segunda-feira, março 30, 2015

Energia, geopolítica e o cavalo de Troia



Divergências ideológicas a parte, isto é geopolítica. Os militares atuaram da mesma forma ao construírem Itaipu, binacional mas com o grosso do investimento brasileiro na fronteira com o Paraguai, atraindo assim o país central sul-americano para a órbita brasileira e isolando a Argentina no Cone Sul. Com isto, o país se tornou dependente por muitos anos da política e economia brasileiras, tal qual se almeja fazer com a Bolívia. O problema é o "bônus" ou "cavalos de Troia" que somos obrigados a engolir com a operação, haja vista que La Paz sob domínio do Movimento em Direção ao Socialismo (M.A.S.) de Evo Morales não pretende apenas ficar nisto, nesta troca de infra-estrutura por combustível. E diferentemente da época dos militares em que o respeito à propriedade privada era sagrado, não é o que se vê com a disseminação de movimentos latino-americanos que pregam e atuam através da incorporação de bens alheios. Ou seja, há algo mais aí, além da geopolítica tradicional que é a disputa entre estados por áreas de influência. Nesta geopolítica do novo milênio, o que está em cheque não é apenas território, mas o próprio estado de direito. A busca por "espaços" internos à sociedade começa pelo aparelhamento da máquina estatal e alteração gradativa dos marcos legais. 

Temos que combater isto.


Brasil vai reformar usina por R$ 60 milhões e doar para Bolívia

segunda-feira, março 23, 2015

O Novo Liberalismo e o Velho Preconceito


Sobre:


Os liberais fora do armário e a nova direita. http://www.sidneyrezende.com/noticia/247257+artigo+os+liberais+fora+do+armario+e+a+nova+direita

João Feres, 


Em primeiro lugar, colocar o articulista da Veja como um dos formadores do Novo é um erro, pois nem participante ou militante chegou a ser. Ele apenas se pronunciou como simpatizante ou, na melhor das hipóteses, um apoiador. E isto se torna relativamente fácil enquanto o Novo não assumir nenhum cargo legislativo ou executivo, pois só há princípios e metas explicitamente divulgadas. Agora, quanto à análise 'lógica' entre base de apoio e programa político liberal há uma grande dose de sofisma de vossa parte, mesmo que não intencional, pois um mercado mais livre ('mais', supõe gradação) favorece o micro-empreendimento, ou seja, classes menos abastadas. O problema não é (e nunca foi) a desigualdade em si, mas a igualdade na miséria, isto é, uma grande base homogeneamente pobre. Se esta conseguir galgar outros estratos na escala social, a desigualdade em si não necessariamente diminui, mas o sistema estratificado como um todo sobe para outro nível, superior. Tente se atualizar, João, pois do contrário, teu tirocínio será mero refém de um campo minado de clichês que acha que ideologias ('liberalismo', 'socialismo') pertencem e são produtos 'de classe'. Ser refém de uma múmia do século XIX não contribui para o desiderato (gostei) de qualquer um no século XXI. 


Dúvida essencial [baboseirando]


Alguém explique o que isto quer dizer, por favor.

Porque, sinceramente, não entendi. É uma nova forma de geração de energia elétrica? Os pés deles movimentam algumas pás ou pedais? Estão ligados a um dínamo? É por que dançam debaixo de Sol escaldante? É porque dançam nos picos de maior insolação? Dançam em cima de painéis fotovoltaicos? O quê?!

Lula quer controlar a midia e as redes sociais para acabar com os protestos! compartilhe urgente



Esta é a principal razão, antes ainda da corrupção desenfreada, pela qual eu me oponho ao PT.

Lula quer controlar a midia e as redes sociais para acabar com os protestos! compartilhe urgente

quinta-feira, março 19, 2015

Notas sobre a qualidade de ensino


Os Estados Unidos promovem uma revolução na educação contratando escolas privadas para atender alunos de baixa renda. O Brasil não faz o mesmo por puro preconceito - http://glo.bo/195MzH3

