualidades: Agricultura vertical em Singapura. Vejam a economia de espaço, aproveitamento de energia e qualidade dos produtos. Realmente, cada vez mais, creio que o futuro está reservado às "cidades-estado", como é o país chamado Singapura. Claro que há aí uma boa dose de wishful thinking e utopia de minha parte, pois o futuro também é de caos no horizonte, mas o futuro que perdurará e trará esperança à humanidade é, como sempre foi, aquele calcado na ciência, tecnologia, transparência e agora, uma administração mais próxima ao cidadão, dando um caráter de cidade ao lugar em que se vive. Divagações a parte vejam o vídeo e imaginem uma rede de cidades onde os futuros mapas não representaram espaços terrestres divididos por linhas grossas ou marcas d'água coloridas e sim pontos ou manchas de maior extensão ligados entre si por linhas de fluxos cada vez mais intensos. Como processos intermediários, federações se formarão para se unir mais tarde deixando os estados-nações na memória e nos museus das realizações humanas.

terça-feira, agosto 06, 2013

Fronteira Viva - 1

Hotel Kakslauttanen. Fonte: businessmagazin.ro
Sobre Finlândia-Noruega: Lapónia: "affaire" junto à fronteira | Presseurop.eu: atualidade europeia, ilustrações e revistas de imprensa
Este tipo de matéria me atrai porque trata de lugares 'esquecidos', enquanto que na verdade estão sob intensa transformação. As cidades da Lapônia estão na área onde a economia pode prosperar (petróleo e gás no Ártico):
 "Quando as coisas começarem a mexer no Ártico, Utsjoki estará bem no coração dos acontecimentos, a pouca distância, mas ao lado da Finlândia. Para que a Finlândia possa tirar proveito da proximidade do Ártico gostaria de encorajar as empresas a investirem aqui".
E, por enquanto, as diferenças de câmbio atraem trabalhadores finlandeses (e de várias outras nacionalidades) para a Noruega e noruegueses para o comércio finlandês. 
Uma questão adjacente (mas não menos importante) é qual o papel, ou melhor, importância do estado-nação nisto tudo? Sem ele, estes fluxos seriam mais intensos, produtivos, conciliatórios e ricos em termos culturais. Aí vai minha carga declarada de wishful thinking: isto é o futuro, cidades que formem redes urbanas integradas tecnológica e comercialmente, de modo que as divisões políticas do passado sirvam para confusas e herméticas aulas de história. 

terça-feira, junho 11, 2013

Orgulho de usar o pior? Não, obrigado

Sobre: ‘Michelle Obama chinesa’ usa iPhone 5 e sacode patriotismo comunista - economia - geral - Estadão
Ah ah ah... Primeira Dama Chinesa usa celular da "imperialista do mal". Quem disse que a internet levaria a troca de informações e ampliação dos horizontes culturais estava parcialmente correto, pois também traz a ignorância e mistificação ideológica, como se vê entre os "internautas nacionalistas chineses", um bando de mocorongos que não teria nada de novo, nem solução nenhuma para uma miséria histórica não fosse justamente esta internacionalização que o país assiste desde 1979. Parabéns Primeira Dama, dane-se o orgulho de usar o pior só por ser nacional.

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Os limites da justiça social internacional

SUNDAY, MARCH 20, 2005

Os Limites da Justiça Social Internacional

“'Justiça', hoje em dia, tornou-se um termo inflacionado na cultura política nacional e internacional ultrapassando o próprio âmbito jurídico e se estendendo para o econômico e o cultural. Na verdade, uma grande fonte de irracionalismo, a palavra “justiça” tem sido mal utilizada e soa como mero clichê para ressentidos que utilizam seus sentimentos como base para uma pretensa (e falaciosa) compreensão dos problemas mundiais.”

quarta-feira, dezembro 19, 2012

“Empresas de alta tecnologia estão vindo para cá”, afirma Tarso

Governo pretende atrair investimentos evitando a globalização predatória.
Sul 21 » “Empresas de alta tecnologia estão vindo para cá”, afirma Tarso
Atrair investimentos É globalização. "Globalização predatória" é novilíngua de esquerda, sem nenhum rigor científico. O que importa é que no final das contas, as esquerdas cedem e se adaptam, praticando a mesmíssima coisa, só que com novos nomes para manter sua marca de distinção. "Marca" que não passa disto, uma insígnia sem conteúdo.

