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quinta-feira, julho 04, 2019

O que significa o 4 de Julho

Photo by Tim Mossholder from Pexels 

Feliz 243 anos de vida,
Estados Unidos da América!

Em que pese seus defeitos (como todos os países do mundo hão de ter), se trata de um país com mais méritos que deméritos, sem sombra de dúvida. Entre os primeiros, como fonte inspiradora ad eternum, A SEPARAÇÃO DOS PODERES E A ISENÇÃO DA JUSTIÇA.
Sem isto, nós nunca poderemos subir no pódio deste tipo de sociedade. Nunca.
Não é de i-phones e moletons bregas com marcas de outdoor que se constrói uma nação, mas com PRINCÍPIOS INCORRUPTÍVEIS.
Quando cruzamos a linha desta separação de poderes até podemos pegar carona no desenvolvimento, com mais importações/exportações e bugigangas baratas, mas nunca o modo de convivência que garante tua defesa contra a opressão. E se você acha que trancafiar um reconhecido bandido mafioso vai compensar uma “pequena escorregadela” torço para que teus filhos não sofram pelos mesmos desvios que hoje tu acha legítimo.
Enfim, se deliciem com um texto de quem honra a Lei*:
Anselmo Heidrich
04 jul. 2019
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*Se você não gosta de uma Lei em particular, mude-a através da Democracia, caso saiba o que isto significa…

sábado, fevereiro 13, 2016

Os melhores países do mundo, segundo Davos


Estabelecer critérios para definir "um país melhor" é sempre arbitrário, mas pode ser um pouco mais objetivo e equilibrado do que o mapa acima, ou a matéria abaixo linkada. (Imagem: gawker.com).

Matéria do Washington Post, baseada em pesquisa do Fórum Econômico Mundial em Davos, sobre os “melhores países do mundo”:

These are the world’s best countries. (Sorry, America — you’re No. 4.)

Isso não pode estar certo. Sou brasileiro e meu país não poderia nesta lista, exceto se os últimos lugares. Meu país está atolado em corrupção e, embora tenha superado o problema da fome crônica não chegou a uma situação razoável na categoria Segurança
Pública (que em termos absolutos é o país mais violento do mundo) e, principalmente, na educação, nós sofremos com baixas taxas que a situação global cada vez piores. Às vezes eu acho que deixar o Brasil, mas isso não é tão simples, porque, afinal, ter amizades e relacionamentos familiares aqui e viver uma cidade relativamente calma. Mas agora eu estou curioso para saber como esta pesquisa foi feita, sua metodologia etc.

(Depois de alguns minutos ...)

Entendi, o Brasil é bem cotado no quesito "aventura". Na verdade, desviar de balas perdidas, sobreviver à epidemias e desenvolver estratégias de evasão (temos uma carga tributária alta com um péssimo retorno sobre serviços públicos) deve ser emocionante.

Curiosidade: vocês são uma media de esquerda? Se estiver, tenha cuidado para imaginar sociedades que não correspondem à realidade. E um conselho, parem com este hábito de sempre tentar estar em primeiro lugar (me refiro aos EUA). Afinal, é muito mais difícil para um país de 300 milhões de pessoas como os Estados Unidos estar bem situado do que uma Suécia. Proporcionalmente, a quarta posição alcançada pelos Estados Unidos é o primeira, na verdade. E se houvesse um critério chamado de influência comercial, provavelmente os EUA iriam subir para a primeira posição, porque sem alguma relação comercial com este país, países como a China e muitos outros, nunca teria evoluído como fizeram na virada do século. Graças ao poder do consumidor norte-americano, muitos, muitos países podem efetivamente crescer, desenvolver e alcançar a paz. Não basta a democracia como um objetivo da política externa, eu acho que o principal fator de estabilidade e de paz que garante a própria democracia é o capitalismo. Isso por si só iria colocar os EUA em primeiro lugar a nível mundial. 