Veja... Eu apoio os vouchers e a privatização do ensino, ok. Mas isto por si só melhora a administração e as finanças públicas ao delegar a setores mais competentes o planejamento e execução da atividade, que seriam as escolas particulares. Nesta parte iria tudo bem, mas não a educação em si... Nem escolas privadas nem públicas conseguiriam só por sua razão social, pelo fato de serem públicas ou privadas somente conseguir traçar uma educação de qualidade. O que se precisa é de independência perante o MEC. Quem define regras são pedagogos e este tipo de profissional, regra geral, não dá aulas. Então, eles não sabem como dirimir conflitos e o problema hoje é indisciplina. Quem é estudante não tem noção disto, mas creiam-me, é muito pior do que se imagina. 90% das turmas ou mais são boa gente, mas o que se vê com o passar do tempo é que os que avacalham as sessões de aula prejudicam e claramente contaminam os demais. Por que 'contaminam'? Porque passam direto, só se roda por faltas. é a "PROGRESSÃO CONTINUADA", mais conhecida como APROVAÇÃO AUTOMÁTICA, introduzida goela abaixo pelo MEC. Eles, do próprio setor público conseguiram destruir a educação, só que isto TAMBÉM atinge o ensino privado. Portanto, não basta mudar a razão social, isto é, privatizar que tudo vai dar certo. Tem que se tornar autônomo em relação ao MEC e os responsáveis colocam seus dependentes onde quiserem, ensino religioso, militar, laico, marxista, liberal etc. Tão simples, quem quer doutrinar ou abrir mentes tem que escolher livremente o tipo de ensino que vai ofertar. O que não dá é para termos que aturar um bando de incompetentes burocratas pedagogos perdidos no cerrado brasileiro e que não enfrentam a realidade da trincheira das escolas públicas. Vejam o que diz a matéria acima, "meritocracia", e o que mais me admirei "zero falta de professores"... Alguém aqui tem noção da vadiagem que são nossos efetivados que cumpriram seus estágios probatórios? Como eles sabem que não ganharão mais sendo competentes, que não há diferença salarial por desempenho melhor, no que se agarram então? Eles se empenham em trabalhar menos, em exigir mais "horas de planejamento" etc. Como se fosse necessário planejar o trimestre semanalmente e como se para cada aula ministrada precisassem de outra hora parados coçando nos corredores ou comentando sobre a novela. Isto me enoja.
Precisamos:
1-      Privatizar;
2-      Esquema de vouchers;
3-      SOBRETUDO, acabar com o MEC (pelo menos do jeito que ele é hoje).
4-      Traçar metas gerais para avaliarmos e detectarmos problemas (sim, para alguma coisa precisamos do estado... lembre-se que minarquista não é ser um anarco).
Por aí...

Pelo que entendi do modelo acima, não são escolas públicas normais, mas são regidas por universidades ou avaliadas por universidades privadas, com o propósito precípuo de colocar alunos pobres dentro delas, mas através de uma concorrência acirrada. E neste método meritocrata, ideologia não conta. Outra coisa é que é ingênuo pensar que professores de rede privada não valsam ao sabor da ideologia do momento. Valsam sim, e como... Donos de escola, entrando dinheiro não estão nem aí, e estão certos no que fazem, mas o que fazem não é critério para falarmos em melhoria de ensino. Reitero, simples privatização não melhora o ensino, melhora somente a administração. Tem que haver sim um conjunto de condições, incluindo a privatização, mas não exclusivamente, para melhorarmos a educação.

Se querem chamar isto de ação afirmativa, subsídio, ok, o façam, mas não digam que equivale ao mesmo lixo de cotas e assemelhados que não é não. A garotada ali é ensinada a competir desde cedo e não estão lá por serem pobres, mas por serem pobres que se destacaram. O maior valor dessas escolas é ensinar que aquelas crianças não precisam de caridade, como cotas e bolsas-família, mas que precisam de um subsídio para estudar e vencer. Isto não é um dinheiro mal empregado SE for bem monitorado, fiscalizado. Claro, a fundo perdido, nada é bom. Agora, me digam aqui qual modelo de escola brasileira tem zero faltas de professores?

domingo, março 15, 2015

Por que FORA PT?


ABAIXO A HIPOCRISIA PETISTA!

O IMPEACHMENT tem base jurídica, em primeiro lugar. E a melhor defesa dele vem deste senhor, cuja foto segue abaixo...

Por outro lado, mesmo que não haja intenção criminal (o dolo) neste caso da Petrobras e seus desmandos pela presidente em exercício ... Se quisermos reformular a política nacional de modo correto, comecemos pelo uso adequado do nosso idioma, presidente e não 'presidenta. Como eu dizia, a Sra. Rousseff esteve a frente da estatal em seu conselho administrativo, depois foi ministra das minas e energia e agora, presidente duas vezes em um período de quase uma década. Ora, se "não viu nada", se nada percebeu, ela é no mínimo uma incompetente, incapaz de ocupar o cargo que ocupa. Seja negligência, omissão, imperícia, imprudência, seja qual for a razão de sua inépcia, todas elas resultaram em uma situação caracterizada como improbidade administrativa. Isto não vale um processo, mesmo se sabendo do teor das acusações e montante do valor desviado?

Agora, pelo fato disto depender do Congresso, no mínimo 2/3 de aprovação para a continuação do processo de impeachment, o sistema político pesa tanto quanto o judiciário em si. Por isto seria descartável, desprezível ou condenável? Claro que não, pois não se trata apenas de uma disputa partidária, mesmo porque a base aliada aprovando (e aqui penso especialmente no PMDB) também cortaria parte de suas regalias, dadas por esta aliança. Como se diz, se perdem os anéis para preservar os dedos...

