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terça-feira, janeiro 19, 2016

Passe Livre para o Terrorismo


Kim Kataguiri, Folha de SP

Passe Livre para o Terrorismo

Aqueles que andam de camisa negra, máscara no rosto e pedra na mão e chamam os outros de fascista estão de volta às ruas. Enquanto berram pelo mito do transporte público, gratuito e de qualidade e pedem menos violência, militantes queimam ônibus e jogam coquetéis molotov na polícia. No protesto do Movimento Passe Livre (MPL) da última quinta-feira (14), uma bomba caseira foi lançada dentro da estação Consolação do metrô, deixando um funcionário ferido. No dia seguinte, nenhum espanto. Havia sido apenas mais um "protesto" do MPL.

No ano passado, uma bomba caseira foi jogada numa estação de metrô em Istambul, na Turquia. A população turca ficou chocada com o atentado terrorista, que deixou cinco pessoas feridas. "Terroristas". Esse é o nome dado àqueles que explodiram bomba caseira em uma estação de metrô em Istambul. "Manifestantes". Esse é o nome dado àqueles que explodiram uma bomba caseira em uma estação de metrô no Brasil.

Não há espaço para eufemismo quando tratamos desse tipo de criminoso. Parece que os protestos do MPL têm uma espécie de licença moral e poética para o crime. Vândalos que destroem lojas e agridem policiais são chamados ainda de "ativistas". Queimar ônibus é considerado maneira de protestar. E o terrorismo - evidente para todos aqueles que não se deixam cegar por lentes ideológicas - é absolutamente ignorado.

A Constituição brasileira repudia o terror em dois artigos, no 4º e no 5º, mas este é um dos poucos países do mundo que não dispõem de uma lei para punir atos terroristas. A que tramita no Congresso é duramente combatida pelas esquerdas. Dá para entender por quê. Querem continuar a jogar coquetel molotov em estação do metrô "em nome de um outro mundo possível".

Houve avanço no tratamento dispensado a esses criminosos, chamados por outros praticantes do eufemismo ideológico de "adeptos da tática black bloc". A Polícia anunciou que pretende indiciá-los como membros de organização criminosa (Lei nº 12.850). Não basta! Eles não se organizam simplesmente para cometer crimes. Espalham o medo generalizado. Quem já acompanhou uma manifestação do MPL sabe bem quão caótico é o cenário deixado pelos black blocs. Os criminosos têm consciência de que explodir bombas em estações de metrô não fará a tarifa de ônibus desaparecer magicamente. Mas apostam de forma deliberada no terror.

Apesar disso, a explosão na estação de metrô nem ao menos virou notícia. Tivesse virado, não teria sido amplamente repudiada. O mais provável é que fosse tratada como mais um caso de vândalos "infiltrados" num protesto do MPL. Infiltrados esses que, curiosamente, aparecem única e exclusivamente nos... atos do MPL!

Antes que venham choramingar e dizer que sou autoritário, que quero impedir manifestações democráticas, peço que façam um pequeno exercício. Imaginem uma manifestação com centenas de milhares de pessoas, pouco importa a reivindicação. De repente, essas pessoas começariam a jogar coquetéis molotov e a explodir estações de metrô. Seria um caos, uma catástrofe, uma barbárie, certo? Pois é. Independentemente da quantidade de pessoas que o MPL leva às ruas ou a ideologia que defende, não podemos ignorar os crimes e atos de terrorismo cometidos em seus protestos.

A próxima "manifestação" do MPL já está marcada. Acontece nesta terça (19). E isso significa que, mais uma vez, seremos vítimas do eufemismo ideológico. Mais uma vez, "infiltrados" acabarão com uma "manifestação pacífica". Mais uma vez, os camisas negras da catraca terão passe livre para cometer seus atos de vandalismo e terrorismo.

Passarão?