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sexta-feira, fevereiro 05, 2016

As Palavras, a nuvem e os chacais


Em primeiro lugar, acesse este artigo:

DEMOCRACIA E LIBERDADE: DEMOCRACIA: O QUE É E PRA QUE SERVE: Por Fernando Raphael Ferro de Lima.
            Outra dia, numa comunidade do Facebook, um dos membros postou uma pergunta capciosa. Qu...

Fernando, eu adoro estes assuntos... Outro dia, não faz muito tempo, eu assisti uma palestra, de um aclamado autor da nova direita brasileira, linguista coisa e tal que discutia o conceito de "democracia" entre outros e ele lembrou, como tu fez agora, o conceito para os gregos, bem distinto do que utilizado atualmente. Mas, em determinado momento, ele conclui que estas palavras são antes de tudo nomes e, como tal nós temos que discuti-las. Pois bem, por isto mesmo no momento das intervenções eu disse a ele que esta frase me era muito cara, conforme consta no clássico de Popper, A Miséria do Historicismo, a divisão entre essencialistas – que procuram essências (absolutas) nos fenômenos – e os nominalistas – que veem antes de tudo, nomes que podem muito bem se referir a fenômenos distintos e era exatamente este o caso que eu via para a DEMOCRACIA. Robert Dahl, autor do calhamaço A Democracia e Seus Críticos analisa detidamente, vários tipos de crítica à democracia, de monarquistas, de comunistas aos anarquistas e todos veem falhas nela. Ora, se todos esses dizem que seus sistemas de governo é que são melhores, digo, seus regimes então isto só depõe contra eles e a favor da Democracia. E claro, o anarquismo seduz, sobretudo jovens. Portanto, o risco está aí, na formação de uma ideologia que clame pelo absoluto, pela perfeição que quando reproduzidas na prática viram, como sabemos, campos férteis para a tirania. Não é a toa que outro autor, não menos famoso, Isaiah Berlin via as utopias como fontes de risco e terror. O difícil aceitar, quando se usa novas "teologias sem deus" é que a busca por um sistema ou regime que concentre o receituário para transformações e estabilidade totais não passa de algo vão, sem eficácia. Tão inócuo que só serve para levantar nuvens de poeira com suas palavras, enquanto que os mesmos chacais de sempre trucidam as ovelhas anestesiadas pelos vultos e miragens que seus desejos produzem. Parabéns pelo texto, novamente.


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segunda-feira, junho 08, 2015