Tudo isto visto de uma perspectiva sistêmica, o impeachment se trata de um feedback positivo para uma evolução do sistema, uma evolução progressista, bem entendido. 

Sei que muitos vão às ruas por motivos pessoais, 'domésticos' até, que lhes pesaram como as medidas de austeridade econômica. Eu, pessoalmente, não vejo tais medidas de austeridade econômica como o problema em si, na verdade as vejo como consequência da falta de planejamento econômico sério (alguém aí se lembra das bobagens proferidas por um ex-ministro da fazenda que falou que quem investisse em dólar iria "quebrar a cara"? Pois é...). Além disto, a irresponsabilidade fiscal... Esta teve relação direta com os gastos públicos inconsequentes para garantir a reeleição. Só isto já é motivo para fazermos uma faxina no executivo brasileiro.

Mas, qual é nosso novo elemento na política? Por que agora estaríamos "mais revoltados", de "saco cheio" como dizem? Creio que não é só isto... A comunicação se tornou n-vezes mais ágil, o novo elemento é a internet, óbvio. Ela foi nosso esteio e assim continuará daqui em diante. Não adianta tentar cercear nossa liberdade de expressão que daqui em diante, seja com hospedagem em sites russos ou recriando continuamente blogs ou páginas no facebook, grupos no what'sapp, ou qualquer outro lugar, não haverá como nos censurar com eficácia. E pode até haver perseguições e "infecções pela gripe de Sto. André", que teria abatido o ex-prefeito Celso Daniel que isto só motivará mais de nós a assumir o lugar dos peões caídos. Somos soldados sem cúpula, sem generais, mas guiados por um espetacular senso cívico. O risco que corremos não é neste processo, mas o dia após... 

O que quer que ocorra com a presidente, permanecendo ou não no cargo, já ganhamos espaço e respeito. O problema é como continuar o processo. Não temos o mesmo risco de sermos substituídos por uma "irmandade muçulmana", como foi o Egito após sua "primavera árabe", mas sim de mudarmos apenas as "moscas" que rondam o butim. Projetos e discussões ágeis terão que aflorar na internet, mas continuar em fóruns específicos e descentralizados. Esta é a chave. Esperar uma nova eleição para sonharmos com outro salvador da pátria é tão estúpido quanto apostar em ditaduras, sejam elas de direita ou de esquerda. Nada de terceirizar nossa responsabilidade histórica.

E isto não termina aqui. O PT tentou emplacar três projetos totalitários de poder e garantiu um deles:

- ESTATUTO DA IMPRENSA, que tentou regular a mídia, supostamente para "garantir a democracia". Isto é, só as opiniões que lhe convém;

- DECRETO QUE INSTITUI OS CONSELHOS POPULARES cria um poder paralelo que solapa a democracia de base igualitária para beneficiar grupos e organizações de tradição socialista ligados ao governo, ou seja, um reforço para eles;

- O MARCO CIVIL DA INTERNET, cuja “mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática, com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da comunidade acadêmica”, nada mais é do que outra forma de controle do executivo contra a autonomia do setor privado e sua liberdade de expressão.

O "Fora PT" de 15 de Março é orientação de alguns membros, assim como o impeachment que eu acho mais adequado, mais apropriado. Extinguir o PT como já disse, infelizmente, até um inteligente colunista da Veja não é democrático e nós aqui defendemos O ESTADO DE DIREITO. Agora, neste atual contexto, sim fora PT deste executivo até que em futuras eleições voltem como o aluno comportado ex-meliante que aprendeu a lição.

Todos erramos e concordo com Vaclav Havel quando assumiu a presidência da antiga Tchecoslováquia, sob novos ares políticos, ao dizer que não faria uma "caça às bruxas" de seu governo. Perdoar, anistiar é estabelecer uma linha histórica e olhar para a frente, como já disse Morgan Freeman, sobre sua interpretação de Mandela no filme "Invictus".

Mas teríamos um motivo especial para a data de hoje? Porque, como diria um "não saudoso" chefe de estado "nunca antes na história desse país" se lesou tanto o erário. Mas para mim é muito mais do que isto... Por mais corruptos que tenham sido certos governos no passado, NENHUM DELES ATENTOU CONTRA NOSSA LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

É fundamentalmente por isto que irei às ruas hoje enfrentar o calor, a umidade, é por isto que urrarei e por isto que luto, pelo último sopro de ar da liberdade.


sábado, março 14, 2015

Impeachment



Aqui temos a melhor consideração já feita sobre o impeachment, melhor do que extensos pareceres jurídicos ou análises políticas, é a declaração curta e direta do "companheiro" abaixo: