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quinta-feira, setembro 26, 2019

Greta Thunberg e o Ovo Frito


Não se perca quando estiver falando sobre “crise ambiental”. Existem 2 DEBATES, DUAS SEARAS bem diferentes. Normalmente, estamos debatendo em um nível diferente da ciência de verdade e o que mais temos hoje em dia são charlatães que enganam os outros e a si próprios. Confira porque lendo o comentário abaixo…
Imagine um OVO, no qual a gema seja a hard science, física, climatologia, geologia etc. que com seus métodos discute o problema, o Aquecimento Global (AG) e procura comprovar se ele é ou não verdadeiro e se, especificamente, o Aquecimento Global Antropogênico (AGA) é que predomina e pior, quando começa um e termina outro. Para cada lado dessa contenda existe gente séria, que pesquisa de verdade.
Agora pense na clara, ela é a sociedade e na sociedade existem cidadãos, interessados ($$$) ou não, indiferentes e também pesquisadores de outras áreas (humanas) e políticos. Captou? Vamos começar pela parte científica, a ciência que estuda como esse conhecimento se formou através de interações e política é a Sociologia do Conhecimento. Quando um sujeito diz algo como “a ONU está por trás da tese aquecimentista” ele esboça, se for humilde, uma hipótese ou se for arrogante, um veredito. Mas em ambos os casos esquece que o grande chefe de estado que trouxe o AG como questão de segurança nacional foi ninguém menos que Margareth Hildah Thattcher (bugou a cabeça do direitista agora). Sim, isto mesmo. Mas depois a tese foi apropriada pela esquerda ao atribuir como grande culpado/causador, o sistema de produção capitalista. Eles se apropriaram falando mais do assunto, o que fez a direita burra? Se apequenou e passou a dizer “quem fala sobre isso é esquerdista”. Então, o primeiro passo para “confrontar” a tese é negá-la. Tu podes (e eu respeito) discordar expondo teus argumentos, mas simplesmente negar é covardia intelectual. Melhor é fazer como eu e dizer, “não sei, sou um ignorante da área”, o que sou mesmo. Agora, a direita se reapropriou do tema dizendo o seguinte, “eles querem que paremos de nos industrializar, por isso querem que criemos reservas” (Ricardo Felício é um dos que repete essa merda). Só que para quem não sabe, não é só país rico que pode “parar de produzir”. Na verdade, eles não param… Desde Kyoto funciona assim: todos temos cotas para produzir, mas seu eu produzo menos do que tenho disponível de espaço, eu vendo minha cota em determinado período (ano). Isto se chama Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e é justamente por isso que a biomassa florestal cresceu em países como a China, Índia e também na Europa Oriental, Canadá, EUA etc. Entendeu como isso dá dinheiro? “Ah! Mas é dinheiro baseado numa mentira…” Não sei, eu não sei, tu não sabes, na verdade, ninguém tem certeza, mas isso não é o determinante. Vamos lá…
O que alegam levar ao AG são as emissões de gases-estufa, dentre eles, o CO2. Bem, no topo do ranking, EUA, China e Brasil próximo. Por que nós? Porque quando desmatamos a floresta, menos retenção do carbono ocorre (as árvores sequestram carbono no seu crescimento). Veja… Isto é uma teoria, bastante aceita e só. Ou seja, se usamos o MDL (descrito acima) iremos ganhar dinheiro, bastante diga-se de passagem. “Ah! Mas e quando quisermos crescer além da cota??? Eles vão nos impedir???” Não, apenas vamos dizer que neste ano que vem não queremos mais participar e se quisermos ser bandidinhos também quebramos o acordo e ficamos com a grana, mas não recomendo isto para não ter nenhuma sanção a vista.
A matriz energética mundial é térmica de combustíveis fósseis, se não me engano, cerca de 70%. Se pudermos substituir por gás natural, a emissão de carbono cai para uns 70% também, ou seja, uma brutal queda na emissão de poluição iria ocorrer. Mas aqui, como pensaria uma ambientalista radical tipo Greta? “Ainda vai poluir.” Sabe o que dá raiva? Essa gente não entende que “o ideal é o inimigo do bom”, que trata-se de uma transição e nesta, quanto mais pudermos avançar, melhor. No futuro próximo, quem sabe, poderemos substituir completamente essa matriz de combustíveis. E tem como? Tem.
Hidroelétrica? Não. Exceto países como o Brasil, muito úmidos, com elevada pluviosidade e relevo irregular (planáltico) para termos vazão suficiente, não há como coalhar usinas hidroelétricas em grandes planícies como na Europa ou outras regiões do globo. Nem países de climas desérticos, como grande parte da Austrália é ou muito secos em boa parte do ano, como a Rússia, Canadá, China ou EUA podem garantir que esta seja a principal fonte energética. Não, eles não têm o privilégio ambiental do Brasil. Então…
Solar e eólica? Não e não. Pelos mesmos motivos. Ainda que tenhamos melhorado muito no armazenamento de energia com novas baterias, não há insolação full time no mundo nem é possível “estocar vento”, então essas fontes são complementares apenas;
Biomassa? Não. Exceto se você quiser desmatar mais para expandir a área de cultura de cana ou milho derrubando florestas ou enchendo o solo de químicos (agrotóxicos) para elevar a produtividade. Mas é útli como complemento.
ENTÃO, O QUÊ JÁ QUE DÁ?
Olhe para o passado e veja o que foi a tendência até os anos 70. A ENERGIA NUCLEAR. Esta é a mais “democrática” e ao alcance de todos. “Ah! Mas e os riscos envolvidos?” Bem… Viver é um risco, mas melhoramos muito depois de Chernobyl. Tem que se avançar na tecnologia e normas de segurança, o que já melhorou bastante.
Isto é um debate racional e não ficar acusando alguém de ser culpado, de “roubar sonhos” etc. (How dare you? How dare you?) Na verdade, me parece, que essa menina foi utilizada como antípoda ao Bolsonaro, ela é jovem, ele, velho, ela é mulher, ele homem, ela é uma jovenzinha sensível e consciente, ele um carrancudo conservador. Colega, tu percebe que tudo não passa de um show em que extremistas se deleitam com nossa falta de bom senso e razoabilidade?
Anselmo Heidrich
26 set. 19
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Imagem “Receita de ovo frito” (Fonte): https://mdemulher.abril.com.br/receitas/ovo-frito/