Democracia e Interesse


Democracia e interesse

Não existem em essência “interesses coletivos”. Todos interesses são, no limite, interesses privados. Mas, não raro, quando se demanda por maior força política ocorre a arte da associação. Se eu tenho interesse que meu bairro, localizado em uma área que recentemente deixou de ser rural tenha calçadas, isto vai depender de minha comunicação com os representantes políticos locais e/ou com a própria população. Se esta não demonstrar interesse nisto, terei que me esforçar por convence-la de sua importância. Do contrário, simplesmente não atinjo meu objetivo e fica comprovado que meu interesse particular não encontrou sintonia com o de outros.
Não há neste caso, um interesse coletivo que deixou de ser atingido. A coletividade em questão não achou interessante minha proposta individual, provavelmente por que outros indivíduos têm outras prioridades. O termo “coletivo”, no entanto, goza hoje de um favoritismo, como se fosse o certo ética e politicamente falando. Não é assim. Torna-se mais fácil pensarmos em uma lógica de ação coletiva quando não dispomos do referencial teórico de uma verdadeira democracia liberal. Em uma economia altamente oligopolista como a nossa em que alguns setores empresariais não têm no estado a necessária isenção de interesses políticos e sede por propinas, mas sim um corruptor, se sabe de antemão que jogar segundo preceitos individuais e de livre-mercado é como seguir os Dez Mandamentos numa Sodoma. O mecanismo público de apropriação dos interesses privados que se tornou mais conhecido em nossas latitudes como a malfadada “Lei de Gerson” é uma deturpação do liberalismo e não seu endosso. O que deveria existir para regular os interesses, apenas perverte.
O tão alardeado fracasso da “democracia burguesa” em prol de uma tão utópica quanto nefasta “democracia popular” se constitui em um estelionato sociológico de raciocínios totalitários. Primeiro por que a democracia não é “burguesa”. Burgueses, assim como quaisquer outros grupos têm no regime democrático seu lugar. A raiz do problema está na promiscuidade entre um poder público e os direitos (e deveres) privados, o que se chama patrimonialismo.
Costumamos associar esta perversão só na entidade todo-poderosa chamada de “estado”, esquecendo-nos que ela é, em última instância, um reflexo do que somos como sociedade… Por ocasião da greve da USP, um estudante me disse que “um dos princípios da democracia é o direito de greve”. Pois sim, mas também é um de seus princípios, intocáveis, o de “ir e vir”. Como manter aquele em detrimento deste quando professores e alunos que não simpatizavam com a causa são impedidos de entrar em suas salas de aula? Tão lícito quanto o direito à greve é o de não participar da mesma.
O que não se considera na ação de um agente corruptor incrustado em algum órgão público ou em um militante socialista que finge estudar para se aplicar na política estudantil, é que nossa civilização se apóia, mais do que no conceito de propriedade privada, na idéia de um contrato social. Este pode ser quebrado desde que assumidas determinadas conseqüências. Se eu não quero cumprir com minhas obrigações trabalhistas, este é um direito meu, mas devo saber que sofrerei algum tipo de sanção, que terei que arcar com os efeitos de meus atos. Simples.
Nenhum direito no caso pode subverter o direito à liberdade, que foi o que se viu na greve dos estudantes da USP. Diga-se de passagem, insuflada, pelo sindicato dos funcionários, o SINTUSP.
Ocorre que a mentalidade de sindicatos não se pauta pela lógica de mercado que é, antes de tudo, uma ação coletiva cujos interesses são privados. Se a greve, realmente, tivesse o endosso da maioria, por que não deixar, justamente, esta suposta maioria decidir por si própria se queria ou não ter suas aulas? Por que o temor? O raciocínio sindical não parte da premissa do livre-arbítrio, ele procura anula-lo tal qual um corruptor procura anular a competição em seu próprio favorecimento.
Democracia pressupõe conflito sim, mas um conflito regulado (e regulamentado) por regras transparentes. No fundo, o que fazem os arautos da “democracia direta” ou da chamada “democracia participativa” é transformar a própria democracia numa “soma de opiniões ignorantes”.
A idéia subjacente é que não deve haver governo (“si hay gobierno, soy contra”), todos devem tomar o estado de direito de assalto e, posteriormente, perante uma anarquia reinante, sugerir um governo sim, porém despótico. Nada de doutrina de governo, mas que se doutrinem indivíduos para um governo alheio a eles, parece ser seu mote. Subverta qualquer arranjo institucional em nome de um vago conceito de “ação direta”. Para meliantes deste naipe, as instituições são apenas blocos de poder em que indivíduos não atuam, se submetem. Mas, o que eles fizeram senão submeter os que não concordavam?
O pior é que democracia pressupõe também uma antítese da insociabilidade. E, behavioristicamente, falando, o que mais se viu, foi a manifestação por parte dos estudantes, de um comportamento de matizes totalitárias. Em que pese seu adjetivo preferido: o “social”. Social isto, social aquilo, não teve na realidade nada de “social” em ameaçar aqueles que pleiteavam um raro desejo no Brasil, o de estudar.
Os socialistas gostam de chamar nossa democracia de “burguesa” confrontando-a com uma mágica democracia socialista. Ora, democracia é democracia, que me perdoem a tautologia. E ela não pode ser contraditória, isto é, que pressuponha a eliminação da própria liberdade de expressão, de comércio, de direito à propriedade etc. A democracia não subsiste também sem o republicanismo que separa a coisa pública (res publica) da propriedade privada. As duas são necessárias e devem ser bem definidas para que nenhuma suplante a outra.
No Brasil, só se começou a falar em democracia como princípio absoluto, em nossas academias plenas de marxismo, a partir dos anos 80, quando o socialismo moribundo da Europa já dava seus sinais mal cheirosos de putrefação. A incorporação do conceito por eles é recente e mal compreendido. Tal qual os corruptos do governo ou os que se beneficiam deles, nossos estudantes grevistas destroem cotidianamente a base da sociedade democrática ao misturar seus interesses privados com o que deveria ser comum a todos, a liberdade de opção.

sexta-feira, novembro 07, 2014

Classificação política e falta de objetividade


Sobre esquerdas e direitas – O Diagrama Scar http://t.co/UeHz8Yonok


A questão de que a chamada direita atual ter sido a esquerda do passado, séculos atrás está correta, assim como a caracterização da evolução subsequente. Neste sentido, o artigo é rico e bastante informativo. Como relatado, lá pelos idos do séc. XIX, ainda existia quem defendia a monarquia contra a democracia. Estes eram os direitistas de então, mas... Veja que ele não cita esta palavra, Democracia, sua análise está totalmente centrada no Capitalismo e esta é uma falha. 

Os anarco-capitalistas -- ancaps --, autoproclamados 'libertários' que estariam na extrema direita para ele seriam a favor da liberdade total, totalmente pelas vias do mercado livre, mas atente que sendo assim, discordam da democracia como meio de regulação. E os comunistas na extrema esquerda também não ligariam para ela, a democracia. Deste ponto de vista, quando o poder individual ou, na oposição, o coletivo descartam a negociação e equilíbrio de aceitar pontos divergentes para manutenção da ordem, de meu ponto de vista, não estão separados, mas próximos. Então, eu trocaria o Diagrama Scar, que ele propõe por outro, uma ferradura. Que aliás, não é ideia minha... Conferir aqui a Teoria da Ferradura (Horseshoe Theory). Os extremos, anarco-capitalistas e comunistas descartam a negociação e se tornam autoritários, um para o indivíduo e outro para o coletivo. Adicionaria aí também o detalhe que a extrema esquerda também sempre foi lembrada pelo movimento anarquista que, antes dos ancaps era tido como essencialmente de esquerda. Estes rótulos enfim, cansam porque estão sujeitos a interpretações diversas -- quem os define, define como lhe convém e fica nítido que o autor, Scar, tem uma queda pelo liberalismo. Nada condenável, aliás, pois também tenho, mas se tem que assumir este dado e não tratá-lo como se fosse objetivo e imune a nossa subjetividade na escolha. Por exemplo, já ouvi um liberal dizer que a social-democracia (se referindo aos nórdicos europeus) "não dá certo"... Patético, tanto "não dá certo" que existe há décadas. E outro erro é tomar o que eles definem como "socialismo" como algo socialista na teoria de Marx. É bem diferente. A propósito, a Nova Zelândia, um país que prima pelas excelentes avaliações em rankings de liberdade econômica foi colonizada por imigrantes trabalhistas e socialistas. Quem diria...

Então mais cuidado e cuidado especialmente ao definirmos o que é algo a partir de um simples nome, pois este pode não significar aquilo que uma velha teoria queira nos dizer. E sim, não sou isento, eu critico o teor do artigo porque discordo que possamos construir uma ordem duradoura sem democracia e senti a ausência do termo no mesmo. 

Mesmo que se diga que a democracia não define um sistema econômico por inteiro (o que é verdade), também é verdade que enfatizar a dicotomia Capitalismo v. Socialismo é por demais pobre... Eu prefiro discutir "Sistema Social" e aí não entra somente o modo como a propriedade é regulada, mas também a cultura e sua organização jurídica. Importante porque há países, regiões, estados (em fortes federações) ou até cidades e condados nos quais se pode ter razoável ou forte liberdade econômica sem paridade na liberdade política (Singapura, p.ex.), embora o contrário seja difícil. 

