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sábado, fevereiro 13, 2016

Os melhores países do mundo, segundo Davos


Estabelecer critérios para definir "um país melhor" é sempre arbitrário, mas pode ser um pouco mais objetivo e equilibrado do que o mapa acima, ou a matéria abaixo linkada. (Imagem: gawker.com).

Matéria do Washington Post, baseada em pesquisa do Fórum Econômico Mundial em Davos, sobre os “melhores países do mundo”:

These are the world’s best countries. (Sorry, America — you’re No. 4.)

Isso não pode estar certo. Sou brasileiro e meu país não poderia nesta lista, exceto se os últimos lugares. Meu país está atolado em corrupção e, embora tenha superado o problema da fome crônica não chegou a uma situação razoável na categoria Segurança
Pública (que em termos absolutos é o país mais violento do mundo) e, principalmente, na educação, nós sofremos com baixas taxas que a situação global cada vez piores. Às vezes eu acho que deixar o Brasil, mas isso não é tão simples, porque, afinal, ter amizades e relacionamentos familiares aqui e viver uma cidade relativamente calma. Mas agora eu estou curioso para saber como esta pesquisa foi feita, sua metodologia etc.

(Depois de alguns minutos ...)

Entendi, o Brasil é bem cotado no quesito "aventura". Na verdade, desviar de balas perdidas, sobreviver à epidemias e desenvolver estratégias de evasão (temos uma carga tributária alta com um péssimo retorno sobre serviços públicos) deve ser emocionante.

Curiosidade: vocês são uma media de esquerda? Se estiver, tenha cuidado para imaginar sociedades que não correspondem à realidade. E um conselho, parem com este hábito de sempre tentar estar em primeiro lugar (me refiro aos EUA). Afinal, é muito mais difícil para um país de 300 milhões de pessoas como os Estados Unidos estar bem situado do que uma Suécia. Proporcionalmente, a quarta posição alcançada pelos Estados Unidos é o primeira, na verdade. E se houvesse um critério chamado de influência comercial, provavelmente os EUA iriam subir para a primeira posição, porque sem alguma relação comercial com este país, países como a China e muitos outros, nunca teria evoluído como fizeram na virada do século. Graças ao poder do consumidor norte-americano, muitos, muitos países podem efetivamente crescer, desenvolver e alcançar a paz. Não basta a democracia como um objetivo da política externa, eu acho que o principal fator de estabilidade e de paz que garante a própria democracia é o capitalismo. Isso por si só iria colocar os EUA em primeiro lugar a nível mundial. 

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quinta-feira, julho 04, 2013

Recomendo: Por uma crítica da geografia crítica

Fonte: isthmus.com.br
POR UMA CRÍTICA DA GEOGRAFIA CRÍTICA | Editora UEPG 
"Hoje, as teses da geocrítica são vistas como verdades tão óbvias que culpar o capitalismo e a democracia representativa pela violência urbana, pela pobreza, por problemas ecológicos ou de qualquer outro tipo é o mesmo que dizer "Cabral chegou ao Brasil em 1500". Nesse contexto, a missão deste livro é demonstrar a hegemonia da geocrítica no cenário contemporâneo e analisar criticamente seus pressupostos teórico-metodológicos e políticos, manifestos na pesquisa acadêmica, nas propostas de planejamento e também no ensino. Trata-se, pois, de um convite à reflexão sobre o que foi e o que é essa tendência da geografia que se fez dominante ao ponto de tornar-se quase invisível." 
[http://www.isthmus.com.br/eduepg/ciencias-humanas/geografia/por-uma-critica-da-geografia-critica/1-209/centro_detalhes.aspx#.UdYd_37eW2I.twitter]
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Saiu o livro do Diniz. Sim! Há vida inteligente na Geografia Humana, não são todos refugos marxistas, não... Recomendo a leitura: os capítulos mesclam críticas às teorias marxistas, ortodoxas e heterodoxas com alternativas teórico-metodológicas baseadas em pesquisas empíricas de fontes primárias. 

terça-feira, outubro 16, 2012

O futuro de minha geração – I

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/gente-um-tabu-a-ser-enfrentado

Por Anselmo Heidrich

Espero morrer antes de ficar velho (falando sobre minha geração)[1] cantava Roger Daltrey, vocalista do The Who, com seus menos de 21 anos. A indignação pela repressão discriminatória à geração que formaria a base da contracultura dos anos 60 dava lugar a um dos mais tolos preconceitos, o de que “velhos são ultrapassados”. Modas intelectuais e ideologias melhor formatadas também produziram este tipo de pensamento, de que o que é bom já se foi, ou dura pouco, ou pertenceu a uma “idade de ouro” impossível de repetir. Dentre tantos exemplos que podemos colher, vejamos este:

domingo, junho 10, 2012

A insustentável sustentabilidade do ambientalista

É interessante comparar o mapa acima, com a cobertura florestal original, e o seguinte para se perceber que o quadro global atual não é tão ruim quanto dizem. / It is interesting to compare the above map with the original forest cover, and the next to see that the current global context is not as bad as they say.

O texto a seguir parte de algumas reflexões sobre meio ambiente e sociedade. Já é um pouco antigo, 2006, mas há questões que ainda me são pertinentes:


Monday, July 31, 2006

A insustentável sustentabilidade do ambientalista

Anselmo Heidrich

Um conceito bastante vago, adotado pelos ambientalistas, é o de “superpopulação”. Vago por que o que é super? Algo demais? O Japão tem uma população próxima a de Bangladesh e não apresenta problemas como este país. Pelo contrário, os japoneses são muito bem providos em suas necessidades e a tecnologia nipônica, igualmente bem adaptada ao seu meio.[1]
Isto confunde muito os leitores, mesmo os com critérios liberais-econômicos, pois quando a população é tratada como mero recurso se esquece que é formada por gente, de pessoas. Esta visão torpe os aproxima dos próprios opositores desenvolvimentistas que costumam louvar as benesses do controle de natalidade como se fosse uma panacéia, o que é na verdade uma Caixa de Pandora. Separar o joio do trigo faz bem. O que ocorreu na China é um bom exemplo disto. O controle (coerção) estatal em que cada casal possa ter apenas um filho levou à preferência por homens, sobretudo na zona rural (melhores como “burros de carga”). Como conseqüência, nos anos 80 para cada 100 mulheres havia 118 homens. Sombrio... Hoje em dia, o estado chinês tenta driblar esta tendência, inclusive coibir o infanticídio feminino, não revelando o sexo em exames pré-natais.

domingo, abril 08, 2012

A Questão da Água / The Question of Water

Em uma região naturalmente árida, a seca de dois anos combinada com a má gestão dos recursos hídricos piora a situação do Rio Eufrates / In an arid region naturally, the two-year drought combined with poor management of water resources worsens the situation of the Euphrates River

Uma boa matéria no Washington Post para desmistificar algumas ideias correntes sobre a questão da água. Utilizando parte da sequência de tópicos do próprio autor faço algumas notas: