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segunda-feira, setembro 30, 2019

Mais Greta Van Fleet e Menos Greta Thunberg


Eu acho extremamente válido se indignar por questões morais, agir ancorado em princípios do mesmo tipo, mas sempre, S-E-M-P-R-E com racionalidade, NUNCA com alarmismos e mentiras tendo o caos como subproduto. Não adianta apelar para a emoção sem razão. Nada bom pode sair daí ou mesmo que se tire alguma coisa, ao final das contas, os benefícios não irão superar os danos.

Completo: https://youtu.be/BOsUCupMqTI



terça-feira, junho 18, 2019

A dependência energética da Ucrânia

Usina Nuclear de Rivne,Varash.

A Ucrânia está entre os maiores consumidores de energia do continente europeu e com um nível mediano de consumo per capita em termos mundiais. Poucos países são tão dependentes de combustível estrangeiro quanto a Ucrânia. Esta realidade forçou o país, desde o Euromaidan*, em 2014, a diversificar o rol de fornecedores, ao ponto de se tornar independente da importação de gás russo. Por outro lado, as importações de diesel da Rússia aumentaram no país, respondendo por ¼ do consumo ucraniano, em que pese o embargo aos seus produtos entre outubro de 2015 e março de 2016. Hoje, metade de seu mercado é abastecido pela Bielorrússia. No total, 85% dos produtos petrolíferos é importado, o que revela a elevada dependência externa dessas commodities.
O setor petrolífero ucraniano sofre a defasagem atual após anos de falta de investimentos, o que sucateou a sua capacidade de refino. A questão vai além do mero cálculo econômico. Na última década surgiu um mercado concorrencial na distribuição de combustíveis, mas que depende, basicamente, de uma empresa, aProton Energy Group S/A, sediada em Genebra, na Suíça, que leva ao país o diesel russo produzido pelaRosneft.
Além dos hidrocarbonetos, a Ucrânia é altamente dependente da energia nuclear (15 reatores geram cerca de metade da eletricidade). A maior parte de seus serviços nucleares e combustível derivado provém da Rússia (apesar da redução desta dependência através de compras da Westinghouse). Em 2004, encomendou dois novos reatores e o governo planeja manter a participação nuclear na produção até 2030, daí seu interesse em investimentos e tecnologia ocidentais.
Em 2013, o consumo energético, segundo a matriz destacada, foi distribuído da seguinte forma:
· Combustível fóssil sólido (carvão), 36%;
· Gás natural, 34%;
· Nuclear, 19%;
· Derivados de petróleo, 9%;
· Renováveis (hidroelétrica, solar, eólica, biomassa), 2%.
As reservas de carvão ucranianas estão entre as sete maiores do mundo e a maior parte dessas jazidas é localizada na bacia de Donbass, atualmente em conflito. Em 2010, a Ucrânia foi o 13º maior minerador de carvão do mundo e, em 2011, o volume de carvão-vapor (destinado à geração de eletricidade) alcançou 62% da produção total.
O mercado de distribuição e venda de eletricidade no país é altamente concentrado, as empresas nesta área são monopólios naturais** e,em alguns casos, parcialmente controlados pelo Estado, que, na maioria deles, é um sócio minoritário. Grandes empreendedores são proprietários dessas empresas, por vezes não diretamente, mas através de empresas a que são filiados. Muitas dessas corporações são registradas no exterior, como estratégia de evasão fiscal***.
Entenda a dependência energética da Ucrânia e sua relação com a Geopolítica regional, leia-se, Rússia e Europa.
Plataforma de perfuração no Mar Negro.

Outra importante variável a ser considerada quando se fala em produção energética na Ucrânia é a geopolítica. A Rússia tenta impedir a exploração de hidrocarbonetos na plataforma continental**** ucraniana no Mar Negro. As plataformas de perfuração da empresa estatal Chornomornaftogaz, uma subsidiária daNaftogaz, foram capturadas pelas Forças Especiais Russas em março de 2014 durante uma operação na Crimeia. A infraestrutura marítima civil instalada contempla sistemas de vigilância para ambientes superficiais e subaquáticos nas plataformas offshore fixas. Seu uso híbrido, civil e militar, prevê a estratégia de contenção para possíveis ações futuras da OTAN. Seguindo esta configuração, os gasodutos de Nord Stream, Nord Stream II e TurkStream nos mares Báltico e Negro também contarão com o aumento da presença da Marinha Russa, justificada pelo argumento da necessidade adicional de proteção.
A Ucrânia é o maior país integralmente localizado no continente europeu, riquíssimo em recursos minerais, solos férteis e com grandes possibilidades de aumentar seu parque energético. No entanto, a sustentabilidade de suas obras e infraestrutura não depende apenas do aporte econômico ou vontade política, mas, também, de um plano geopolítico de longo prazo para evitar a perda de recursos para potências que estão contrapostas ao país. Neste sentido, o consenso em temas cruciais é o primeiro passo para seu Parlamento, que já começa a ser renovado, tão logo ocorram as eleições marcadas para o dia 21 de julho.
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Notas:
Euromaidan significa, literalmente, “Europraça”, referindo-se a uma série de manifestações de cunho nacionalista, anti-russa e pró-União Europeia, que durou quatro meses, entre novembro de 2013 e março de 2014.
** Monopólio natural corresponde ao monopólio de uma indústria onde os custos fixos, de infraestrutura, são tão altos que praticamente barram a entrada de um competidor no mercado, tornando único seu fornecedor original. 
*** Evasão fiscal é quando o contribuinte deixa de recolher impostos ou o órgão arrecadador, por algum motivo, não consegue arrecadá-los. No caso específico, uma empresa instala sua sede em um país que lhe fornece vantagens fiscais, isto é, menos impostos. 
**** Plataforma continental corresponde à formação geológica submarina que se estende do litoral do continente até o talude continental, quando começa o declive mais acentuado. Ela apresenta profundidade média de 200 metros e sua importância estratégica e econômica está na maior predisposição à formação de jazidas petrolíferas e de gás natural.
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Fontes das Imagens:

quinta-feira, junho 12, 2014

O novo cordão sanitário no leste europeu - 01


Neste artigo, Borderlands: The View Beyond Ukraine | Stratfor http://www.stratfor.com/weekly/borderlands-view-beyond-ukraine, G. Friedman mostra as estratégias de curto e longo prazo a serem adotadas pelos EUA contra a Rússia. Muito interessante o papel de três países formando o novo "cordão sanitário" no leste europeu e oriente próximo, Polônia, Romênia e Turquia. O 1º e último são conhecidos por seu papel fundamental na contenção do poderio russo, mas me surpreendi pela guinada do 2º em direção ao ocidente. Outro país que reavaliou sua aliança recente com os russos, com relação ao transporte de gás pelo sul foi a Bulgária... Parece que as chances de Moscou buscar alternativas para reforçar seu papel de contrabalançar o poderio alemão e americano na Europa estão diminuindo mesmo. Mas, o autor deixa claro que Washington não busca o confronto e sim uma carta na manga, caso o confronto com a Rússia em solo ucraniano se acirre criando uma nova (mini-)guerra fria. Fica claro que o tempo russo é curto, que Moscou busca diversificar sua economia no prazo de 10 anos e, sinceramente, isto parece muito difícil. O que a Rússia oferece ao mundo além dos seus hidrocarbonetos e armas, dois negócios tipicamente sujos que mexem com governos e suas alianças espúrias?

quinta-feira, abril 17, 2014

O Dia da Terra


O que os ambientalistas dizem, normalmente, não possui respaldo estatístico e, portanto, se baseia mais em mito do que na ciência. Os militantes da "causa verde" se opõem, com recorrência, aos grandes projetos energéticos em países pobres, e estou pensando particularmente em hidroelétricas no continente africano, mas reiteram seu apoio às chamadas energias renováveis da biomassa que, no caso deste continente é responsável por grandes emissões de gás carbônico, além de milhões de mortos por doenças pulmonares. Em entrevista ao programa de Stossel, o estatístico Lomborg diz que todo o subsídio ao carro elétrico nos EUA, algo em torno de USD 7 BI não chega a constituir uma frota de 1 milhão de veículos e isto, por si só, apenas seria capaz de atrasar o aquecimento global em uma hora. Ou seja, todo este esforço dispensado obtém meramente resultados simbólicos. Ao passo se pegarmos toda tecnologia alternativa aos hidrocarbonetos acabam por emitir mais gás carbônico do que produz a tecnologia do fracking, da qual os ambientalistas são ferozes críticos alegando que envenena a água e pode produzir terremotos. O autor chama atenção para ganhos com a regulamentação sobre a poluição, e inovações tecnológicas que melhoraram a qualidade dos produtos, assim como diminuíram seu impacto ambiental, mas condena, como deve ser, a histeria ambientalista.

Cf.: Earth Daze on Creators.com
http://www.creators.com/opinion/john-stossel/earth-daze.html

domingo, outubro 13, 2013

Como a burocracia pode enterrar a esperança

Fracking na formação Anticlinal Pinedale Anticline em Pinedale, Wyoming. Fonte: stopsmartmeters.org.uk
A burocracia deveria ter seu custo incorporado à geração de energia. Vejam que absurdo:
"Na Europa, não só a infraestrutura é limitada, como a regulamentação local é mais rigorosa. A Polónia, que começou a exploração em 2008, abriu quarenta poços. Na Dinamarca, os primeiros furos demoraram um ano a ser abertos, tempo necessário para a realização de estudos de impacto ambiental exigentes. O mesmo se constatou no Reino Unido. ‘Na Europa, há que contar com pelo menos dez anos, entre a abertura de um local de exploração e a entrada em produção, quando nos Estados Unidos leva três’, prognostica um empresário.”
[Gás de xisto: Revolução não chegará à Europa http://www.presseurop.eu/pt/content/article/4224401-revolucao-nao-chegara-europa via @PresseuropPT]
Agora, mesmo que o autor esteja criticando a situação de lerdeza burocrática do Velho Mundo, eu fico passado quando leio o seguinte:
“Tais cálculos levam, na melhor das hipóteses, a poucas dezenas de milhares de empregos por país. O que não é certamente de desprezar, nos tempos que correm. Mas o gás de xisto não vai ser a receita miraculosa que permitirá à Europa sair da crise.”
Mas, são algumas dezenas de milhares de empregos aqui, outras dezenas de milhares de empregos ali que somados irão levantar a Europa e não uma panacéia como política econômica. Não existem “receitas miraculosas”, esta premissa é que leva ao imobilismo. E falando no contrário, na mobilidade, vejam como o outro lado do Atlântico tem motivos para se mobilizar:
“A rapidez e a magnitude da expansão da produção além-Atlântico também não podem ser replicadas na Europa. As condições excecionais existentes nos Estados Unidos não têm equivalência do lado europeu, nomeadamente a presença de uma grande indústria de petróleo e gás, equipamentos abundantes, uma rede de gasodutos, grandes espaços livres: tudo isso lhes permitiu perfurar mais de 200 mil poços em poucos anos. O contexto jurídico também desempenhou um papel importante: os cidadãos norte-americanos são proprietários do seu subsolo e têm interesse financeiro em negociar diretamente com as empresas.”
Cara... Se nos EUA, os próprios cidadãos podem vir a se tornar sócios e já são de antemão DONOS do seu subsolo, quanta diferença! É óbvio que um etos capitalista internalizado assim irá motivar mesmo a produção, ao contrário do burocratismo e imobilismo de sociedades apoiadas no welfare state. Entenderam por que este “obamacare” pode ser um fator de decadência para os americanos? O que tem a ver? TUDO. Este princípio do plano de saúde estatal, do “SUS americano” pode colocar tudo a perder fazendo com que a vantagem de se ganhar em cima do trabalho alheio se expanda naquela cultura, ainda relativamente imune a este vício social, comportamentalmente induzido e adquirido.
O comentário a seguir de Milton Friedman expressa porque os EUA chegaram onde chegaram e seria um lástima que pusessem isto tudo a perder:
“Há uma frase muito citada do discurso de posse do Presidente Kennedy: ‘Não pergunte o que sua pátria pode fazer por você - pergunte o que você pode fazer por sua pátria’. Constitui uma clara indicação da atitude dos tempos que correm, que a controvérsia sobre esta frase se tenha focalizado sobre sua origem, e não sobre seu conteúdo. Nenhuma das duas metades da declaração expressa uma relação entre cidadãos e seu governo que seja digna dos ideais de homens livres numa sociedade livre. A frase paternalista ‘o que sua pátria pode fazer por você’ implica que o governo é o protetor, e o cidadão, o tutelado - uma visão que contraria a crença do homem livre em sua própria responsabilidade com relação a seu próprio destino. A frase organicista ‘o que você pode fazer por sua pátria’ implica que o governo é o senhor ou a deidade, e o cidadão, o servo ou o adorador. Para o homem livre, a pátria é o conjunto de indivíduos que a compõem, e não algo acima e além deles. O indivíduo tem orgulho de sua herança comum e mantém lealdade a uma tradição comum. Mas considera o governo como um meio, um instrumento - nem um distribuidor de favores e doações nem um senhor ou um deus para ser cegamente servido e idolatrado. Não reconhece qualquer objetivo nacional senão o conjunto de objetivos a que os cidadãos servem separadamente. Não reconhece nenhum propósito nacional a não ser o conjunto de propósitos pêlos quais os cidadãos lutam separadamente" -- Capitalismo e Liberdade.

domingo, novembro 20, 2011

Calúnia sobre Belo Monte - 2


Na entrevista Belo Monte, nosso dinheiro e o bigode do Sarney, a impressão que fica é que deve ser bem cômodo ficar do lado de fora criticando, como esse professor faz. Quero entender se o que ele critica é a falta de transparência do setor ou a necessidade de construção daquela usina ou ambas as coisas? Porque, ao menos para mim, é só mais uma hidroelétrica, embora grande, gigante. E como tal, não vejo como a região Amazônica e mais outras áreas do Brasil possam prescindir da mesma. O que acho que deve ser apontado é se, dentro das normas ambientais vigentes, a sua implantação foge a regra deixando buracos no processo, como a compensação ambiental ou mitigação necessárias. 

quinta-feira, novembro 17, 2011

Calúnia sobre Belo Monte

http://vimeo.com/32115701


Olha... Assisti agora a essa bobagem. É enojante o nível de desinformação desses patetas globais. Esse povo me dá nojo! Isso é pura manipulação travestida de questionamento sério. Pelo pouco que sei, aquele ambiente (equatorial) não passa por época de estiagem, seca coisa nenhuma. Agora, isso não invalida o fato de que energias alternativas (que poderão graças a maior escala se tornarem usuais), sejam interessantes como complemento. Se Belo Monte vai receber recursos estatais, então por que não a eólica ou solar ou de biomassa? Reitero que a UHE Belo Monte não perde seu valor em um milímetro cúbico por segundo por causa disso não, só estou afirmando que tem que se separar a rejeição por essa contrainformação vagabunda desse vídeo aí com a possibilidade de diversificação, que é sempre interessante.
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quarta-feira, setembro 07, 2011

O extremo oriente é o extremo ocidente


O extremo oriente é o extremo ocidente quando observamos que ambos os hemisférios se tocam na Linha Internacional de Mudança de Data, no extremo oposto ao Meridiano de Greenwich. Em outras palavras, não vejo diferença entre regiões tão díspares quando o assunto é dinheiro. Quando se elege o oriente como tendo uma “cultura diferente” se encobre muitas semelhanças ou mesmas características, como a que faz a economia funcionar, a sede pelo lucro. Vejamos este spam que tem circulado pela rede:

segunda-feira, agosto 22, 2011

O ideal é inimigo do bom

O debate acerca de qualquer questão ambiental, quando chegado ao grande público conta com defensores fanáticos, que normalmente são indivíduos bem intencionados. Mas, como sabemos a boa intenção não é suficiente.