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segunda-feira, setembro 28, 2015

A teoria dos "ódios de classe" e a massificação dos intelectuais brasileiros


A teoria dos "ódios de classe" e a massificação dos intelectuais brasileiros

Utilizando como fio condutor uma entrevista do ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira tecemos breves considerações sobre as origens, os desdobramentos e a influência exercida pelo que chamamos "Teoria dos Ódios de Classe". Inicialmente formulada por intelectuais como a filósofa Marilena Chauí (USP) tal ideologia permeou a mídia e o cotidiano, bem como a academia e os negócios

José Roberto, 2 de março de 2015 
A semana que se iniciou, assim como a anterior, assim o fez sob efeito de mais uma manifestação de intelectuais acadêmicos com respeito aos rumos da política nacional, o aprofundamento dos prospectos de crise econômica e recessão e de expectativas pessimistas de deperecimento institucional do país.
Desta vez, ao invés de se verificar que o protagonista dos eventos era um petista histórico o que se tem é justamente a mensagem de um ex-ministro do governo tucano que precedeu o do Partido dos Trabalhadores. A saber o economista Luiz Carlos Bresser Pereira.

sexta-feira, setembro 25, 2015

"Não Existe Direita", "Não Existe Oposição no Brasil". Sobre lugares comuns, falácias argumentativas e o que elas ocultam.



São muito correntes no discurso hodierno, da imprensa, formadores de opinião, redes sociais, blogosfera e tais quais aqueles argumentos ou teses de que "não existem partidos direita no Brasil" ou ainda de que  "não existem partidos de oposição no Brasil".
As duas assertivas quase sempre se sobrepõem e, quando combinadas lógicamente, engendram o corolário de que a democracia brasileira se acha ameaçada ou sob risco de extinção por métodos autoritários .“Ditadura comunista” ou “ditadura bolivariana” são termos que completam ou acompanham frequentemente este tipo de diagnostico.

quarta-feira, setembro 23, 2015

Adeus aos pobres...


A euforia de vender para a “baixa renda” acabou. A partir de agora, a empresa que quiser sobreviver precisará se preparar para servir não à alta, mais a “altíssima renda”, porque até a “alta renda” está adiando o consumo para ver no que vai dar esse imbróglio todo da economia brasileira da atualidade.
A euforia da “baixa renda” surgiu como resultado de uma complexa e ampla rede de causas tecnológicas e condições propícias. A liberação da Internet para uso público em 1995 e sua extraordinária expansão nos anos 2000 aliada à popularização da telefonia móvel e da banda larga permitiu às economias industrializadas terem um aumento extraordinário da produtividade, o que gerou um crescimento econômico global sem precedentes.

sexta-feira, setembro 18, 2015

O risco moral da classe política e a circunstância moralmente arbitrária da classe empresarial


O risco moral da classe política e a circunstância moralmente arbitrária da classe empresarial

O risco moral da classe política e a circunstância moralmente arbitrária da classe empresarial:
alguns apontamentos sobre escolhasinstitucionais e desigualdades na (contra) reforma política em curso

Havia prometido a mim mesmo que não opinaria mais sobre o tema, tendo em vista a inércia dos partidos, a dubiedade do Executivo, o enviesamento das propostas correntemente esposadas pela opinião publica e vocalizadas na sociedade civil e a aversão ao risco de nossos parlamentares.

quarta-feira, setembro 09, 2015

Algumas perguntas que não querem calar: o Lulismo, a demonização de Eduardo Cunha e a arqueologia politica da bancada "BBB"



Algumas perguntas que não querem calar: o Lulismo, a demonização de Eduardo Cunha e a arqueologia politica da bancada "BBB"


Por toda a parte que olhamos vemos pessoas deplorando a atual composição do plenario do Poder Legislativo Federal ("o pior Congresso Nacional em mais de meio século") e do presidente de sua Camara Baixa, deputado Eduardo Cunha (PMDB).

Tecem-se muitos comentarios pessoais com pretensões ora de reclamo, ora de protesto e tambem de analise. Quase todos invariavelmente tem por corolario a demonização da Camara dos Deputados e de seu presidente.

Associam Cunha ora a personagens ficcionais (a alegoria da Camara brasileira como a "House of Cunha" sugerida por jornalistas estrangeiros se tornou muito popular como descrição da presente legislatura) ora a personagens reais. E dentre estes sobressaem seus alegados financiadores de campanha eleitoral (no caso as empresas de planos de saude) e seus anonimos (ainda que bastante vocais e audiveis) eleitores evangelicos.