A
questão aí não é porque uma é negra e foi pobre e a outra filha da abastada
elite brasileira com "costas quentes". Nada disto, mas porque,
precisamente, uma se esforçou de maneira muito acima da média e a outra, até
onde sabemos, não. Quanto se fala em desigualdade, eu gostaria de lembrar, o
problema é falso ou mal colocado, pois se ela é econômica retrata apenas um
resultado... As causas é que devem ser apontadas para serem justificadas ou
acusadas. Alguém deter mais posses como resultado de seu esforço é louvável,
não pelas posses em si, mas pelo esforço despendido. AGORA, quando essa
desigualdade é fruto de privilégios ou favores, tráfico de influência etc. é,
claro, amplamente condenável, pois é o tipo de desigualdade que afronta a
principal forma de igualdade defensável, a jurídica, onde devemos (em tese)
deter mesmos direitos e deveres. Enfim, parabéns a sul-africana, independente
de ser mulher, negra e ter sido pobre, mas simplesmente porque ela é um
indivíduo que não deve ter feito de sua condição uma desculpa para
auto-vitimização. Simplesmente deixou tudo isto de lado e foi à luta.
Mostrando postagens com marcador judiciário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador judiciário. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, março 10, 2016
sexta-feira, dezembro 09, 2011
Judiciário Brasileiro
Excelente texto:
A Justiça no Brasil vai mal, muito mal. Porém, de acordo com o relatório de atividades do Supremo Tribunal Federal de 2010, tudo vai muito bem. Nas 80 páginas – parte delas em branco – recheadas de fotografias (como uma revista de consultório médico), gráficos coloridos e frases vazias, o leitor fica com a impressão que o STF é um exemplo de eficiência, presteza e defesa da cidadania. Neste terreno de enganos, ficamos sabendo que um dos gabinetes (que tem milhares de processos parados, aguardando encaminhamento) recebeu “pela excelência dos serviços prestados” o certificado ISO 9001. E há até informações futebolísticas: o relatório informa que o ministro Marco Aurélio é flamenguista.
A leitura do documento é chocante. Descreve até uma diplomacia judiciária para justificar os passeios dos ministros à Europa e aos Estados Unidos. Ou, como prefere o relatório, as viagens possibilitaram “uma proveitosa troca de opiniões sobre o trabalho cotidiano”. Custosas, muito custosas, e...
Assinar:
Postagens (Atom)