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terça-feira, julho 15, 2014

Jethro Tull - Thick as a Brick full

Por ocasião da reunião dos BRICS, me lembrei deste maravilhoso disco e, na esperança, de que nossos representantes não sejam tão toscos quando o motivo que levou o "brick" a ser adjetivado como thick.

sábado, julho 12, 2014

Willian Lee, Artista de Rua Brasileiro no Centro de SP emociona todos ao...



O que é "cultura popular"?

Pois bem, "cultura popular" para mim não é aquilo que elites (pretensamente) culturais e intelectuais definem como sendo, mas aquilo que o povo definitivamente faz. Nos anos 60 para os 70, os nacionalistas brasileiros, através de seus festivais de Música Popular Brasileira (MPB) tomaram a iniciativa de definir o que seria a nossa cultura musical e tiveram sucesso relativo nisto. Daí, quando as massas que não tiveram música como disciplina na grade curricular de nosso ensino público começaram a fazer música que acreditavam, uma turba desses intelectuais saiu categorizando a mesma como "subcultura". Ora, primeiro dizem que a cultura tem que ser "nacional", i.e., sem influência estrangeira ou sem reproduzi-la, depois dizem que o que o povo faz "não é a verdadeira música brasileira". Só que acontece que a própria bossa-nova foi fortemente influenciada pelo jazz e a tropicália pela contracultura e o rock. Um rock fraco, na minha opinião, mas foi. Agora, algumas dessas celebridades tentam pegar carona para não perder o apoio de milhares de fãs e saem fazendo 'funk' e outros estilos híbridos para atrair público e condenam outro eixo que se forma no interior (Centro-Oeste, especialmente) com a música 'sertaneja', que é uma adaptação do country americano. Nos EUA, a música mais comercial não perde laços com a música de raiz e, não raro, músicos em cena chamam velhas 'autoridades musicais' a dividirem o palco, o que trouxe velhos bluesmen de volta a cena, como B.B. King, entre outros. Por que aqui, os sertanejos, mais pop não poderiam fazer o mesmo com o "antigo country" brasileiro que é a música caipira? O problema da cultura não se encontra na cultura, mas na pretensa crítica especializada que se arroga o direito de definir o que é a cultura e como esta deve proceder. Estes críticos, sempre foram na minha opinião, uma cambada de parasitas inúteis. 

terça-feira, julho 08, 2014

sexta-feira, junho 13, 2014

RUSH - 01

No final dos 70 e início dos 80, eu cansei de ouvir falarem mal deles. Agora aí está, como uma Síndrome de Zagallo tiveram que engolir o Rush. Esta banda sempre fez o que quis, seguiu moda, não seguiu, cantou do jeito estranho, inventou letras fantásticas e fabulosas, rompeu com tudo isto, experimentou, voltou ao básico, caiu no gosto dos nerds, voltou ao rock'n'roll, reggae, prog, heavy etc. e nem por isto deixou de ser original. Odeiem se quiserem, mas é uma das bandas mais originais e poderosas que existem. Não gostou? Gosta de punk? Hard farofa? Heavy menudo? Dane-se porque o Rush não é nada disto. E eles vieram, viram e venceram.

segunda-feira, maio 05, 2014

Black Sabbath - Keep It Warm

Aí gurizada, me despeço com a melhor voz que a música já recebeu numa bela e romântica canção... 



Sweet woman are you feeling right?
What was it that you did last night?
You made me crazy you made me fly
I can't forget the hungry look in your eye
Ooh what's the matter with me?
I'm justa runner I was born free
But since I met you I can't leave you alone
I'm leaving now but I'll be coming home

Keep it warm at the place by your side
Nobody's gonna take away our magical ride
Keep it warm for me when we talk on the phone
Don't forget will you pretty one that your man is coming homne

D'you hear the rumor that is going around?
Say I'm ruined 'cos I'm settled down
It's not true well maybe half and half
You know I love you but I still like a laugh
Ooh I'm feeling fine I got it right for the first time
Sweet woman I can't stay for long, but every one will be proved wrong
I'm like a gypsy, I need to roam, but don't worry I'll be coming home
I need the danger I need the thrill
I need to know what is over each hill
Ooh I'm a different man I'm still running but you understand
Since I met you I can't leave you alone
I'm leaving now but I'll be coming home

quarta-feira, abril 09, 2014

Apenas jogue






Jack, relax. Get busy with the facts. No zodiacs or almanacs, No maniacs in polyester slacks. Just the facts. 

Um dos pequenos e melhores solos de Lifeson para mim, a sonoridade de fundo da guitarra me apraz muito. Esta é uma das canções da maturidade do Rush que mais me agradam, que mais me tocaram. Em 2011 tive que retirar minha 2ª parótida e desta vez não estava "boazinha". Para quem ouviu do mestre da área que após cinco anos se tem 60% de sobrevida, o respeito às estatísticas aumentou, bem como ao método com o qual se as obtém. Mas, o que é um indivíduo na Via Láctea? Nada além de um grão de areia sob quilômetros de praia mutante ao sabor de ondas que estarão lá para destruir tudo. A permanência é uma ilusão e por isto que nos agarramos como carrapichos em galhos de qualquer crença satisfatória. Podemos não encontrar a melhor, mas alguma qualquer que nos ajude por um momento ou, ao menos, que nos dê a sensação de ajuda. Após 10 horas de 3 cirurgias contínuas, 1 mês de radioterapia e 4 sessões de quimio tive que ouvir quantos "chás que eram bons para câncer". Não me entendam mal, eu gosto de chás, para problemas diuréticos e meu paladar, não para lidar com o DNA. Se isto é suficiente para balançar teus sentidos, imagine o que faz com a turba? Não por acaso multidões apavoradas e temerosas de que o mundo tenha uma borda por onde caiam os oceanos para o fundo sem fim e sem sentido, as religiões nos dão segurança. Mas cobram um preço e que preço... Hoje, muitas estão mais flexíveis, mas a fé violenta e brutal ressurge como ideologia política. Está aí causando destruição para um mundo em busca de faróis. E por mais imagens de perfeição, luzes ao fim dos túneis ou mapas com caminhos para o Éden que afirmem ter, o fato... Sim, os fatos como diz Neil Peart, inegociáveis, surgem e só temos que esperar por chances, cujos coringas -- também chamados de "acaso" --, nos brindam com a desgraça ou a vitória. Embora, tudo que precisemos seja a sobrevivência, até que outra onda do infortúnio venha e nos carregue com uma corrente para destino incerto. Se é que há destino... Então, joguem os dados, os ossos, as conchas, mas apenas jogue.

terça-feira, outubro 08, 2013

Proselitismo irresponsável e covarde

Sobre: Is Rioting Revolutionary? | Adbusters Culturejammer Headquarters https://www.adbusters.org/blogs/blackspot-blog/rioting-revolutionary.html via @adbusters
"O que Foucault e os maoístas estavam debatendo vai ao cerne de como imaginamos que a mudança revolucionária terá lugar. Será que a revolução será uma insurreição descontrolada - cujos sintomas incluem saques nas ruas de Londres, por exemplo - onde a raiva do povo contra o consumismo é totalmente liberada e os seus juízos implicitamente confiáveis?"
Eu simplesmente não entendo a cabeça desse pessoal, ou melhor, entendo sim! Mas não consigo entender como não percebem a contradição no que escrevem, no que dizem... Veja isto acima... O saque é um protesto contra o consumismo? Claro que não, saque é só saque, protesto contra o consumismo seria não consumir. Ou ao menos restringir substancialmente o consumo.
"'É a partir do ponto de vista da propriedade que há são furtos e roubos', Foucault insistiu no final de sua discussão. Quando vemos sempre saques, mas nada como ladrões e nos recusamos a conceder-lhe o status de um ato político consciente, uma explosão de 'justiça popular' contra um sistema corrupto e corruptor capitalista, estamos assumindo o ponto de vista das muitas forças que estamos tentando derrubar. O mesmo vale para quando nós condenamos qualquer ato insurrecional que não é acompanhado por um panfleto (tract) insurrecional."
Esta não é a questão, ninguém está negando o status político deste movimento aparentemente caótico, não é por ser político que é correto, nem tudo que detenha a pecha de 'político' é adequado, idôneo, probo etc. O movimento caótico, violento, anti-propriedade não passa de um espasmo de violência sem foco que na ânsia de destruir não traz em seu âmago nenhum projeto de construção. Então a Justiça tem que ser a da massa? Ah! Mas este Foucault merecia um linchamento para provar de seu veneno. Não vai dar, já que morreu...
Quando se fala em propriedade não se trata apenas de um naco de chão ou qualquer outra coisa, mas de todo um conjunto de relações que permitiu sua constituição. Que quer o filósofo? Destruir a tudo isto sem mostrar o que pode nascer em seu lugar? Os recursos quem mantém toda a gente que teve tempo para participar dessas manifestações são decorrentes da extração de um pedaço dessas relações, do que originou um produto chamado propriedade.
O cerne de tudo isto, no Reino Unido, na França e agora no Brasil é um foco errado, cujos parâmetros estão deslocados porque falta um ingrediente moral. A que eles supostamente têm é contra o capitalismo, mas nem sabem como este funciona, como este se constituiu e sem a moral, que os manifestantes rejeitam, não teríamos nada disto que construímos e que sustentam a gordura desses manifestantes. Aqui, uma dica de leitura sobre o ocorrido: Britain’s in crisis: the real causes of chaos on streets http://shar.es/EHi1q via @CityAM
Quando eu era garoto assisti um filme empolgante na Sessão da Tarde, que tratava de um homem vingando sua mulher, estuprada por outros três em uma paisagem apalachiana. Ele o faz, executa um a um e quando volta vingado para o acampamento, a polícia o está esperando com outros três, com as mesmas características. Sabe.... Se Foucault vivesse hoje poderia ser facilmente confundido com um skin head com aquela carequinha dele e levar uma tunda de laço da turba enfurecida...


"Quick to judge
Quick to anger
Slow to understand
Ignorance and prejudice

And fear walk hand in hand..."

-- Witch Hunt, Rush