segunda-feira, outubro 30, 2017

Por que “os verdadeiros” liberalismo e socialismo estão errados

Por que “os verdadeiros” liberalismo e socialismo estão errados http://mercadopopular.org/2017/10/politica-publica-utopia-liberalismo/ via @omercadopopular


Adorei este texto. Justamente por adotar esta distinção entre o ideal, o justo e o possível já fui chamado de "social-democrata", "fabiano", "esquerdista enrustido" por muitos de meus pares liberais, quando não de "neocon" mesmo. Mas entender que "crenças baseadas na paixão prestam mau serviço à paixão" é difícil para quem acha que seu Nirvana na Terra está logo ali! E não está... Normalmente, toda mega-teoria (que tenta abarcar tudo em princípios simples) esquece que a realidade social não tem pesos únicos na economia e política, mas muito mais na Cultura e esta é uma nebulosa pouco compreendida. Encontramos alguns estudos em sociologia e antropologia, mas o preconceito de nossos liberais, sobretudo os que tendem a reduzir a realidade ao funcionamento de um Homo economicus não consegue entender porque países como Dinamarca não jogam todo seu estado de bem estar na lata do lixo da história e mesmo países cada vez mais liberais como a Nova Zelância acabam de aprovar uma medida restritiva contra imigrantes, o que parece ser uma medida essencialmente anti-liberal... Há muito mais nuances entre o céu e a terra que nossa vã ignorância cultural possa nos fazer crer. Entre tantos acertos, a visão quantitativa sobre a liberdade que nos passa o texto é a mais acertada possível, pois só assim que se pode avançar (ou detectar estagnação) em liberdades pessoais. De resto, obrigado pela disponibilidade, me interessei e vou procurar conhecer o autor.

sábado, fevereiro 25, 2017

Quando fatos não importam

Ao contrário do que se imagina, é uma tendência rejeitar a ciência. E diferentemente do que se pode dizer, não são ignorantes e iletrados que disseminam estas crenças. Se repararem bem são muitos de nossos colegas, alfabetizados e instruídos, inclusive com formação superior. A questão é que a vontade de julgar se sobrepõe a de conhecer, é comum que se opte por determinados fatos e/ou pesquisas, cujas conclusões já reverberem nossas crenças e predileções. Se 'advogado' soar anti-profissional diga torcedor, que aqui no caso dá no mesmo.
Alguns anos atrás comentei a matéria "Silêncio de Ensurdecer" de uma revista escrota, Carta Capital, cuja súmula dizia basicamente que o Aquecimento Global (Antropogênico) era um fato porque um lobbysta (da indústria armamentista) no Pentágono tentava vender um apocalipse aos generais e conselheiros de guerra (digo, Estado Maior) sugerindo... Sugerindo o catzo! Afirmando que ocorreriam vários conflitos em função de distúrbios ambientais. Óbvio que ocorreriam se e somente se... Mas aqui estamos no reino dos condicionantes e não dos fatores determinantes e tomar uma agente pra lá de interessado no caso como um pesquisador objetivo é muita ingenuidade ou mau-caratismo.
Óbvio que tive a propensão de rejeitar e a pretensão de refutar a teoria sobre o aquecimento porque me envolvi emocionalmente com o assunto, afinal se tratava de provar como o método de investigação da revista era totalmente burro. Mas no meio deste processo fui eu quem perdeu o foco e tratei o assunto maior como subsidiário de um assunto menor, uma picuinha que era a opinião política da revista. Ou seja, se a revista em questão estava tratando um assunto importante para justificar seus interesses e corroborar sua agenda política (que era acusar o caráter intrinsecamente vil e destrutivo do capitalismo através dos EUA), eu apenas refleti esta opinião como um espelho procurando desautorizar todos os argumentos da matéria, o que não foi difícil, diga-se de passagem, mas perdi o foco no problema real, a mudança climática e suas inúmeras e possíveis consequências. Anos mais tarde me toquei que há, no mínimo, dois níveis de análise, o fato que deve ser observado e analisado segundo um corpo de métodos de conhecimento e outra coisa, que é a que sempre me interessou mais, a sociologia que envolve aquela discussão, a sociologia do conhecimento. Meu erro no caso da mudança climática foi confundi-la com a sociologia que envolve os agentes que produzem e discutem o fenômeno. Como percebi meu erro?
Ahá! VENDO O ERRO NOS OUTROS! Quanto mais me aproximava do liberalismo, enquanto simpatizante da área econômica e apaixonado por sua filosofia, eu via que outros aficionados como eu não enfrentavam os problemas em si, sejam eles verdadeiros ou criados como fruto de imaginação, mas apenas minimizavam seu impacto, quando não simplesmente rejeitavam sua existência. Que há problemas que não tem a gravidade alegada ou muitas vezes sequer existiram como problemas reais é verdade, MAS ISTO NÃO SE PROVOU PREVIAMENTE! Não é antes de se testar todas as possibilidades e normalmente se rejeita quando se vê, lá na frente que os resultados para sua mitigação ou anulação foram inócuos. Eu me perguntava "por que os liberais não enfrentam o problema com soluções liberais ao invés de simplesmente rejeitá-lo?" E claro, ambientalistas ou cientistas ao ver este movimento ideológico crescente passaram, como humanos que são a também confundir as coisas vendo devotos do são liberalismo como outra horda qualquer de fanáticos. Podem ser, mas a filosofia não é...
A história é longa e não para aqui, volto depois, mas antes acesse aqui um artigo relacionado:

Cientistas descobriram o que faz as pessoas rejeitarem a ciência, e não é ignorância http://xibolete.uk/rejeitar-a-ciencia/ via @xibolet




quarta-feira, dezembro 02, 2015

Marxismo sob Nova Perspectiva por Anselmo Heidrich


Palestra ministrada por Anselmo Heidrich e organizada pelo Grupo de Estudos e Debates sobre Liberalismo (GEDLib) do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Grupo Henry Maksoud dos Estudantes pela Liberdade (EPL).

1.     Apresentação, formalidades e “a real”... 


2.     Metodologia; como discutir com marxistas... 


3.     Materialismo histórico; economia... 


4.     Mercado; meritocracia; vícios do setor público... 


5.     Ciência e política; fato e norma... 


6.     Lucro; capitalismo como sistema dinâmico... 


7.     Despedida... 



Há outros temas não contemplados neste sumário. Assim que reassistir aos vídeos, eu retifico.
Mais uma vez, obrigado aos organizadores pela oportunidade de poder fazer esta apresentação.
a.h
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segunda-feira, novembro 30, 2015

NÃO CULPE O CAPITALISMO na UNIBRASIL


Dia 26 de novembro passado, eu, Anselmo Heidrich, Fernando Ferro e Luis Diniz estivemos na Unibrasil, em Curitiba divulgando nosso trabalho. Como se tratava de uma semana acadêmica promovida pelo curso de direito procuramos voltar nossa discussão para temas relacionados, como capitalismo e criminalidade; capitalismo e desenvolvimento econômico; propriedade privada e favelização etc. Assista aos vídeos a seguir que vale a pena e nos sugira temas novos, novos adendos, perspectivas ou faça críticas que nos serão úteis.
Grato pela atenção,
a.h











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sábado, janeiro 18, 2014

Fé - 01





Acredito, no entanto, que a fé, não necessariamente vinculada a uma religião, é importante para que se mantenha o rumo para o trabalho, estudos etc. em meio às adversidades da vida. Porém, quando isto se trata de regulação de nossa vida em comum através da política é simplesmente falacioso. Penso nisto quando vejo diferentes matizes de pensamento político, sejam mais à esquerda ou à direita ignorando por completo certos fatos que sinalizam contrariamente ao que pregam. Uma frase de que gosto muito e, cujo autor me falha a memória diz "crenças baseadas na paixão prestam um mau serviço à própria paixão". Apenas troque paixão por fé e corresponde ao que disse agora há pouco. É isso... Bom fim de semana.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Tomatadas: Aziz Ab'Saber defende ideia medieval

“Aprender a contestar os idiotas”

Assim terminou a entrevista do Professor Aziz Ab’saber sobre a tragédia em São Luiz do Paraitinga. Sábio conselho! [http://acaoecosocialista.wordpress.com/2010/01/11/aprender-a-contestar-os-idiotas/]
(...) Engraçado, ele parece supor que, se a Vale continuasse estatal, nosso minério teria sido exportado a preços bem mais altos e o governo teria recursos para fazer a tal ponte. Por que isso não aconteceu durante as décadas em que a Vale foi estatal mesmo? E ele fala como se o preço internacional do minério de ferro fosse definido pela empresa exportadora a seu bel prazer, e não pela relação entre oferta e demanda, como qualquer outra commodity. Ora, se fosse assim, seria uma grande burrice uma empresa privada como a Vale vender a preços aviltantes o que podia ter vendido por muito mais.
Mas o pior mesmo é constatar que, à semelhança de Eduardo Galeano e de todos os nacional-populistas da América Latina, Ab'Saber pensa o comércio internacional com base numa doutrina defendida pela igreja durante a idade média, a saber, a teoria do preço justo (*). Trata-se da ideia, moralista e bastante simples, de que os preços dos produtos não devem ser estabelecidos por livre negociação no mercado, mas sim de acordo com a "justiça". (...)
Mais em Tomatadas: Aziz Ab'Saber defende ideia medieval

Não sei se o que queria Ab'Saber era que a Vale cobrasse mais pelo minério. Acho que ele supunha que se não fosse privatizada, o minério seria utilizado no território nacional. Como se já não o fosse...

terça-feira, fevereiro 14, 2012

De lemingues marxistas e veterinários homeopatas

Vítima - Os lemingues são pequenos roedores herbívoros, com até 15 cm de comprimento, que vivem na Escandinávia e em áreas próximas ao Polo Norte, reproduzindo-se com facilidade
"Lenda mortis" - Quando a população aumenta muito, eles se suicidariam pulando de penhascos, num mecanismo de autorregulação
Laudo final - O que ocorre é que, nesses picos populacionais, ao se deslocarem desordenadamente em bandos, muitos indivíduos caem do precipício onde vivem, empurrados pelos que vêm atrás
  Dito isto, nós pulamos para outro assunto...

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Opinião inútil sobre o aquecimento global

Este é o tipo de artigo que não contribui em nada para elucidação do assunto, exceto se for para mostrar como procedem os partidários e fundamentalistas de um dos lados da contenda acadêmica, nem tão acadêmica, mas política. Dizer que o gás carbônico "não é poluente" só mistifica a questão, pois não se trata disto. Que ele tem papel fundamental no crescimento vegetal e na formação da vida em nosso planeta não exclui a possibilidade de alteração de sua disposição na atmosfera. E o autor revela bem o que pensa da evolução tecnológica ao concluir que

"It has taken a very long time for most of the public to come to the conclusion that they have been the object of an elaborate hoax. In America polls demonstrate that global warming is at the very bottom of their concerns these days. In time, wind and solar power, electric cars, biofuels, and other environmental delusions will join that list."

Ora, ciência não depende de opinião da maioria, se fosse o mito da superioridade racial teria sido 'verdade' no passado alemão e depois da Alemanha perder a II G.M. deixou repentinamente de ser verdade?

Eu não tenho conhecimento técnico para opinar com segurança neste assunto, mas sei o suficiente para detectar opiniões que não valem a pena sequer considerar. Abaixo, eis uma delas:

Warning Signs: Signing Global Warming's Certificate of Death

segunda-feira, dezembro 19, 2011

"Protecionismo Científico"


Se há uma coisa incompreensível sobre todo este "auê" em torno do ambiente natural é como certas pessoas, entidades ou seja lá o que for que se dizem compromissadas podem ser contra a pesquisa. Notadamente, tal ocorre por que o "discurso verde" acabou ocupando o lugar de órfãos socialistas. Então, nada mais conveniente que se posicionar contra o "capital estrangeiro", mesmo que esse capital seja antes de tudo cultural.