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segunda-feira, dezembro 12, 2016

Teoria da Complexidade e Organizações Políticas



Aqui temos um texto muito, muito interessante falando sobre uma tal de Teoria da Complexidade (novidade para mim) que tenta provar como a organização, cada vez mais detalhada e complexa do mundo inviabiliza hierarquias e comandos unidirecionais de funcionar, mesmo quando amplamente legitimados, como é o caso da Democracia. Vale a penas ler. Por exemplo:
 "Um escopo de trabalho apresentado pelo às da cibernética Ross Ashby nos anos 1950, base do trabalho de for Bar-Yam, sugere que as organizações começarão a fracassar quando as demandas impostas a elas excederem a complexidade de sua estrutura governamental. As demandas da estrutura não podem ser mais complexas do que a capacidade da(s) pessoa(s) que concentram o poder."

Tomemos como exemplo um país, independente de área que pode ser extensa ou reduzida, mas cuja estrutura organizacional é bastante centralizada. A poder vigente só subsistirá neste caso com um elevado grau de autoritarismo. Mas, outro país que tenha área e população similares, porém com estrutura administrativa bastante descentralizada irá obter maior eficiência e, logicamente, legitimidade por seus atos e equipe no governo.
 Cf. A sociedade é muito complicada para ser guiada por um presidente, diz matemático http://motherboard.vice.com/pt_br/read/a-sociedade-e-complicada-demais-para-ter-um-presidente-sugere-a-matemtica via MOTHERBOARD Brasil


Anselmo Heidrich

segunda-feira, março 26, 2012

Onanismo epistemológico e estelionato científico

Quando li o, até então marxista, Manuel Castells em seu A Questão Urbana, ele deixava claro que não poderia haver uma teoria do espaço desvinculada da sociedade. Eu não concordo com isto porque acho que podemos, muito bem falar de encostas e isotermas sem mencionarmos as cidades, mas eu entendi o que autor disse. O que me espanta nesses 'espaciólogos', muitos dos quais geógrafos é que há uma necessidade muito grande de converter o espaço em uma categoria autônoma, auto-suficiente teoricamente, ao mesmo tempo em que criticam os positivistas por sua busca obstinada por um objeto e adoção da lógica-formal. Em contraposição, sua mítica 'lógica dialética' lhes indicaria, automaticamente, o objeto a ser estudado. Algumas situações que vivenciem me mostraram quão estúpida é esta forma de pensar: certa vez encontrei uns estudantes de física na USP, na época em que fazia meu mestrado e empolgado com este discurso dos geógrafos de então lhes perguntei:
-- Como vocês estudam o espaço? -- os sujeitos devem ter me tomado por um idiota ou, na melhor das hipóteses, alguém drogado e responderam com outra pergunta -- De que forma? -- Ou seja, não se estuda o espaço em si, como se não fosse uma condição entre objetos dada pela distância ou outras categorias. O vácuo em si não é o que o importa e as categorias utilizadas têm que vir acompanhadas de conceitos precisos e não meras metáforas com as quais estes pesquisadores se torturam em uma espécie de onanismo epistemológico.
Outro caso interessante foi quando tive aula (se é que aquilo podia se chamar assim...) com Ana Fani Alessandri Carlos e ao eu ter feito um comentário citando Richard Hartshorne, para quem as ciências não se dividem por seus objetos, mas por seus métodos, pois afinal, tanto a geografia como a biologia podem estudar o meio ambiente a supracitada professora me respondeu que cometi uma falha "porque Hartshorne é um neopositivista". E? E... Qual a sequência do argumento? Nada. Simplesmente parou por aí. 
Sinceramente, este pessoal, os espaciólogos têm que ser denunciados mesmo, com artigos e posts, pois o que fazem é um verdadeiro estelionato científico.
Cf.: Tomatadas: Tese central de Santos, Harvey e Soja é só "malabarismo retórico"