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segunda-feira, julho 30, 2018

Esquerdas + Direita Vs. Convivência


Imagem: thespruce.com
A Esquerda que eu conheci era revolucionária, acreditava que todo e qualquer rico enriquecera expropriando os demais, que a “culpa” pela pobreza existir era por um esquema, sistema de soma zero, se alguém ganha é porque alguém perdeu, mas a Esquerda contemporânea é pior, ela parte do princípio de que mesmo não tendo uma relação de exploração instaurada, a desigualdade é imoral e para restabelecer esta moral, a expropriação dos ricos tem que se dar. A antiga Esquerda condenava a exploração, a atual endossa a exploração em sentido contrário. No que uma certa Direita coaduna com ambas as Esquerdas? Quando alguns direitistas acham que uma elite global, que alguns ricos mantém outros povos, com seus ricos, pobres e remediados em situação de pobreza relativa. A solução para estes vira então, um belo e pomposo discurso com polpa nacionalista, mas cuja semente não passa de protecionismo, isolamento e medo. Esta é a raiz do sentimento anti-imigratório em países que se formaram e desenvolveram com a imigração. Esta é a raiz do pré-julgamento contrário e negativo sobre uma empresa global, cujo criador e principal detentor expressou opinião simpática a uma Esquerda (ainda que moderada). O que os une não é senão um sentimento de fraqueza que não trata todos por igual, sobretudo se o que “o outro” crê é algo distinto de mim. Para estes pseudo-liberais que falam em “censura” não existe o questionamento de quando se pode censurar alguém, pois nós o fazemos todos os dias em nosso ambiente privado. Ambiente PRIVADO, difícil entender? Sim, para muitos, as regras valem só para os outros. Para quem realmente defende a Liberdade, ela vale inclusive para quem quer se manter um idiota, desde que seja com sua própria vida, em seu próprio espaço e em sua própria EMPRESA.
Agora lembre-se, o raciocínio que guia a Esquerda contemporânea, dita Pós-Moderna de que devem existir cotas para “minorias” — mesmo que pardos sejam maioria em nosso país e haja mais mulheres que homens, estes são exemplos de “minorias” na novilíngua — é o raciocínio de quem acha que deve regular um espaço público. O que você espera que irá acontecer quando a regulação de um espaço privado pelos seus descontentes for sacramentada? Todos os espaços de convivência terão interferência alheia por força de Lei. Vai vendo, mas se depois vier chorar aqui, eu devo dizer “eu não te avisei” ou “VTNC”?
Anselmo Heidrich
30–07–2018

terça-feira, julho 17, 2018

Hernando de Soto e a Propriedade


5/6 da humanidade compreendidos pelos países ex-comunistas e países subdesenvolvidos não alcançaram o sucesso dos países capitalistas na geração de capital, mas:
“Por que no mundo em desenvolvimento as pessoas respeitam contratos e honram compromissos relacionados com a propriedade, acordados por elas e seus vizinhos, e ao mesmo tempo não respeitam aqueles que tentam lhes impor seus governos? Por que as pessoas aceitam assumir responsabilidades individuais dentro desses contratos sociais extralegais ao mesmo tempo em que se afastam – ou resistem a aceitar – as leis que seus governos desejam impor?” (p.13).
Hernando de Soto nos ajuda a compreender porque as leis que apoiam o capital não são tão diferentes da moeda. A chave do sucesso se estabelece, fundamentalmente, numa relação de confiança. Em suas palavras:
“Não é sua própria mente que lhe confere direitos exclusivos sobre um determinado ativo, mas outras mentes pensando em seus ativos no mesmo sentido em que você o faz. Por isso, a propriedade em qualquer de suas formas é um conceito construído a partir do consenso de muitas mentes pensando em seus ativos no mesmo sentido em que você o faz. Por isso, a propriedade em qualquer de suas formas é um conceito construído a partir do consenso de muitas mentes sobre como e por quem as coisas são possuídas; por isso a propriedade é uma trama de relações que propicia a criação de capital” (p. 14).

SOTO, Hernando de. O Mistério do Capital. Rio de Janeiro: Record, 2001.

segunda-feira, novembro 30, 2015

NÃO CULPE O CAPITALISMO na UNIBRASIL


Dia 26 de novembro passado, eu, Anselmo Heidrich, Fernando Ferro e Luis Diniz estivemos na Unibrasil, em Curitiba divulgando nosso trabalho. Como se tratava de uma semana acadêmica promovida pelo curso de direito procuramos voltar nossa discussão para temas relacionados, como capitalismo e criminalidade; capitalismo e desenvolvimento econômico; propriedade privada e favelização etc. Assista aos vídeos a seguir que vale a pena e nos sugira temas novos, novos adendos, perspectivas ou faça críticas que nos serão úteis.
Grato pela atenção,
a.h











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sexta-feira, setembro 20, 2013

Botos na Amazônia e propriedade

O golfinho fluvial conhecido como "boto cor de rosa", "boto branco" etc. (Inia geoffrensis).
Imagem: janelaselvagem.wordpress.com
Obrigado por assinar minha petição: CRIME AMBIENTAL - SALVEM OS BÔTOS DA AMAZÔNIA - PAREM COM A MATANÇA. (assine a petição)!
Toda pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor, separe um minuto paracompartilhar este link com todos que você conhece:
http://www.avaaz.org/po/petition/PAREM_COM_A_MATANCA_DE_BOTOS_NA_AMAZONIA/?tAkeafb
Vamos fazer a mudança juntos,

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Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:

CRIME AMBIENTAL - SALVEM OS BÔTOS DA AMAZÔNIA - PAREM COM A MATANÇA. (assine a petição)
O RIO TINTO DE SANGUE
O Brasil está encontrando seu destino e os botos da amazonia também. ESTÃO SENDO ANIQUILADOS..
Pescadores e ribeirinhos da Amazônia estão promovendo uma matança de Botos Tucuxi e Botos Cor de Rosa. Um verdadeiro massacre..
A Carne do Boto é usada pra pesca do peixe Piracatinga que tambem é conhecido como o "carniceiro do Rio".
A Piracatinga é processado nos frigorificos e embalado com o nome pomposo de "Filé de Douradinha". qué é exportado e também é vendido para os principais supermercados brasileiros.

http://www.avaaz.org/po/petition/PAREM_COM_A_MATANCA_DE_BOTOS_NA_AMAZONIA/?tAkeafb
Enviado pela Avaaz em nome da petição de (...)

Uma espécie pode ser vista como um "bem público", juridicamente falando e isto tem uma razão de ser: uma vez que seja consumida ou totalmente eliminada, o ecossistema como um todo pode padecer ou impor grandes dificuldades à sua capacidade de resiliência. Métodos de produção mais modernos, que preservem a propriedade privada ao lado da pública devem ser promovidos, como a criação de espécies para consumo em "fazendas aquáticas" (aquicultura). O outro ponto de consenso é que a prática de matar para comer pode ser moral, mas o método brutal para se obter carne, mesmo como isca não se justifica. Não é só desumano, como se devêssemos nos importar com a moral somente para nós, mas é imoral segundo uma perspectiva de como devemos proceder em relação aos animais, sejam domésticos ou os utilizados como recursos naturais. O ponto chave desta discussão para mim é como a propriedade privada - o empreendimento da pesca - deve conviver ao lado da propriedade pública - os botos em seu habitat - que, no caso citado, evidentemente não convivem bem.

sexta-feira, dezembro 28, 2012

O dono do "i"

Eu abomino o nacionalismo-protecionista, mas na proporção inversa, eu defendo a justiça e o que se vê é que o nome pertence mesmo à marca Gradiente e ponto final. Agora, o que disse um colega aí abaixo, acertadamente, é que o INPI é que nos envergonha. Antes fosse só isto também, pois ele atrasa a vida dos brasileiros. Nos EUA, produtos são lançados antes de sua licença ser, definitivamente, concedida, "patente requerida" vem nas inscrições que lhe são grafadas. Agora, se a Apple se acha digna de processar a Samsung por plágio, ao que esta lhe responde que a Apple "não inventou o retângulo", o mesmo tipo de resposta pode ser dada pela Gradiente dizendo que a Apple não inventou a letra "i", exceto se for a Gradiente quem irá requerer a posse da vogal...
Gradiente afirma que lançou o 1º iPhone do mundo e explica | Tecnologia - Correio do Estado