Enfim, eu endosso o liberalismo e me defino como liberal, mas sem os arroubos e delírios anarco-capitalistas ou anarquistas, cujo ódio e preconceito contra tudo que enseja a palavra estado não conseguiram construir nada melhor do que sociedades clânicas (como a Somália) e chegam ao absurdo de dizer que na monarquia se tinha maior justiça econômica que na democracia. Claro que sim, para o senhor feudal...

Dizem que o espaço é curvo. Talvez o espectro ideológico político também não fuja disto e necessitemos de uma revolução epistemológica na ciência social...


terça-feira, outubro 08, 2013

Proselitismo irresponsável e covarde

Sobre: Is Rioting Revolutionary? | Adbusters Culturejammer Headquarters https://www.adbusters.org/blogs/blackspot-blog/rioting-revolutionary.html via @adbusters
"O que Foucault e os maoístas estavam debatendo vai ao cerne de como imaginamos que a mudança revolucionária terá lugar. Será que a revolução será uma insurreição descontrolada - cujos sintomas incluem saques nas ruas de Londres, por exemplo - onde a raiva do povo contra o consumismo é totalmente liberada e os seus juízos implicitamente confiáveis?"
Eu simplesmente não entendo a cabeça desse pessoal, ou melhor, entendo sim! Mas não consigo entender como não percebem a contradição no que escrevem, no que dizem... Veja isto acima... O saque é um protesto contra o consumismo? Claro que não, saque é só saque, protesto contra o consumismo seria não consumir. Ou ao menos restringir substancialmente o consumo.
"'É a partir do ponto de vista da propriedade que há são furtos e roubos', Foucault insistiu no final de sua discussão. Quando vemos sempre saques, mas nada como ladrões e nos recusamos a conceder-lhe o status de um ato político consciente, uma explosão de 'justiça popular' contra um sistema corrupto e corruptor capitalista, estamos assumindo o ponto de vista das muitas forças que estamos tentando derrubar. O mesmo vale para quando nós condenamos qualquer ato insurrecional que não é acompanhado por um panfleto (tract) insurrecional."
Esta não é a questão, ninguém está negando o status político deste movimento aparentemente caótico, não é por ser político que é correto, nem tudo que detenha a pecha de 'político' é adequado, idôneo, probo etc. O movimento caótico, violento, anti-propriedade não passa de um espasmo de violência sem foco que na ânsia de destruir não traz em seu âmago nenhum projeto de construção. Então a Justiça tem que ser a da massa? Ah! Mas este Foucault merecia um linchamento para provar de seu veneno. Não vai dar, já que morreu...
Quando se fala em propriedade não se trata apenas de um naco de chão ou qualquer outra coisa, mas de todo um conjunto de relações que permitiu sua constituição. Que quer o filósofo? Destruir a tudo isto sem mostrar o que pode nascer em seu lugar? Os recursos quem mantém toda a gente que teve tempo para participar dessas manifestações são decorrentes da extração de um pedaço dessas relações, do que originou um produto chamado propriedade.
O cerne de tudo isto, no Reino Unido, na França e agora no Brasil é um foco errado, cujos parâmetros estão deslocados porque falta um ingrediente moral. A que eles supostamente têm é contra o capitalismo, mas nem sabem como este funciona, como este se constituiu e sem a moral, que os manifestantes rejeitam, não teríamos nada disto que construímos e que sustentam a gordura desses manifestantes. Aqui, uma dica de leitura sobre o ocorrido: Britain’s in crisis: the real causes of chaos on streets http://shar.es/EHi1q via @CityAM
Quando eu era garoto assisti um filme empolgante na Sessão da Tarde, que tratava de um homem vingando sua mulher, estuprada por outros três em uma paisagem apalachiana. Ele o faz, executa um a um e quando volta vingado para o acampamento, a polícia o está esperando com outros três, com as mesmas características. Sabe.... Se Foucault vivesse hoje poderia ser facilmente confundido com um skin head com aquela carequinha dele e levar uma tunda de laço da turba enfurecida...