sexta-feira, abril 06, 2012

China and America: Not the G2, But the Big Two by Chas W. Freeman - The Globalist

(...)
Self-fulfilling paranoia is not a sound basis for cooperative relations between nations. China and America need to cooperate with each other.
In recent years, U.S. exports to China have been growing at an annual average of 21%. They are projected to continue to rise at a much faster rate than imports during the rest of this decade, as China overtakes the United States as the world's largest market.
China and America are now married to each other economically. As anyone who is married can attest, interdependence — even affectionate interdependence — begets bickering.
It's an election year in the United States. In such years, we are accustomed to hearing our politicians blame foreigners for all our ills and belabor yesterday's problems as though they were tomorrow's.
It's already clear that 2012 will be no exception to this practice. We are hearing a lot about China, but much of what has or will be said has been or is being overtaken by events. Of course, as the issues shift, the political whining and posturing will just change focus.
But, barring extraordinary lapses of judgment by one or the other of us, the United States and China seem destined to become more, not less intimate. The world economy will be the better for that and so will we.
(...)
http://theglobalist.com/storyid.aspx?storyid=9583theglobalist.com
China and America: Not the G2, But the Big Two by Chas W. Freeman - The Globalist

quinta-feira, março 29, 2012

A dependência mental do atraso econômico

O Complexo Industrial do Superporto do Açu é o maior empreendimento porto-indústria da América Latina e deverá movimentar, pelo menos, 350 milhões de toneladas por ano, entre exportações e importações, posicionando-se como um dos três maiores complexos portuários do mundo.
O Complexo Industrial do Superporto do Açu possui área de 90 km² e receberá siderúrgicas, pólo metalmecânico, unidade de armazenamento e tratamento de petróleo, estaleiro, indústrias offshore, plantas de pelotização, cimenteiras,  termoelétrica e indústrias de tecnologia da informação.
O Complexo Industrial do Superporto do Açu prevê atração de investimentos de US$ 40 bilhões e geração de 50 mil empregos.
Localizado no norte do estado do Rio de Janeiro e em construção desde outubro de 2007, o Superporto do Açu é composto por dois conjuntos de terminais que juntos totalizam 17 quilômetros de cais: TX1, correspondente aos terminais offshore, e TX2, terminal onshore desenvolvido no entorno do canal interno de navegação, com 6,5 km  de extensão,  13 mil metros de cais, 300 metros de largura e até 18 metros de profundidade.
A previsão é que a operação do Superporto do Açu seja iniciada em 2013.
LLX
Mas há quem veja aí um perigo:
Pouca gente sabe, mas está sendo construído no Rio de Janeiro o terceiro maior porto do mundo, o Porto de Açu, um projeto gerido pelo Eike Batista. Sua movimentação principal será a exportação do minério de ferro de Minas Gerais e a importação de automóveis da China. É a teoria da dependência gerando desenvolvimento, mas qual a qualidade desse desenvolvimento?????
Bem, o que dizer sobre esta besteira?
Eu aprendi (NA FACULDADE!) que as plataformas de exportação asiáticas, os NICs desenvolviam a produção só ao mercado externo e sua população não tinha acesso aos bens de consumo!!!! Esta é uma maneira tosca de tentar enfiar uma realidade complexa dentro de um pobre molde teórico marxista. No início, quando em poupança, a produção até pode encontrar pequeno mercado interno, mas uma ou duas décadas e isto muda completamente. Só cegos ideológicos veriam numa Coréia do Sul ou Taiwan um padrão de vida inferior ao da Argentina ou Venezuela.
E lembremos que o Japão nos anos 50 tinha a mesma fama que a China ainda que em declínio ostenta, a de produtor de baixa qualidade. E deu no que deu... Lembro-me nos anos 80 que "carro coreano" era símbolo de baixa qualidade e hoje vejam se não é a Hyundai que ameaça gigantes como a Toyota? Quanto ao valor hora, lembro-me também nos anos 80 que era de 0,34 centavos. Se nem por 0,50 trabalham mais é porque realmente muda rápido. Essa Teoria da Dependência é uma falácia, veja a Argentina, p.ex., que aprofundou este modelo falido desde o início. Quando "nacionalistas" falam, sobretudo no âmbito econômico, uma coisa é certa se suas ideias belluzzianas e da Unicamp forem adotadas, alguns benefícios no curto prazo, para declínio no médio, e gerações perdidas no longo prazo. Com intelectuais nacionais assim, a América Latina nunca precisará de interferência externa inimiga.

