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quarta-feira, maio 15, 2013

Felicidade não se resume em estabilidade econômica

Sobre: Somalia - GDP - real growth rate - Historical Data Graphs per Year
Há duas maneiras de nós apoiarmos o liberalismo: de modo utilitário ou fundamentalista (calcado na liberdade). Não vejo nenhum dos dois na Somália, mesmo porque a ausência de um estado não significa uma liberdade individual assegurada quando alguns indivíduos em grupo perpetram atrocidades dignas do pior estado totalitário. Estabilidade nenhuma paga isto, assim como dizer que a abolição da escravatura no Brasil prejudicou os cafeicultores. Ora, não há como utilitariamente, exceto para os produtores de café defender a escravidão ou, no Chifre Africano dizer que por não existir uma burocracia e repressão estatal, o somali é livre. Só se for "livre" para ser oprimido, brutalmente oprimido. E é por este mesmo utilitarismo que matérias como esta aprovando o "grau de felicidade" na Venezuela são renomadas bobagens. Como se mede a felicidade? Da boca para fora? Marxista que posta isto nunca leu relatos de Marx em comentário a Engels amaldiçoando a felicidade calcada na ignorância de quem se banhava no Ganges. Agora, se ao invés de "felicidade" tu substituir por "desejo realizado", tudo bem, é bem mais objetivo. Mas, me diga o seguinte, como categorizar desejos? O desejo realizado de copular com uma garota entra na mesma qualidade de um prato de feijoada? Mais? Ok, mas a realização do 1º caso pode ser menos frequente que o 2º. Então, a soma de vários casos do segundo tipo compensa o primeiro? Isto é dificílimo definir e quantificar. De modo que uma sociedade saudável, desenvolvida e estável economicamente não tem a ver com supostas ilações psicanalíticas e picaretas sobre o que vem a ser "felicidade". Quando começaram esta asneirada de FIB (Felicidade Interna Bruta), o 1º país considerado como tal foi a Nigéria que saiu de 10 anos de guerra civil e é assolada pelo terrorismo do Boko Haram hoje. E aí, alguém aí troca a fria e "depressiva" Suécia pela Nigéria? Fala sério...

domingo, agosto 14, 2011

Somália e Malthus


"O dobro de pessoas, mas a mesma quantidade de cabeças de gado. Isso é insustentável"
Especialista em agricultura da ONU, comentando aumento populacional no Quênia, vizinho da Somália
BBC Brasil - Notícias - Quem é o responsável pela fome crônica na Somália?



Embora a crise na Somália não se explique só por isto, não deixa de ser interessante a observação do especialista da ONU que nos diz, a bem da verdade, uma baita obviedade! Malthus já alertara para esse descompasso séculos atrás, quando uma realidade social tecnologicamente primitiva como a que vive a Somália, o hiato entre crescimento populacional e produção alimentícia se torna maior. Mesmo que se diga que ele ignorou a sucessão de inovações tecnológicas na agricultura e pecuária, dentro de condições limitadas de produção, a fome campeia mesmo. 

Em suma, fica difícil acreditar que distribuição de alimentos ou transferência de recursos e apaziguamento dos clãs redunde num processo de estabilização no longo prazo. Difícil mesmo.
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sexta-feira, agosto 05, 2011

Flash Somali: corrupção, clã e inanição


O que se faz? Trata-se do país mais corrupto do mundo, pelo menos segundo dados de 2008... Também divididos em territórios dominados por diversos clãs, a Somália não tem chances de sair dessa crise (mais uma) sozinha. Os problemas não são meramente conjunturais, fazem parte da própria estrutura dessa sociedade. Sociedade... Como se tivessem alguma devidamente estruturada.