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quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Pesquisador marxista se assume como fanático militante de boas




Tem que ler:

Tomatadas: CQD: Pesquisador "critico" da reforma agrária assu...: Um dos ensaios do livro   Não culpe o capitalismo  comenta que os autointitulados "pesquisadores militantes" são como os criaci...





Leu? Então agora veja meu comentário:

E supondo Diniz que tu tivesse errado, tomado alguma série de dados e desconsiderado outros, p.ex., ou eu com alguma crítica ao ambientalismo ou o Fernando com alguma consideração sobre o custo do imóvel em CTB etc., o que tem que se levar em conta é que o FAZER CIÊNCIA é como um TRIBUNAL, no qual várias teses, no mínimo duas são confrontadas e após um PROCESSO de acusação, defesa, mais acusação e defesa e assim por diante, até que o JÚRI, no caso, a comunidade científica após longo e exaustivo debate se dê por, mesmo que temporariamente... Satisfeita, digamos assim. O que não quer dizer que isto não venha a ser, futuramente, alterado. Agora me digam como marxistas fazem isto? Não fazem! Quando suas teorias dão, SUCESSIVAMENTE DESLOCADAS OU INVALIDADAS PELA REALIDADE, eles não a abandonam, mas fazem "remendos teóricos". Como o NEO-marxismo, ou o velho marxismo disfarçado com causas étnicas, raciais, de gênero etc. etc. e etc. Se mantém o core do mesmo jeito para "adornar a periferia teórica". A base metodológica é, essencialmente, a mesma. Digamos então que nós pudéssemos "dissecar Marx" pegando subteorias que nos interessam e descartando aquelas que não servem ou se mostram totalmente impróprias para entender a realidade (ex: a pressão sobre relações de produção via evolução das forças produtivas faz algum sentido v. alienação e valor-trabalho não servem pra nada), ainda assim, o marxista mesmo diz que "estão corrompendo/deturpando a obra de Marx", que "ela tem que ser vista na sua totalidade" etc. etc. e etc. Pessoal, marxismo é seita, do pior tipo, pois não se assume como tal. Boa noite. 



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quinta-feira, abril 05, 2012

A falta de correlação entre concentração fundiária e violência / The lack of correlation between land concentration and violence

Este post é para dar nó na cabeça do “estudante-militante que gosta de aula de professor engajado”. O que esses militantes não conseguem é produzir explicações com o mínimo senso lógico. Mas, e se o fizessem como conseguiriam incentivos para sua causa? Ora, assassinatos, violência independem de predomínio de determinado padrão de extensão fundiário, sobretudo em um país com tantas terras devolutas. O que é sim um fator contribuinte à violência é a ausência da segurança do marco legal, conseqüência da ampliação do número de posseiros, muitas vezes com motivação claramente política.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Tomatadas: A geografia agrária só mudou de rótulo

Entre outros equívocos, os geógrafos em questão afirmam taxativamente que a pequena propriedade é menos impactante, mas (a) não avaliam o impacto somado de n-pequenas propriedades de igual área a um latifúndio para comparação e, (b) se toda e qualquer "técnica alternativa" é mesmo menos impactante ou que permite maior resiliência ambiental do que outras, com maior aporte de capital.
Cf.: Tomatadas: A geografia agrária só mudou de rótulo

sexta-feira, junho 03, 2011

Matando a sociologia


Sociólogo e mestre em ciência política assina a pérola abaixo:


Existe, sim, um nexo efetivo entre a votação do Código Florestal e os novos assassinatos de trabalhadores rurais. Não adianta negar. Por mais que cause irritação em setores do governo, nos donos do agronegócio e nos políticos que lhes prestam serviço no parlamento brasileiro, tal vínculo existe. É ele, aliás, que explica também o surto atual de crescimento das áreas desmatadas.
Quem aperta o gatilho, claro, é um pistoleiro de aluguel. Mata, arranca a orelha para provar a execução do serviço, recebe o pago do mandante e fica acoitado na espera de novas encomendas. Pistolagem, grileiros, contrabando de madeira de lei, desmatamento ilegal, entre outras, são violências antigas no campo brasileiro. Mas flutuam de intensidade a depender das relações de forças na política. Os que assassinam opositores e destroem florestas estão, na quadra atual, certos da impunidade, e se imaginam respaldados de cima.
(...)
Os marcados para morrer que se cuidem, pois a alma do governo está empenhada ao agronegócio.
(...)

O que me impressiona é que hoje neste país fazer "ciência social" não exige análise empírica, apenas uma imaginação pra lá de fértil. O autor das linhas acima desconsidera, por exemplo, que boa parte da pressão pela revisão do Código Florestal parte, justamente, de pequenos e médios agricultores que têm áreas proporcionalmente maiores para preservar. 30m de cada lado de cursos fluviais pode ser insignificante para latifundiários, mas não para minifundiários, óbvio. Esta análise proporcional porém não traz a mesma ênfase mistificadora que dicotomiza a sociedade em classes antagônicas, das quais os mais bem sucedidos devem ser demonizados. Como sociólogo, o estudo da cultura e sua base em estruturas sociais deveria ser levado em conta. Este seria o caso em que regiões mais isoladas dos centros econômicos onde o estado de direito se faz menos presente são mais violentas. A falta de legalidade abre um vácuo de poder que é preenchido pela violência, óbvio também. Mas, não, tudo pelo qual opta o autor é uma ultrapassada teoria entre explorados e exploradores na qual tudo deve se encaixar.