terça-feira, março 27, 2012

Democracia e Liberdade: UMA NOVA REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO

Texto excelente. Raras são as vezes em que um texto é bom por ser, ao mesmo tempo, didático e profundo. Este será um dos que usarei para afiar minha maneira de entender a estruturação de forças econômicas mundiais. Isto é geografia econômica de verdade e não o monte de baboseira ideológica que vemos por aí. 

Cf.: Democracia e Liberdade: UMA NOVA REGIONALIZAÇÃO DO MUNDO: Por Fernando R. F. de Lima. Ao longo do século XX, as formas de classificar os grupos de países mudaram rapidamente em funções dos e...

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Videversus: Demanda alta faz Volvo redirecionar esforços para o Brasil

Caros compadres, vejam esta!

Demanda alta faz Volvo redirecionar esforços para o Brasil
A Volvo Construction, divisão de máquinas de construção da marca sueca, reordenou o processo de produção mundial e colocou a fábrica do Brasil sob controle da direção nos EUA. O objetivo, segundo o presidente para a América Latina da empresa, Yoshio Kawakami, é ampliar o leque de produtos oferecidos, principalmente, por causa da demanda gerada nos setores de portos, aeroportos, rodovias, habitação e urbanização. O Brasil é o principal mercado da Volvo na América Latina. Do total de vendas na região no ano passado, 67,8% foram feitas no país. Ao todo, foram comercializadas 4.413 unidades em 2011, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira pela empresa. Até o final do ano passado, a fabricação brasileira estava ligada a um grupo de países da Ásia, leste europeu, Oriente Médio e África, cujas demandas de mercado ficaram distantes e muito diversificadas. "Agora, na ligação com os EUA, tudo ficará mais fácil", disse Kawakami. O reordenamento vai incluir o desenvolvimento de produtos voltados especificamente para o mercado nacional. Engenheiros brasileiros fazem parte do investimento nos dois centros de pesquisa e desenvolvimento --um na Europa e outro na China. Ainda não há investimentos específicos com a medida, mas a fábrica da Volvo Construction em Pederneiras (320 km de São Paulo) vai receber US$ 11,4 milhões para ampliações, renovação de produtos e expansão da linha oferecida. Somando os investimentos entre 2010 e 2011, são US$ 22,2 milhões.
Videversus: Demanda alta faz Volvo redirecionar esforços para o Brasil
-------------------------
E aí, não é um absurdo uma empresa destas se direcionar para o mercado nacional? Para que GERAR EMPREGO, TRAZER TECNOLOGIA E PAGAR IMPOSTOS?! Deem-nos de volta nosso estúpido orgulho nacional e façamos produzir Gurgéis!

'SOB CONTROLE DA DIREÇÃO NOS EUA'...Por que será que todo capital se direciona para lá? Uma dica, antiamericanistas patológicos, SEGURANÇA INSTITUCIONAL, RESPEITO ÀS LEIS E LIVRE-EMPRESA. Anotem estes ingredientes em seu fabulário e talvez um dia, isto aqui se torne uma nação desenvolvida.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

O Blog do Stephen Kanitz - A Crise é do Capitalismo?

Este artigo do Kanitz é perfeito. Há mais de um ano, quando investimos uns trocados, literalmente, em ações, eu sugeri que fizéssemos na Vale, na Gerdau e não na Petrobras, mas fui voto vencido contra a companhia que "estava dando mais". Naquela época, realmente, a estatal brasileira era um bom negócio, mas com o tempo não só cessou o lucro, como houve perdas para quem nela investiu! No longo prazo, eu é que estava certo... Meu conhecimento? O de um professor de geografia que repetia que a Vale e a Gerdau estavam se expandindo no mercado internacional e que a Petrobras tinha investido pouco e, o que foi feito em prospecção e extração também significava aumento do custo. No mercado nacional existe uma proteção que dependendo da conjuntura mundial, simplesmente some e a queda do preço do barril de petróleo levou à redução dos lucros da estatal brasileira. Já, as outras companhias privadas também não se livrariam da expansão da oferta e redução da demanda, mas elas estavam expandindo seu mercado e não se limitando ao nacional. Com o tempo veio o lucro. Mal ou bem, meu voto ideológico era apoiado numa visão global e evolutiva. Está aí, no longo prazo, o mercado vence o estatismo.
Cf.: O Blog do Stephen Kanitz - A Crise é do Capitalismo?