"Quick to judge
Quick to anger
Slow to understand
Ignorance and prejudice

And fear walk hand in hand..."

-- Witch Hunt, Rush

sexta-feira, setembro 21, 2012

O papel do bairro na civilidade / The role of the district for civility

Adultos atentos enquanto crianças brincamFoto: Cynthia Vanzella, Diário Gaúcho.

         Estamos prestes a mais uma eleição municipal nas cidades brasileiras e me pergunto como as pessoas podem esperar que um prefeito resolva integralmente seus “problemas urbanos”. Se os gestores urbanos eleitos fizessem o mínimo, i.e., administrar com idoneidade e não deixar rombos no orçamento já seria um bom começo. Mas daí surge aquele sentimento de impotência que nos diz, para que serve então um partido e suas plataformas de governo se não podemos eleger quem execute reformas e mudanças significativas nas cidades? Bem, acontece que simplesmente atribuir tudo isto a um executivo e um corpo de legisladores que se notabiliza por criar nomes de ruas é querer “tirar leite de pedra.”

sábado, outubro 22, 2011

“Se hay gobierno, yo soy contra”


Verdade seja dita, muitos manifestantes não têm a mínima ideia sobre o que, pelo que ou contra o que protestam (foto: http://danielbiologo.wordpress.com/2010/10/13/parque-da-lagoa-no-vassourao/). 

Vejamos até onde vai a chamada “consciência social”... Abaixo uma sucessão de e-mails recebidos em minha caixa postal para, ao final, eu colocar duas dúvidas que trouxeram com facilidade a revelação de uma simpatizante da causa. Pelo menos ela foi bem sincera:

sábado, agosto 06, 2011

Islam’s philosophical divide: Dreaming of a caliphate | The Economist


Excelente matéria da The Economist sobre o islã. A ideia que se tem de uma uniformidade religiosa também é questionada e suas possibilidades de convivência com a democracia liberal avaliadas. O problema, como fica claro, é que isto não depende apenas do debate filosófico ou teológico e sim, também, da expansão da classe média:


Islam’s philosophical divide: Dreaming of a caliphate | The Economist

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terça-feira, fevereiro 08, 2011

Enya e taenia




Acho que foi José Guilherme Merquior quem disse que "sou um liberal na economia, um democrata na política e um anarquista na cultura". Penso que os três princípios se complementem.
Não desdenho da anarquia como meio de possibilidade criativa, não. Só acho que é difícil ver qualquer anarquista dando continuidade a qualquer coisa. E não se trata de incapacidade ou "burrice", só de articulação, pois se chega a determinado momento a exigência de disciplina. E é aí que a porca torce o rabo.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Democracia



Existem argumentos antidemocráticos provenientes de espectros ideológicos distintos como o socialismo e o libertarianismo. As excrescências populares, dos quais o caso Tiririca é uma das mais recentes servem como motivo para suas críticas. Argumenta-se também que o regime democrático gera disfunções quando o povo, em sua ignorância, vota em candidatos populistas ou em representantes que legislam contra princípios invioláveis (a propriedade privada) porque “naturais” (o caso do liberalismo e sua forma mais radical, o libertarianismo). A premissa de que se pode fazer melhor encontra-se com um "governo dos cultos" ou de técnicos (uma ditadura cuja autoridade está diluída nas normas e não na pessoa) é fácil, sobretudo quando se esquece que a democracia está ligada a competição no mercado que gerou inovações tecnológicas e mudanças de instituições que inibiam a mudança cultural.