sábado, março 17, 2012

O açaí ganhou o mundo, mas é pouco

‎"O açaí é de importância incalculável para a região amazônica em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, tornando-se impossível, nas condições atuais de produção e mercado, a obtenção de dados exatos sobre sua comercialização. A falta de controle nas vendas, bem como a inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida apoia-se pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta, também impedem a constituição de números exatos." 
E devido a esta desorganização se sentem no direito de proibir a comercialização do nome por estrangeiros. Patético. 
A fruta ganhou o mundo? E os sucos, extratos, doces e marcas que poderiam ser comercializados, caso a propriedade fosse respeitada? Podemos mais, muito mais que a mera exportação da commodity, se tivéssemos segurança institucional. 

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Tragédia dos comuns no sushi nosso de cada dia

Mesmo sendo considerada 'artesanal', a pesca da tainha em Santa Catarina pode sofrer com seu incremento, que vai desde a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul até o estado de São Paulo.

A produção de pescado em São Paulo está no limite devido à sobre-pesca, comum mundialmente e que agora estaria afetando as costas brasileiras:

Estoques estão no limite - vida - versaoimpressa - Estadão
Se não se respeita a época de reprodução dos cardumes, um dia irão diminuir os estoques parece óbvio. E não é por falta de lições neste sentido:

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Libertarianismo, o falso liberalismo

Um imbecil 'libertário' me disse:
Se oferta criasse demanda, qualquer um poderia ser empreendedor. Bastava ofertar qualquer coisa que magicamente apareceria alguém pra comprar. Se usarmos a lógica até o fim, dá pra provar que se a oferta cria demanda, então o empreendedor explora o empregado. 

É justamente o contrário, o empreendedor é importante porque ele tem que DESCOBRIR qual é a demanda, apostar nisso e ainda organizar a produção da maneira mais eficiente possivel. Por isso nao é qualquer um que consegue ser empreendedor.

Bens imateriais, como idéias ou sentimentos, são sempre inexauríveis. Ar ou agua salgada um dia ainda podem se tornar exauríveis. Todo bem físico é exaurível, portanto pode-se tornar propriedade privada se virar umitem escasso.
A verdade é que qualquer um pode ser empreendedor. Poder pode, mas se alcançar, são outros 500. O que diferencia as pessoas não é o direito, mas a vontade e teimosia. O preconceito básico de que a demanda cria oferta tão somente é o que nos impediria de apresentar novidades e pensar assim, logicamente, nos faz crer que o único modo de colocar novidades na prateleira é através de um planejamento central, seguro o suficiente para nos garantir o retorno. Ora, mercado é risco e este risco compõe a premissa que leva a mudanças tecnológicas. "Descobrir qual é a demanda" é tão obtuso porque parte do preconceito implícito de que os seres humanos têm um escopo limitado de necessidades. Vejamos a culinária, para que tanto se, de acordo com a obtusa ideia de que a demanda, tão somente cria a oferta bastaria a nós para manutenção de nosso metabolismo uma dieta balanceada de uma ração similar a dos chimpanzés da NASA, absolutamente saudável, mas sem a magia que faz com que pratos novos sejam criados? 

Agora, burrice tem limite, ar e água não são exauríveis. Este pessoal não tem a mínima vergonha de dizer estultícies como estas?! Pode-se sim arguir que a limpeza deles tem um custo, mas o que não é o mesmo que alertar seu esgotamento ou extinção. E de acordo com este exemplo, tosco, o alerta de grupos ambientalistas-melancia* faz todo o sentido. Não, eles estão errados, o problema não é a quantidade, mas a qualidade do que nos interessa e queremos. O que sustenta o meio ambiente em equilíbrio (dinâmico, não nos esqueçamos) é o salto tecnológico. Não tem a menor chance de  se obter uma fundamentação teórica legítima de acordo com o libertarianismo a ideia de que só bens exauríveis possam se tornar propriedade privada. Do jeito que falam, o libertarianismo é tão anarquista que chega ao ponto de se lixar para a propriedade privada, pedra fundamental de nossa sociedade.

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*Verdes por fora, vermelhos por dentro, isto é, falsos ambientalistas que são, no fundo, velhos ideais socialistas com nova roupagem, pretensamente ecológica.