domingo, janeiro 08, 2012

Emerging signs of structural transformation in Tanzania | End Poverty


"How was school today and please don’t forget to bring milk on your way back home". This simple conversation between Halima, a 36–year-old woman from Dodoma and her young daughter on their mobile phones was almost impossible 15 years ago: only 2 percent of Tanzanians had a phone and only one of two children attended a primary school (Figures). Today those figures reach 50 and almost 100 percent respectively. Daily life has evolved in Tanzania with technology and education as the main drivers.
Mais em Emerging signs of structural transformation in Tanzania | End Poverty
Uma simples conversa em seus telefones celulares... Alguém ainda acha que a globalização não seja pré-condição ao desenvolvimento?

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Globalização em Shangai

http://www.theatlantic.com/business/archive/2011/01/picture-of-the-day-shanghai-in-1990-and-2010/69959/

Como disse certa vez o Paulo Francis "é contra isto que eu me oponho?" ao visitar os EUA... O mesmo posso dizer dos que são contrários à GLOBALIZAÇÃO "é contra isto que vocês se opõem?!" Veja a mudança de Shangai em apenas 20 anos...

segunda-feira, dezembro 26, 2011

China contemporânea


Pessoal, e o cotidiano chinês contemporâneo?

[Trechos sublinhados por mim e em vermelho. Meus comentários aparecem entre colchetes e em vermelho.]


A nova classe média



A súbita prosperidade da China traz liberdades jamais sonhadas - e uma série de ansiedades.
Aos 4 anos, a menina Zhou Jiaying estava inscrita em dois cursos: inglês americano falado e conversação em inglês. Ela também ganhou um nome em inglês: Bella. Seus pais empenhavam-se em que ela fosse fazer faculdade no exterior.
No ano seguinte, puseram-na em um curso de teatro. Quando Bella completou 8 anos, começaram as aulas de piano, em que ensinavam disciplina e desenvolviam o cérebro. Nos verões, ela aprendia a nadar na piscina. Com a natação, diziam os pais, ela ficaria mais alta. Bella queria ser advogada, e, para isso, a pessoa tinha de ser alta.

domingo, dezembro 25, 2011

Protecionismo Econômico - 4



O Papai Noel é um velhinho anti-protecionista, pró-livre mercado, um velhinho globalizante!


Cf.: IMB - O Papai Noel seria bem-vindo?

Afinal, o que seria dos presentes dados às crianças se não fosse o comércio global? Como seria o Natal das crianças com o travamento alfandegário? "Ah! Mas, os recursos estratégicos são diferentes! Não podemos nos acostumar e nos acomodar apenas vendendo commodities." Concordo, mas para isto temos que nos globalizar, i.e., importarmos mais mercadorias e tecnologia para exportarmos mais ainda. Aliás, ferro é como banana, só um recurso a mais. Se os EUA "não seguiram por esse caminho" foi menos por episodicamente se fecharem do que pela agressividade competitiva que caracterizou sua história. Este é o ponto, não existem "estados puros", "ideais permanentes", mas regiões, países que atingiram graus de excelência ou simples aprimoramento dos quais deveríamos tomar como exemplos. A Embraer e a Vale são exemplos e o Brasil pode mais neste sentido, de modo que nossa abertura comercial fez mais pelo país (como está ocorrendo) do que o processo de substituição de importações, episódico e, este sim, totalmente dependente do fracasso alheio (a crise de 29 nos ajudou neste sentido), nos viciando em determinada conjuntura que quando deixou de existir fez perdermos o bonde da história. Aumentar as importações nos induz a continuar aumentando as exportações para determos reservas e continuar importando e assim e assim e assim... Ou seja, é um moto contínuo. Isso é o que tem que ser buscado e não um momento que queremos que perdure na eternidade, enquanto que nada o é, nem na natureza, nem nas sociedades.